segunda-feira, março 24, 2008

Paradoxos Barcilónicos

Porque nem só de alegrias e risos vive um gajo, há que salientar um aspecto tenebroso da Barcilónia.
Por estas bandas, as caixas multibanco têm trancas.
Ou seja, pode qualquer pessoa entrar na caixa multibanco e, para sua segurança, trancar-se lá dentro, até concluída a operação.
Porém, os sem-abrigo aproveitam-se deste facto para, dado que lá dentro é bem mais quentinho que cá fora, trancar-se e dormir até que venha a polícia ou que o banco abra.
Há uns que não se trancam, apenas entram, deitam os seus cartões no chão e dormem.
Outros há que até constroem as suas próprias casinhas de cartão, com os seus pacotinhos de vinho tipo Casal da Eira e os seus jornais.
Outros até têm telemóvel e falam sabe-se lá com quem, deitados no chão, como já presenciou o (grande) autor.
Mas haverá maior paradoxo?
Um gajo entrar todo contente para levantar aqueles 10 eurinhos para ir sair à noite com os amigos e deparar-se com alguém literalmente deitado ao lado da máquina (aquela que cospe dinheiro), sem sequer ter uns trocos para um colchão ou coisa que o valha?
Se não for isto que nos faz dar valor ao que temos, seja muito ou pouco, o que será?

sexta-feira, março 21, 2008

Balanço Balancete

Destas mini-férias em Lisboa, o (grande) autor realça o seguinte facto, em jeito puramente de "coitadinho".

Tal facto responde pelo nome de costela-fracturada-ou-partida-não-se-percebe-muito-bem e deu-se derivado a choque contra jogador adversário em jogo amigável de futebol de 8.
Jogo ganho pela (grande) equipa, obviamente.

Porém, há que parar para pensar no que sucederia se o dito jogo fosse a sério.
E, já agora, estaria o mestre vivo, se o adversário fosse o Fernando Aguiar?

Já entediados, perguntam ainda vocês, "mas o que é que se sente, com uma costela-fracturada-ou-partida-não-se-percebe-muito-bem?"

Que boa pergunta, sim senhor.
Bom, digamos que espirrar e rir às gargalhadas deixam de ser situações bem recebidas.
Espirrar, principalmente.
Um simples santinho já não chega, a coisa só lá vai com o spray milagroso, junto à linha lateral.

segunda-feira, março 17, 2008

Informação

O (grande) autor informa que, derivado a ter os dedos e as mãos cheias de chocolate, não consegue escrever.
Tal facto é derivado aos ovinhos e aos coelhinhos, que proliferam.
Derivadamente derivado.

quinta-feira, março 06, 2008

Para Dissipar

As dúvidas relativamente ao que seria aquele homem meio desnudo que aparece no canto inferior direito na fotografia do caixote do lixo Macgyveriano, aqui fica bem claro o que era.

O shô Burt Lancaster e a Shôdona Deborah Kerr, em "From Here To Eternity", na capa do guia de Fevereiro do British Film Institute.

Macgyver da Barcilónia

Tan tan taaan
tan tan taan

tan tan tan ta ra ra ran tán taaan


Tan tan taaan

tan tan taan
tan tan tan ta ra ra ran tán taaan


Quem não se lembra da espectacular música do genérico do Macgyver?
Só quem é surdo.
O Macgyver, aquele acerca de quem se dizia, na escola primária do (grande) autor, que sabia todos aqueles truques porque "ele já esteve na prisão!!!!".
Bom, inspirado nesse grande homem, o (grande) autor pegou num canivete (não suíço, mas do chinês) e fez um caixote do lixo a partir de um garrafão de 8(oito) litros.
Agora só lhe falta o cabelo à cavalão.


Ikea- o-caraças

quarta-feira, março 05, 2008

Fellini

Muitos de vós poderão estar a pensar que as linhas que se seguem serão sobre o realizador italiano.
Até porque o (grande) autor é todo do cinema e tal.
Mas não, por isso tirem o cavalinho da chuva.
Tanta coisa, só para poder usar esta expressão, que muito apraz o (grande) autor.

Continuando.

Um amigo do (grande) autor, brasuca, boa gente, vivia com um rapaz.
Notem o tempo verbal utilizado na frase anterior.
E porque razão mudou o brasuca de casa?
Porque o seu companheiro, além de porteiro de discoteca (ou seja, uma besta de dois por dois) tinha umas manias estranhas.
Tais como?
Bom, uma delas era a de acender os 4 bicos (desculpa) do fogão no máximo, para aquecer a casa.
E depois deixava o brinquedo ligado e ia dormir.
Porém, o quarto dele fica na outra ponta da casa e, se o fogão não aquecia nem a cozinha, muito menos o espaço do senhor.
Interessante, não acham?
Outra mania era a de encomendar muitas pizzas.
Pelo menos era o que o brasuca ouvia a partir do seu quarto.
Ouvia o sIgurança a falar com os senhores das pizzas, a pedir anchovas e afins, a executar as diligências próprias para a vinda das ditas.
No entanto, elas nunca chegavam.
Até que um dia o brasuca passou à porta do quarto do sIgurança e o viu a pedir as pizzas sem telefone e a falar sozinho com a parede.
Hhmmmm... que bom.

E porque se chama este texto "Fellini"?
Porque a discoteca onde o homem trabalha se chama Fellini.
A evitar, portanto.

terça-feira, março 04, 2008

Handyman Barcilónico

Vejam o que se pode fazer com 4 pregos e uma mesa construída a partir de pedaços apanhados da rua.
Esta é a vantagem de ter mobília grátis, podemos fazer com ela o que queremos.
Ou alguém ia espetar 4 preguinhos num móvel comprado em Paços de Ferreira?

Da esquerda para a direita:

- cabo telemóvel/computador
- cabo máquina digital/computador
- carregador mp3 e cabo mp3/computador
- carregador telemóvel

Qual Querido Mudei A Barraca qual quê.

segunda-feira, março 03, 2008

Derby Na Barcilónia

Foi o (grande) autor ver aquela merda ao bar do costume, onde um pint de Guiness custa 4,75€, 1/2 pint custa 3€, um pint de Carslberg custa 4€ e 1/2 pint custa 2,5€.
A Cruzcampo é mais barata, mas é tão má que não compensa.

Ora, com preços destes, é como se um gajo fosse ao estádio, porque o que não gasta no bilhete gasta no combustível.

E para ver aquilo, para a próxima vez fica-se em casa a jogar umas damas.

domingo, março 02, 2008

Boa Acção Barcilónica

No sábado passado, em vésperas do pior jogo alguma vez proporcionado por duas SAD's portuguesas, foi o (grande) autor dar uma voltinha noite dentro.
Numa estação de metro (onde há mesmo placards que anunciam quanto tempo falta para o próximo metro chegar) foi encontrada uma carteira de homem no chão.
Sem dinheiro, claro, tinha lá dentro algo que todos deveríamos ter, para eventualidades destas:
uma lista num papel, passada a computador, com números de telefone.
Segundo o BI, carta de condução, cartões de débito e crédito, a coisa pertencia ao Ciriaco Sanchez.
Seria Sul-Americano?
Co'a breca.
O (grande) autor, recheado de bom samaritanismo e altruísmo, decidiu ligar para um dos números existentes na lista.
Ligou então para "pepito-primo".
Sendo da família, o pepito lá deveria saber por onde andava o Ciriaco.
Passados uns telefonemas, o pepito lá ligou a dizer que o Ciriaco ligaria.
Entretanto, o grupo lá se ia deslocando pelas ruas da Barcilónia, em direcção a uma festinha em casa de uns alemães.
Já em terras alemãs, ligou o Ciriaco a dizer que queria ter um filho do (grande) autor, tal era o agradecimento pela atitude.
Indicou-se o bunker ao Ciriaco e chegou o bacano passados uns 15 minutos, a voar sabe-se lá de onde, todo sorridente.

De frisar que em España um gajo, com um cartão de débito, pode ir às compras seja onde for, que não é preciso pôr código, só mostrar o BI.
E dado que o BI estava junto aos cartões, não havia de ser difícil convencer quem quer que fosse que o Ciriaco era o padrinho do (grande) autor e que lhe tinha pedido para ir às compras por ele.
Já para não falar que há muita gente que nem sequer pede o BI...

Esse lugar lá no céu, já está aquecido?
 
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