sexta-feira, fevereiro 26, 2010

10º Mandamento da Googlização


Desviarás muitos dos teus amigos do caminho do trabalho através do google chat, sempre que estiveres aborrecido no teu próprio trabalho.
E chamar-lhes-ás nomes se não te responderem.
E ficarás a sentir-te culpado por não trabalhares, se não te responderem.
E continuarás a falar com eles até que te respondam.
Ou até que o teu chefe entre na sala.
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quarta-feira, fevereiro 24, 2010

Esclarece-se

Comer bolachas Maria molhadas numa chávena de café não é o mesmo que comer um bolo de bolacha, mas também é bom e causa menos confusão no serviço.

Não é falta de educação rasgar uma folha de papel. Não é preciso pedir "com licença" para o fazer. E quando alguém o faz, é irritante.

A expressão usada em salas de chat "ahahahah" não significa o mesmo que "muahahahah". A primeira significa um riso normal, a segunda significa um riso maléfico.

Imitar sotaques como faz o Ricardo Araújo Pereira não é para todos. É para pessoas como ele. Tentar imitar um sotaque das Beiras de cada vez que se fala em tom de brincadeira é irritante.

Um chapéu-de-chuva não tapa os pés. Não é essa a sua função e esperar que o chapéu-de-chuva impeça os pés de ficarem encharcados é uma criancice comparável à de esperar que a torrada caia no chão com o lado da manteiga para cima.

Número diz-se da mesma forma que se escreve. Não é númaro, é número.

Uma pessoa consegue bocejar sem abrir a boca. O que não quer dizer que consiga fazer com que essa expressão facial não pareça o início de um AVC.

"Literalmente" não é uma expressão que se possa utilizar em qualquer frase. Por exemplo, a frase "Hoje mandei uma corrida para apanhar o autocarro que me ia saltando um pulmão, literalmente..." não está correcta. Nem se mandam corridas, nem os pulmões saltam do peito como coelhos de cartolas. Aliás, no geral, um coelho nunca salta de uma cartola, a menos que o Luís queira. E esse caso é uma excepção à regra.

Não é preciso correr no local de trabalho. O local de trabalho não é um espaço criado para se dar passos de preparação para um salto em comprimento. Correr no local de trabalho pode incomodar os colegas. E incomoda mesmo. E o corredor arrisca-se a que lhe preguem uma rasteira, levando-o a cravar os dentinhos na esquina da secretária.

Este texto não é uma válvula de escape. As válvulas de escape existem nas panelas de pressão e nos automóveis.
E nem o (grande) autor é uma panela, nem é parecido com um veículo automóvel.
Se bem que, se fosse, seria sempre uma Tefal ou um Bugatti.

sexta-feira, fevereiro 19, 2010

Jam

Quando um gajo vai no carro a ouvir a Antena 1, é obrigado por forças ocultas a ouvir o estado do trânsito.
Não há hipótese.
Uma pessoa quer mudar de estação, pensa que vai mudar de estação, faz o movimento braçal de quem vai mexer no botão, mas ali fica, de volta à posição dez para as duas no volante, a olhar o infinito e a ouvir como vai o amigo trânsito.
Há um magnetismo latente nas informações sobre o estado das coisas na 2ª circular.
Pina Manique complicado.
Eixo Norte-Sul a rolar bem.
Ponte 25 de Abril sentido Sul Norte está com trânsito lento devido a avaria de pesado na faixa central.
Recta dos comandos com trânsito parado derivado a capotamento de uma carrinha de caixa aberta que transportava 19 trabalhadores ilegais na parte traseira.
A5 com marcha lenta devido a obras.
A1 sentido Norte-Sul com fila de 12 Km.
Um gajo papa tudo.
Até ao fim.

Porém...sabemos que a coisa está mesmo negra e precisamos de tratamento quando ouvimos também o estado do trânsito no Porto.
Porque raio fica um gajo a ouvir como está o trânsito a 300km de distância??
A VCI.
A Ponte do Freixo.
O Campo Alegre.
A Bessa Leite.

E quando um gajo já sabe de cor o número da linha-verde-serviço-nacional-de-trânsito-800-21-01-01...
Aí sim, está tudo perdido.

quinta-feira, fevereiro 11, 2010

Lufa Lufa

Em conversa entre indivíduos, um dos mais velhos, a atirar-se já para os sessentas, estava a contar quão ocupados são todos os seus dias.
Segunda-feira um bailado, terça um concerto, quarta um jantar, quinta cinema, sexta jantar, sábado passeio, domingo futebol e mais um jantar.
Alguns dos presentes estranharam e indagaram se o senhor e sua mulher não ficavam estafados com todo este lufa-lufa, se não precisavam de tempo para descansar.
Ao que o homem responde:

- Descansar? Vou ter muito tempo para descansar. Depois de se morrer não há aquela coisa do descanso eterno? Descanso nessa altura.


Pa-ra mais tar-de re-cor-dar, púrú.

segunda-feira, fevereiro 01, 2010

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