na última vez que o (grande) autor teve o prazer (psicológico) de viajar de avião, algo de estranho sucedeu na cabine passageira.
pois, aquando de uma descida menos estável, alguém do staff hospedeiro se lembrou de botar no ar um som semelhante ao de ondas do mar, nitidamente para acalmar a passageirada.
ora, assentado no seu assento, o (grande) autor logo para si pensou:
"oh diabo, tu queres lá ver que me estão a perspegar com musiquinha pré-caída-de-bintecincomil-pés?"
com o som marítimo a atravessar-lhe os tímpanos, seguro de que uma morte se avizinhava, resolveu o (grande) autor confessar-se à colega do lado, completamente abstraída das ondinhas da caparica.
a senhora, já de idade avançada e com 4 martinis em cima, mostrava-se muito interessada no que lhe contava o nosso amigo.
passados 25 minutos de confissão-em-marcha-rápida, decide a sénior acabar com a tortura falada proferida pelo herói:
"oh filho...podes parar de contar essas porcarias, para eu poder voltar a ligar o aparelho de audição? é que este pagou-mo a minha filha e diz que faz mal estar sempre a ligá-lo e a desligá-lo. como já há bocado tive de o desligar porque tu não te calavas com a história da primeira vez que andaste de avião e o voltei a ligar quando adormeceste... é que pelamordedeus..."
nesse momento apenas desejei que o bicho alado caísse depressa e que a idosa não conseguisse colocar a máquina de oxigénio...
ou que esta estivesse desligada, como o aparelho auditivo dela...
Há 1 semana
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