sábado, fevereiro 28, 2009

Parabéns, meu Amor.



105 anos.
Que contes muitos, sempre comigo ao teu lado.
Que eu conte muitos, sempre contigo ao meu lado.
Que contemos muitos, sempre na baliza do outro lado.

sexta-feira, fevereiro 27, 2009

Hoje No Tribunal

Advogado da parte contrária - Sim, o nº do acórdão é o (...) Tomo I, página 145.
Funcionário - Tomo I? Como se escreve?
Advogado da parte contrária - t, o, m, o... e depois um i grego.


????!!!???

i grego?
i romano?
espera lá...
ah!
querias dizer 1 em numeração romana!


E depois... e depois dizem que a justiça em Portugal é lenta.
É complicado que seja rápida, quando há advogados que estão em morte cerebral.

quarta-feira, fevereiro 25, 2009

Linguarudices

Hoje é o dia em que se celebra o nascimento do (grande) autor.
O que não interessa nada, como é óbvio, mas que serviu de pretexto para o desenrolar duma dúvida, essa sim, muito pertinente.
Do outro lado do mundo (que só tem dois lados, como se sabe) está uma (grande) amiga, cada vez mais nipónica.
Ora, a referida jovem, em jeito de felicitação pelo virar de mais uma página num livro cada vez mais pesado e longo, enviou os ditos "parabéns" em japonês.
Reza assim:
"Omoreto tanjoubi gozaimashita"

A questão que se coloca é a seguinte.
Se para se dizer "parabéns" se tem de pronunciar todo este conjunto de sons, que se terá de dizer numa repartição de finanças para explicar que:

"Oh meu amigo, eu até compreendo a sua raiva, mas não pode ser atendido, porque você tem a senha 4352K do balcão J e esse balcão, além de ficar no andar 7 e 1/2 do edifício AzulBebé e isto aqui ser o andar 4 do edifício Azul-Amarelo-Torrado, já vai na senha 4354K e aqui na repartição a gente só damos três númaros de tolerância..."

segunda-feira, fevereiro 23, 2009

E Agora...

A melhor crítica à sociedade portuguesa dos últimos tempos, por Deolinda, com o "Movimento Perpétuo Associativo".
Perceberam?

Agora sim, damos a volta a isto!
Agora sim, há pernas para andar!
Agora sim, eu sinto o optimismo!
Vamos em frente, ninguém nos vai parar!

-Agora não, que é hora do almoço...
-Agora não, que é hora do jantar...
-Agora não, que eu acho que não posso...
-Amanhã vou trabalhar...

Agora sim, temos a força toda!
Agora sim, há fé neste querer!
Agora sim, só vejo gente boa!
Vamos em frente e havemos de vencer!

-Agora não, que me dói a barriga...
-Agora não, dizem que vai chover...
-Agora não, que joga o Benfica...
e eu tenho mais que fazer...

Agora sim, cantamos com vontade!
Agora sim, eu sinto a união!
Agora sim, já ouço a liberdade!
Vamos em frente, e é esta a direcção!

-Agora não, que falta um impresso...
-Agora não, que o meu pai não quer...
-Agora não, que há engarrafamentos...
-Vão sem mim, que eu vou lá ter...

segunda-feira, fevereiro 16, 2009

O Que Mata Não Engorda - por D. Deolinda - Heterónima do (grande) Autor

Poizé, diz qu' o câncaro mata mesmo.
Eu cá semp achei qu'aquilo era manobras das farmácias, prós dôtores aviarem receitas e irem passar férias às brasileiras do pará e praqui e pracolá.
Mas o meu Goucha no outo dia meteu lá uma menina no pugrama dele que tava toda careca e eu ainda pensei qu'ela saía ao pai, mas diz que é mesmo do tratamento pó câncaro, da quinquilharia.
Agarrei-me log todárrepiada à manta que me deu a minha Sónia, quando foi ao AKIE e diz que tinham númâros a mais e atão trouxe-muma.
Por acasos até é arrochada, a minha cor peferida.
É um amor, essa Sónia, espero que o meu Ruben s'agarre bem à moça.
Eu diss-le log "Oh Ruben, vê lá se metes esta de balão mais rápido qu'às otras, senão ela tamém dá à sola. E tens lavado a boca? Já ta diss que a tua boca parece a sanita do café da Micas, tens de lavar essa porcaria senão ela pira-se. Pel mens de três em três dias, caraças."
Mas o Ruben nã ligou e meteu mais um pã-d'alh na boca.
Bom, deixa-me cá ligar prá Zélia, a ver se ela tamém viu a careca no Goucha.
É tã bnito, ele, seu tivess mens 50 ans, a ver se ele não vinha cá à dona.

sábado, fevereiro 14, 2009

Dia dos Namorados

Hoje é dia dos namorados.
Mas não é só dia dos namorados.
É dia dos encalhados.
É dia dos viúvos.
É dia dos abandonados.
É dia dos perdidos.
É dia dos desesperados.
É dia dos celibatários.
É dia dos enganados.
É dia dos deprimidos.
É dia dos maltratados.
É dia dos solteiros.
E também, vagamente, é dia dos apaixonados.

sexta-feira, fevereiro 13, 2009

Gymmy Boy

Os senhores que inventaram os balneários dos ginásios fizeram um esterco de trabalho.
Quando tiver oportunidade, repare que a distância entre os banquinhos e os cacifos é sempre insuficiente para que passe uma pessoa sem incomodar a que está sentada a colocar a peúga.
Um gajo está debruçado a atar os atacadores e zumbas, um rabo peludo ou uma glande passam-lhe a escassos milímetros do nariz.
Se tiver bigode farfalhudo, há mesmo o perigo de os pêlos da bigodaça se entrelaçarem com uns primos do Sul alheio.
Um verdadeiro nojo.
Outra certeza que se pode ter ao entrar num balneário é a de há sempre pelo menos dois homens a conversar como se estivessem a 3km de distância sobre um de quatro temas.
Ou sobre senhoras (ou seja, rabos e mamas), ou sobre futebol, ou sobre um programa "do Malato" ou sobre um vídeo que esteja no youtube.
Este último tema, antes da existência da internétchi, era substituído pelo tema sempre universal "veículos motorizados e seus componentes".
Mas porquê, senhores?
Porquê obrigar os ouvidos alheios a captar essa verborreia?
Para terminar, um dos fenómenos balneares mais estranhos.
O assobio.
Porque será que existem tantas pessoas que adoram assobiar enquanto se lavam?
E enquanto se passeiam nus pelo balneário e coçam o testículo esquerdo.
E porquê assobiar, ponto final?
É para demonstrar que estão felicíssimos por estarem num balneário cheio de homens nus?
Nem homosexualmente falando faz sentido.

Enfim, são questões verdadeiramente importantes, para as quais é necessário encontrar uma resposta.

quinta-feira, fevereiro 12, 2009

Guia do Trabalhador - parte I

Dado que a maioria da malta agora até trabalha, se bem que uns mais que outros e outros menos que nada, aqui fica uma lista de dicas para os difíceis diálogos com os colegas com quem não se tem confiança e que passam a vida a mandar-nos passar sempre que se dá um afunilamento corporal num local de passagem.
Assim, reza assado:

"E este tempo, hein?"
Perfeito, serve para qualquer situação, para qualquer interveniente. Com o chefe ou com a senhora da limpeza, de manhã ou à noite, faça chuva ou faça Sol, literalmente.
Tem a vantagem de ter as seguintes variantes:
"Esta chuva nunca mais vai embora, hein? O São Pedro anda a deixar a torneira aberta... eheheh"
ou
"Finalmente chegou o Sol, não tarda nada já podemos ir apanhar um bronze a Carcavelos, não é?"

Atenção, as interjeições "hein?" ou "não é?" são obrigatórias no final de qualquer frase, para poder passar devidamente a bola ao adversário e poder você rematar com o clássico:
"Enfim, vou trabalhar mais um bocadinho, mas não muito... eheheh."

De salientar que aquele sorriso cor-de-diarreia-canina tem de se instalar na sua cara sempre e quando mantiver qualquer tipo de conversa com um/a colega.
Exceptuando, claro, se o diálogo se mantiver com aquele/a colega que (outra expressão clássica) "fazem parar o trânsito e por isso é que a calçada da carris (sim, carris) está sempre parada".
Nesse caso, o seu sorriso é claramente verdadeiro e, cuidado, é provável que você esteja a sentir o colarinho molhado, derivado à baba que escorre pelo queixo.

(continua)

segunda-feira, fevereiro 09, 2009

Merdeketing

A Sic Notícias agora tem um novo slogan.

"Se os olhos não vêem, o coração não sente."

Coitadinhos dos ceguinhos, realmente.
A coisa está mesmo mal parada.
Ou mal vista, melhor dizendo.
 
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