quinta-feira, dezembro 29, 2005

newsflash

hoje à noite vi uma notícia no telejornal.
o título era:
"o governo espanhol vai acabar com uma das maiores tradições do país"

pensei:
"fixe, acabaram as touradas! vá lá, não são assim tão maus, os nossos irmãos..."

continuei a ver o desenvolvimento da notícia.
era:

"o governo espanhol vai emitir um decreto que porá fim à tradicional siesta"

a partir daí a minha casa passou a ter bolinha no canto superior direito, pois só asneiras me saíram pela boca...

terça-feira, dezembro 27, 2005

do (grande) autor

o cão do joão, um grande caozarrão, chama-se leão.
leão é nome de gato, mas o leão é pacato, é um verdadeiro amigão.
um dia foram à rua, já ia alta a lua, sem nuvens, sem problema.
de repente voa no ar, um aroma um paladar, algo que lhes criou um dilema.
era uma menina maria bem jeitosa, muito alta e formosa, digna de um poemazinho.

o joão olhou para o leão, o leão olhou para o joão, e o joão seguiu o seu caminho.
a menina maria reparou e logo os parou, indangando o porquê da fuga apressada.
o joão olhou para o leão, não respondeu à questão e retomou a caminhada.
"és uma maria vai com as outras, olha que como eu há poucas", ripostou a rapariga.

o joão admitiu o facto, mas confirmou o próprio acto e fez-se à própria vida.
"nunca saberá como seria", pensou para si a maria, afastando-se indignada.
triste passou o serão, pensando no menino joão e esperando a alvorada.
"porque me recusou o menino, se estava ali sozinho, não lhe custava nada tentar..."

o joão foi-se embora, desapareceu naquela hora, pensando em um dia talvez voltar.
agora a rapariga vai para um lado, coração algo apertado e sozinha para outra vida.
o rapaz vai com o leão, pensando na sua acção, e vendo a partida da rapariga...

hi tech!! hi, how are you?

somos acordados por despertadores.
aquecemos o leite do pequeno-almoço no microondas.
vamos para a rua de elevador.
apanhamos o autocarro, o metro ou o carro para ir trabalhar.
atendemos as chamadas no telemóvel.
trabalhamos em computadores.
bebemos café das máquinas.
pagamos o supermercado com o cartão multibanco.
vemos televisão a segurar no comando.
corremos para o telefone de casa.
falamos no messenger.
dormimos a ouvir música na aparelhagem.
sonhamos com o filme que vimos no cinema.

mas nunca havemos de "fazer o amor" com as tomadas!!

uff... (suspiro de alívio com pingo de suor frio a escorrer pelo meio das costas)

domingo, dezembro 25, 2005

no natal ninguém leva a mal

(se o melhor vinho e whisky é o mais antigo, então...)


diz o zézinho para o pai natal:

- pai natal, tu róis as unhas?

- ROU, ROU, ROU...

quinta-feira, dezembro 22, 2005

natal

o natal é quando um homem quiser
foi assim que aprendi
também, nunca tive natais perfeitos
pois nunca tive aquilo que pedi

a minha árvore era um ramo
a minha lareira um fogareiro
as minhas prendas o pão e água na mesa
mas num ano deram-me um mealheiro

"para guardares os teus trocados"
diziam a custo os meus pais
porém, nunca o enchi muito
pois havia coisas mais fulcrais

os medicamentos para a minha irmã
o álcool da minha mãe
os cigarros do meu pai
e para mim, nada...também

assim cresci sem natal feliz
e a ver as outras famílias a sorrir
por isso comigo o natal é quando um homem quiser
e quando a minha carteira o permitir

pensando bem e melhor
o natal existe é no nosso coração
natal não deve existir no nosso bolso
e deve ir desde o avô até ao cão

por isso hoje sorrio
e dou prendas aos meus filhos sempre que posso
porque natal é quando um homem quiser
e o natal cá em casa, é um natal só nosso...




este texto podia ter sido escrito por tanta gente...
e o vosso natal, como é?

quarta-feira, dezembro 21, 2005

a todos os bloguistas e afins

escrevo hoje para reportar que não irei organizar o tão famoso jantar dos bloguistas e que me demito da função de presidente da associação mais famosa do mundo.
a vida não corre de feição, as circunstâncias não são as melhores, como tal, nada mais posso fazer do que enfrentar os factos e sair de cena.
peço muitas desculpas, a todos os que sei que têm de as receber.
delego todas as minhas funções para o MPR, sendo a secretária-geral, eleita por mim mesmo e por unanimidade, a mary mary.
façam vocês o jantar e, parafraseando uma "line" que existe em todos os filmes de guerra do mundo:

"continuem vocês, que eu não consigo..."

assim, continuo a ser um simples bloguista [mas sempre um (grande) autor], trabalhando dia a dia, um pé à frente do outro, para satisfazer os olhos e opiniões alheias.

(we'll always have...the dog farm!)

terça-feira, dezembro 20, 2005

conto popular

diz a cigarra para a formiga, vendo-a encostada a um canto, pensativa:
- então formiga, não vais armazenar alimentos durante o verão para os teres no inverno e passares bem?

responde a formiga:
- não. ouvi agora no telejornal que vem aí uma tempestade tão grande no inverno que me vai estragar tudo o que armazenei. é a vida, são coisas da natureza, não as podemos evitar.
- então e quê? vais morrer de fome e frio no inverno?
- não sei, a ver vamos, como dizia o cego...

segunda-feira, dezembro 19, 2005

suspiro

uma coisa é certa:
nunca ninguém está bem como está.
mas outra coisa também é certa:
quem nada tem, não se pode queixar, mas pela pior razão.

temos de dar valor ao que temos, aproveitar enquanto podemos e deixar o futuro vir ter connosco, em vez de irmos a correr ter com ele.

e afinal de contas, o mundo é minúsculo, se comparado com o universo.

mas verdade é também, que os nossos problemas serão sempre os maiores, quando inseridos dentro de uma coisinha pequenina como é o nosso corpo.
se compararmos o nosso corpo e os nossos problemas com a imensidão do universo e de tantos outros problemas, a moral sobe.

mas a tristeza ninguém no-la tira.

e pe-ron-to.

(quem não sabe rimar fala
quem não sabe nadar afoga-se
quem não sabe cozinhar compra congelados
e quem tem medo de voar...droga-se
ou então...aprende-se de tudo um pouco nesta vida
e consegue-se chegar a um ponto longe do de partida!)

sábado, dezembro 17, 2005

I wonder (olá stevie)

será que irem 5 pessoas no carro, mas estando uma delas grávida, dá direito a coima por violação do artigo do código da estrada que delimita um máximo de 5 pessoas por carro?
e se for um monovolume, mas forem 7 pessoas lá dentro, incluindo uma grávida?
e se for num táxi e forem 4 clientes (estando uma grávida) e o condutor?
e se forem 4 clientes, mas for a condutora a estar grávida?

ora qu'isto tá aqui um berbicacho...
são as chamadas..."contracções da vida".

sexta-feira, dezembro 16, 2005

dubiosidades

há palavras que, pela sua formação e significado, significam significados (passando o pleonasmo elevado ao cubo) distintos.
senão atentem:

"tufone"
- oh maria, passa-me aí o tufone que vou ligar pró zé a pedir mais cervejas.
ou
- bem, isto passou aqui um tufone que arrasou com isto tudo, caraças.

"ds'que"
- bem, diz que ele andava metido com a empregada do pingo doce e que foram apanhados no armazém dos enlatados.
ou
- Disque 123 para ouvir as suas mensagens.

"cardamaço"
- bem, esse livro é cá um cardamaço...
ou
- oh ruben andré, ata-me os cardamaços senão ainda tropeças!

"eclair"
- vê lá se me consegues soltar aqui o fech'eclair da braguilha que tenho de ir mijar.
ou
-hmm...depois desta bela refeição composta por feijoada à transmontana e 2L de vinho da casa, acho que remato com um eclair...

quinta-feira, dezembro 15, 2005

brilhantismo

se não podemos ganhar o euromilhões, se não nos dão a chave do banco de Portugal, se não há a eureira (árvore do euro)...cheguei à conclusão de que deveríamos ter direito a todo o dinheiro de todas as multas às quais escapamos.
pensem comigo:
a sociedade seria muito mais dinâmica!
haveria um misto de adrenalina por incumprir a lei e perspectiva de ganhar algo com isso.
falo nomeada e unicamente nas contra-ordenações, nas infracções ao código da estrada.
só valia nesse campo.
(imaginem-se de novo no 6º ano: "só vale até à parede e há guarda-redes avançado!")
eu, por exemplo, tinha feito dinheiro suficiente hoje à tarde, em apenas 15minutos e 2km de estrada, para não ter de trabalhar o resto do mês!
eu tenho um sonho...o de ser remunerado por cada multa à qual escapo.
assim, a polícia seria mais eficaz e o automobilista, se um mariquinhas-pé-de-salsa, cumpriria.
se um verdadeiro rei da estrada, infrigiria e teria a possibilidade de embolsar (ou desembolsar) algum.
uma questão a pensar...

quarta-feira, dezembro 14, 2005

ode (iabo)

no verão inflama-se o terreno
deste nosso Portugal
para no inverno as cheias
virem lavar o mesmo quintal

muitos dizem que fazem
outros muito que noticiam
mas que alguém tomasse mesmo medidas
era o que ainda outros queriam

os candidatos gladiam-se
mesmo debaixo dos nossos narizes
os jornalistas salivam-se
enquanto nós criamos raízes

ofuscados por luzes fortes
sem capacidade para protestar
lá vão os cordeirinhos
para o mato a pastar

venha a água venha o fogo
venham as relações internacionais
venham os casos de polícia
venham mais audiências e jornais

que o povo está cá para os receber
e nunca compreender o que andam a fazer de nós
e não ver o que vão fazer aos nossos netos
e esquecer o que fizeram aos nossos avós


terça-feira, dezembro 13, 2005

ele há dias

ele há dias em que não há vontade nem motivação para escrever.
nem aqui, nem onde quer que seja.
bem, se for para assinar o recibo do prémio máximo do euromilhões, talvez se pense no caso.
mas hoje, é um desses dias em que apenas o materialismo me abana.
talvez esteja gordo, talvez esteja com os pés enterrados até às canelas num bloco de cimento já seco.
enfim, não tenho vontade de escrever.
como tal, se vocês estiverem a ler algo nestas linhas, ui...é melhor darem um pulinho ao sr. doutor e dizerem "tguinta e tguês" de língua de fora.

segunda-feira, dezembro 12, 2005

desata-me este nó

(esta é mais uma verídica)
o jovem mário, atrasado para o casamento e de braço ao peito, não tinha como fazer o nó da gravata.
chegado a casa dos amigos, depois de ter vindo a guiar, a fumar um cigarro e a falar ao telemóvel, tudo ao mesmo tempo, só com um braço, pensou estar nos braços alheios, a solução para o seu nó cego.
mas não, pois pobres colegas, atrasados também para o evento, não sabiam os próprios como descalçar essa bota.
o jovem mário volta então para a rua, esperando os amigos e buscando um par de mãos habilidosas.
corre para junto de um senhor e pede-lhe a gentileza, ostentando o braço engessado, de lhe fazer o nó da gravata.
ao que o transeunte responde:
- oh amigo, já não tenho mãozinhas para isso.
julgando o jovem mário que o senhor padecia de parkinson ou algo do género, sente o próprio queixo a roçar o chão quando repara que o senhor...
não tem um braço!!

quinta-feira, dezembro 08, 2005

SLB

ontem fui lá. onde? lá.
e fui para o meio da claque do meu clube, os no name boys.
já algumas vezes tinha ido e, a meu ver, é ali que se sente bem o jogo.
atrás de uma baliza, é certo, mas ali vê-se mais do que o beto a marcar o 2-1, vê-se a alegria que não se vê noutros locais, embora possa estar presente.
onde mais poderei abraçar-me a quem me aparecer à frente, onde mais poderei gritar a plenos pulmões que "é falta chiça penico chapéu de côco!!", onde mais poderei saltar e bater palmas e cantar com mais milhares de gargantas?
e digo-vos, ontem parei para ouvir o uníssono e até smarrepiaram os pêlos da nuca.
pois é, há muitas ganzas ali e está quase tudo sempre com um grãozinho na asa.
mas quantos pais de família não estão iguais, mas no sofá de casa, enquanto a maria vai buscar a cerveja e prepara a sand'coirato?
quantos de vós não berram sozinhos no carro com a pobre estereofonia?
quantos de vós nunca desejou atirar o telemóvel à televisão, tal o calhau que tinham na asa?
pois é, meus caros, ali, apenas se verbalizam e exteriorizam todos os sentimentos, maus ou bons. e ali não se assobiam os jogadores da própria equipa por ninharias, como nos lugares mais caros do estádio.
ali grita-se e perde-se a voz por causa de uma coisa que não está ligada à pessoa, mas a que a pessoa está ligada.
e quando o luisão, o anderson e o koeman vêm dizer que adoraram o apoio dos adeptos e que foi fundamental, ninguém se lembra que os cânticos de "slb, slb, slb, glorioso slb" começam nos tristes que só sabem é arranjar confusão e drogar-se, esses vândalos.
claro que também os há, mas nunca vi uma bolacha ou duas fazerem um bolo inteiro.
vão para o meio de uma claque e percebam do que falo.
eu já fui, por isso já posso falar.

ps - granda benfica...e como ontem ouvi, num berro atrás de mim:
"vamos cantar juntos, até à vitória!!"

quarta-feira, dezembro 07, 2005

muito riso, pouco siso

há uns anos fui ao dentista.
só agora conto isto, porque só ontem, enquanto estava na casa-de-banho a ler o 24horas, me apercebi de que já me passou o trauma.
(ah, e já fui ao dentista depois disso.depois do trauma, não depois da casa-de-banho).
bem, às 14h30 de um dia qualquer arranquei os dois dentes do siso, do lado direito.
estava de saída do consultório, já me estavam a começar a doer as moelas.
a anestesia parecia o ben johnson, tal a velocidade a que passou pela minha boca e se marchou.
em casa, depois de alguns analgésicos, continuavam as dores. a dada altura aquilo voltou a sangrar.
os pontos dados na minha bocarra tinham aberto.
boa.
o médico tinha dito que, se tal sucedesse, eu deveria engolir o sangue, em vez de o cuspir, porque o movimento de cuspir ajudava a abrir mais as feridas.
às 03h da madrugada entro em santa maria, zona de urgências, ligeiramente mal-disposto e com a boca patrocinada pela ferrari e pelo GLORIOSO.
entro na sala de espera, com a maior das convicções de que me encontrava bem mal.
nisto, chega uma senhora, vítima de acidente de viação, com uma fractura exposta na perna direita.
aí, pensei em sair de fininho e parar com as mariquices.
a senhora aguarda, como todos nós, porque as filas existem para alguma coisa.(coitada)
a senhora, a dada altura, começa a berrar como dali para o saldanha.
tinha uma câibra na perna esquerda.
os paramédicos vão lá, esticam a perna, normal.
passados outros 10min, a sirene ouve-se de novo.
agora era uma câibra, mas na perna direita.
como se estica uma perna com fractura exposta?
pois, compram-se uns tampões para os ouvidos.
com este cenário, já eu estava ainda mais mal-disposto.
cand bai peu seratendido, sinto-me como às 8h da manhã depois de 7 gin tónicos no lux...
"não tem aí um saquinho de plástico?" digo para a enfermeira.
a senhora entrega-me um daqueles sacos de 30 litros, transparente!!
eu começo a vomitar, mas nada mais nada menos do que todo o sangue engolido desde as 16h da tarde...
caso para dizer que a senhora da fractura exposta, ao ver o cenário, levantou-se e foi-se embora ao pé-cochicho e a chamar pela mãe.
fui então ser atendido.
chorei de dor (e já era um homenzinho, hein!!), mas as compressas na minha boca estancaram-me a hemorragia, não me deixavam gritar e quase não me deixavam respirar (ainda bem que tinha o nariz desentupido).
a última coisa de que me lembro foi a de levar uma injecção para as dores na minha firme nádega (dada por um enfermeiro preto), apertar as calças e começar a ver cavalinhos brancos a voar na minha direcção.
quando acordei, de manhã, só me doía a boca, não o rabo, por isso acho que correu tudo bem.
hoje em dia ando a ganhar coragem para arrancar os outros dois...

segunda-feira, dezembro 05, 2005

easy jet

numa altura em que muitos dos bloguistas comentam os debates e feitos pré-presidenciais, o (grande) autor passa aqui a comentar um outro debate, desta feita entre o próprio e a impressora do seu local de trabalho em part-time.
longe dos assentos almofadados e dos copos de água servidos pelas estações de televisão, enfiado num ambiente propício à criação de bactérias e germes, tal é o calor que paira no ar, o (grande) autor, de ora em diante "je", atravessou uma crise tecnológica digna de proporções catastróficas.
incumbido de tarefa menor, muito desaproveitadas as suas capacidades em qualquer área, "je" tinha de imprimir uma simples carta, previamente redigida, brilhantemente, se mo permitem, pelo mesmo.
a tarefa de escrita foi passada com distinção, a de formatação de texto, com louvor, mas foi na parte de impressão que "je", dependente de trabalho alheio (leia-se, da pu#a da impressora) se viu colocado em situação semelhante à de guarda-redes do marítimo frente a mantorras, ou seja, atascado.
dada a ordem de impressão, refastelado e deveras orgulhoso do seu trabalho, "je" inclinou-se na cadeira de pau para logo em seguida saltar dela.
as costas da sujeita estavam soltas e "je" ia caindo para trás.
enquanto colocava as traseiras do assento da morte no sítio, começou a ouvir um estranho gargarejar vindo da impressora (de ora em diante "PDI - PU#A DA IMPRESSORA").
convencido de que um mero encravar de folhas se tratava, "je" abriu a PDI, buscando a causadora de tal ruído.
é aí que, justamente quando "je" coloca a linha de visão em alinhamento com a ranhura de saída do papel, a PDI começa a despejar folhas para o seu exterior, qual galinha dos ovos de ouro com excesso de carga e à pressão.
imprime folhas atrás de folhas, com caracteres nunca antes vislumbrados por "je", levando-o a pensar que seriam insultos destinados à sua tão digna pessoa.
o nosso herói vê-se assim obrigado a desligar a PDI e tentar novamente, depois de contar até 100, respirar fundo e apanhar as 34 folhas do chão.
nova tentativa então.
a PDI começa a imprimir normalmente, "je" suspira de alívio e dirige-se com a mais recente impressão ao gabinete do seu patrão quando, nas suas costas, se começa a ouvir a galinha a ter outro ataque de diarreia de papel.
"je" corre e aplica um golpe visto demasiadas vezes no wrestling, deixando a PDI absolutamente KO e desprovida de luz ou som.
rindo ainda de satisfação, olhando para o adversário derrotado, pontapeando ainda o cadáver cinzento, "je" é porém surpreendido pelo patrão, que indaga (convenhamos que com alguma razão) o porquê de estar uma parte da impressora no chão, folhas por todo o lado e o cotovelo de "je" a sangrar...
como a PDI se remeteu ao silêncio, quem sabe se para sempre, terá "je" de contar com o primeiro ordenado para pagar as despesas de hospital da PDI ou arranjar uma nova dor de cabeça que cumpra a função da quase-defunta.

sapiência

do (grande) autor esta ausência
que na comunidade blog causou turbulência
foi considerada até uma indecência
por causar na própria obra má aparência
e denotar até algo de imprudência

mas não entrais vós em demência
pois está de volta a hortênsia
bem mais regada e sem qualquer renitência
para colmatar essa vossa carência
e parar com a maledicência

queira por favor vossa excelência
não considerar este escrito impertinência
apenas transmito que não foi decretada falência
e que com toda a minha ciência
volto para deixar reminiscência

o (grande) autor
(em lisboa, não em valencia)

quarta-feira, novembro 30, 2005

preocupação

oh pá, acabei de me aperceber de que, ao não re-enviar os 32 e-mails que me mandaram hoje, que terminavam com ameaças de atropelamento, fungos nas orelhas, pénis de negros no rabo, calvice, desamor, inimizades....talvez morra derivado a isto, hoje ou um dia destes que se avizinham.
quanto tempo aguentarei com algo de 30cm no recto, sem receber amor, sem amigos, sem cabelo, com as orelhas a cair e debaixo de um autocarro?
e quanto tempo aguentarei sem utilizar a expressão "derivado a" numa frase?
derivado a (merda!!) ter sempre um olho no burro e outro no cigano, aqui fica um abraço terno a todos vós.

terça-feira, novembro 29, 2005

finanças

é óbvio que, numa ida a uma repartição de finanças, ou serviço público do género, já se tem de ir preparado.
falo de um pequeno lanche, uma merendinha, uma garrafinha de água, um leque, uma revistinha, ou até mesmo um amigo.
mas, chegádos ao acampamento, vocês têm de ter a noção no que se estão a meter e prestar atenção a todos os sinais possíveis.
tira-se a senha.
olha-se para o número. é o 97.
olha-se para o painel dos números. vai no 32.
parece simples, mas não o é.
porque vocês têm de reparar bem em que balcão irão aterrar.
se o balcão onde atendem a senha da mesma cor da vossa for simplesmente um balcão, onde as pessoas são atendidas de pé, menos mal.
mas agora se o balcão onde irão ser atendidos tiver uma cadeirinha em frente, para o utente se sentar enquanto espera pelo serviço...
ui, aí então, meus amigos, meteram-se num belo sarilho.
não há volta a dar, irão demorar muito, mas muito mais tempo do que aquelas 3 horas que ambicionavam.
porque todos os serviços públicos se regem pelos idosos.
as instalações são pensadas para os idosos.
e todos sabemos que o estado acredita na capacidade de espera dos idosos.
agora, se até o próprio estado acha que o serviço irá demorar tanto tempo que os idosos talvez precisem duma cadeirinha enquanto são atendidos...
então podem ir para ao pé do segurança fazer conversa sobre a última jornada, porque o caso está mesmo mal parado.
e em segunda fila!!

segunda-feira, novembro 28, 2005

circos há muitos

o circo sempre me deprimiu.
mas posso dizer-vos que há 3 tipos de circos:

1- o circo megalómano, internacional, que tem tendas gigantes, são montados em estádios de futebol, têm mais funcionários que a EMEL, os animais vêm de todas as partes do mundo e mordem, picam, voam, falam e fazem bifes com ovo a cavalo.

2- o circo normal, aquele de praça de touros, com funcionários que fumam enquanto pegam nos litros de gasolina para molhar os anéis, futuramente de fogo, por onde vão saltar os tigres.

3- e o circo mínimo, o de aldeia.
em que há só 3 animais, um elefante, um papagaio e um macaco.
em que o homem das pipocas é visto a seguir ao intervalo a 25 metros do chão, no trapézio, agarrando à senhora que vende os bilhetes.
o apresentador é o mesmo que segura a trela do elefante, enquanto o varredor da pista mete a cabeça debaixo da pata do jumbo.
a meio do espectáculo, a senhora barbuda, que faz as farturas, descuida-se e deixa escapar o macaco, absolutamente necessário para o número final, acabando por pôr meia plateia (6 pessoas) à procura do símio, enquanto o papagaio grita asneiras-de-balcão-de-taberna.
encontrado o bicho, está tudo a postos para o gran finale, em que o macaquito escolhe uma pessoa do público para lhe colocar uma maçã em cima da cabeça e seguidamente disparar uma flecha, qual guilherme tell, fazendo um novo piercing ao voluntário.

o circo megalómano tem cada vez mais sucesso e rouba público ao circo normal, que da praça de touros passa ao parque de estacionamento de sete rios, mas mantém a sua actividade.
porém, o circo mínimo fecha as portas, pois não há verba para pagar o tratamento do espectador, nem para levar o macaco ao oftalmologista...

sábado, novembro 26, 2005

bravo!

(esta história é verídica)
imaginem um actor português já de provecta idade.
esse actor vai à broadway, em nova iorque, ver um espectáculo.
senta-se numa plateia de um teatro situado na rua-mãe-pai-avô-avó-piriquito de todos os artistas.
o sonho máximo de qualquer actor mundial e de marte é o de representar naqueles palcos.
no intervalo das peças, é tradição que os espectadores subam ao palco, para dar uma espreitadela.
o nosso amigo actor subiu, mas, enquanto se maravilhava com o local, teve um ataque cardíaco, em pleno palco!!
cai no chão, entram os paramédicos e tudo pára, na expectativa dúbia.
o público, enquanto os paramédicos o tentavam manter por cá, começou a bater palmas e a gritar, incentivando o nosso actor, aplaudindo de pé.
o nosso actor ficou-se, passou para o outro lado da cortina.
mas agora vejam lá bem...
que morte perfeita, a de um actor que nunca conseguiu chegar aos palcos da broadway, mas que morre num deles, perante um público que o aplaude de pé...

sexta-feira, novembro 25, 2005

três concertos e um funeral

ontem fui ao primeiro desejo dos xutos.
quer dizer, o desejo deles era que a casa estivesse cheia.
mas não estava, o que também não é nada mau, pois permite a livre circulação de pessoas na plateia, assim como a de capitais, no mercado mundial.
estiveram iguais a si próprios.
o zé pedro, com as suas performances de ave com o cio, pavoneando-se em frente das meninas da primeira fila, em poses para as máquinas, dedos pelo corpo, língua lascivamente de fora.
o kalú em grande. os calções habituais, a barba por fazer, a cruz a pender do brinco da orelha esquerda, os "1,2,3,4" do início das músicas.
o tim está, penso eu, neste momento, a soro. o senhor enganou-se nas letras, nas melodias e ria-se para os técnicos de som, aquando de um ou outro feedbackzitos.
o zé pedro já não bebe, o tim bebe a parte dele.
o joão cabeleira é mágico. os cigarros brotam da boca dele. eu acho que nunca alguém o viu a acender um cigarro. é um mito. porque sempre que se olha para ele, lá está, concentrado no solo, cigarro na boca, olhos semi-cerrados.
apesar de esta crítica, fiquem cientes que adoro xutos.
hoje à noite lá estarei para o 2º desejo e amanhã para o 3º.
mas, pelo andar da carruagem, tenho é medo que estes 3 concertos sejam uma carta de despedida para o público, porque pelo estado deles ontem, não sei se aguentam 3 dias disto...
não desfazendo, claro.

quinta-feira, novembro 24, 2005

jantar dos blogs

caros colegas bloguistas, membros ou não da melhor associação do mundo, a AJBNTMNFETO (vulga e curta, a dos bloguistas).
por diversas pessoas se terem cortado (umas literal, outras metaforicamente) ao jantar de dia 26 e também por causa disto, o jantar terá de ser adiado.
eu proponho a data de dias 7 ou 10 de dezembro, visto que no próximo fim-de-semana nem eu nem a cuca cá estaremos (bem como muitos de vocês, suponho, seus violentadores de pontes e feriados!!), e jantar sem presidente é o mesmo que jantar sem braço direito, não dá para se comer só com o garfo não é??
enfim, peço desculpas pelo atraso da comunicação, mas quanto mais as coisas custam, melhor sabem, não é?

ps- o restaurante já está escolhido, é do bom, do melhor...e em conta!!
depois colocarei aqui um mapita todo do futuro...

terça-feira, novembro 22, 2005

cobardia

esta é parte da letra de "violencia machista", de ska-p, uma música que fala sobre a violência doméstica

"Al día siguiente la audiencia subió en todos los reality shows
Víctima de una terrible agresión su larga agonía acabó
Mientras la ley no te quiera escuchar y siga dormido ese juez
Mientras el mundo no quiera cambiar, autodefensa mujer! (autodefensa mujer!) "

tradução

"no dia seguinte as audiências subiram, em todos os reality shows
vítima de uma terrível agressão, a sua longa agonia acabou
enquanto a lei não te quiser ouvir, enquanto esse juiz continuar a dormir
enquanto o mundo não quiser mudar, auto-defesa mulher! (auto-defesa mulher!)"

segunda-feira, novembro 21, 2005

granadinhas

eu vou às aulas.
como eu, outras pessoas também vão.
até aí normal, certo?
mas não, porque vocês não têm na vossa turma, uma pessoa como a que existe na minha turma.
nas aulas teóricas, consegue fazer perguntas até sobre a merda que o professor tem agarrada à sola dos sapatos:
- oh professor, mas isso é lama ou merda de cão?

a sério, se o professor faz uma cara mais estranha:
- oh professor, desculpe, mas está com gases? é que eu também estou e percebo-o muito bem, se quiser, tenho aqui uns comprimidos que me deu a minha tia, que é farmacêutica...

é bastante irritante, alguém que quer por força fazer-se notar...
- assim, 2+3=5, percebem, não é difícil, pois não?
- ó professor, desculpe, mas tenho aqui uma dúvida:
eu li no livro do professor, que comprei mesmo antes das aulas começarem, aliás, comecei a lê-lo nas férias do verão, que o professor pensa que, e muito bem, na minha modesta opinião, 2+3=5. agora eu pergunto, se me permite esta intervenção...
- exponha lá a sua dúvida por favor...
- pois, é assim, no seu livro, que, se me permite, está brilhantemente impresso, o professor diz então que 2+3=5. eu penso que, bem sei que sou uma modesta aluna, mas tendo assistido a TODAS as suas aulas...
- diga lá o que é, PORRA!!!
- ai, desculpe, então, o professor diz que 2+3=5. eu só queria perguntar se 3+2=5 também...
- caros alunos, que não esta besta, alguém tem uma granada, se faz favor?

sexta-feira, novembro 18, 2005

eu sei

eu sei que eu sou eu.
eu sei que tu és tu.
eu sei que nós somos nós.
eu sei que eles são eles.
eu sei que se eu for tu, tu és eu.
eu sei que se tu fores eu, eu sou tu.
eu sei que nós não somos eles e eles nunca serão nós.
eu sei que se eu for como eles, nunca serei como tu.
eu sei que se tu fores como eles, tu nunca serás como eu.
será que nós vamos ser como nós, ou seremos nós como eles?
eu sei que não se deve pôr a carroça à frente dos bois, mas às vezes sou um grande burro.
será um burro como um boi??

quinta-feira, novembro 17, 2005

aulinhas

incomodado por um som deveras perturbador, o meu sono de beleza decide vir dar uma volta à terra, para se aperceber e passar a mensagem ao meu corpo, de que estava ligeiramente atrasado para a escolinha.
banho, vestir e cereais, passaram assim a ser uma só acção.
imbuído pelo meu sentido apurado de condutor e ainda por cima tuga, saio de casa na mecha, já a ver a aula das 8h30m a começar às 09h só para mim.
morando em zona crítica para condução regular e respeitadora de regras, opto pela chamada selvajaria automobilística.
vai de ultrapassar em contra-mão, passar um vermelhito já assente há 3 segundos e de entrar na passadeira com 12 peões a atravessar.
gincana da estrada, piso seco, pneus slick, consigo alcançar a rotunda mais próxima do meu pousio.
mais um vermelhito, desta feita já encarnado e siga a ultrapassar pela direita.
o som de um apito não me incomoda, apenas me leva a pensar que há gente mesmo fanática da bola, ao ponto de irem apitar para a rua.
ou isso, ou a fáfá de belém anda a dar espectáculos nos semáforos.
chego ao parque da minha universidade, já o suor misturado com o cabelo ainda molhado do banho me escorria pela face, passo o cartão na ranhura, entro com bravura.
estaciono o carro fazendo a manobra quase em duas rodas, para passar por cima de um jovem que se tinha baixado para apanhar a caneta, no lugar ao lado do meu.
francamente, há malucos para tudo.
no bar peço o café, na corrida o bebo, galgando as escadas qual gazela a correr pela savana.
entro na sala esbaforido, cabelo de caracóis passado a escorrido, para olhar em volta e estar vazia.
olho para o horário, a sala era a correcta.
olho para o horário, a disciplina também.
passa um colega por mim e diz-me:
- ó (grande) autor, não sabias que a professora não vinha? pois, eu também não, podíamos ter ficado a dormir...

quarta-feira, novembro 16, 2005

inquéritos

como jovem estudante que sou, não tenho muito dinheiro na minha conta bancária.
para colmatar estas pequenas falhas da vida, decidi ir contribuir para a sociedade, fazendo inquéritos para um centro de sondagens, para depois vocês gramarem com as estatísticas na têbê.
ora, ontem foi mais um dia de intensa actividade telefónica e inquiridora, sendo que o momento alto das 3 horas em que estive a estupidificar com um telefone na mão e a ler perguntas num computador sucedeu da seguinte forma:

o (grande) autor pergunta:
- boa noite, estou a ligar do centro de sondagens, blablabla, posso fazer-lhe 39 perguntas e levá-lo à loucura? olh' qué grátis, amigo...

de lá me respondem em tom jovial, a roçar mesmo os 5 aninhos de idade:
- é a filha!!!

qual génio dos questionário, começo a coçar a cabeça e contesto:
- a filha? filha de quem?

esperando eu uma asneira, dizem-me:
- a filha do nelo!!

vai daí, lançado para falar com o nelo e fazê-lo cortar os pulsos antes de eu terminar o meu rol de tiros à queima-roupa, indago:
- então e o nelo, está? posso falar com ele?

eis que me espetam a faca nas costas:
- não, o nelo foi montar a barraca!!

i rest my case, no further questions...

terça-feira, novembro 15, 2005

me, myself and my tuga

ser tuga é:

- estacionar o carro em espinha em lugares paralelos, subindo o passeio, para não ter de pagar parquímetro

- lançar-se para cima das passadeiras, para atravessar, mesmo que lá venha um camião TIR a 110km/h

- mudar de faixa quando a sua está lenta e praguejar aos altos berros porque a que para onde mudou passou a ser a mais lenta

- "dar o golpe" no início de qualquer tipo de fila, seja de carros, cinema ou sopa dos pobres

- pôr o braço de fora do carro com a mão aberta, achar que esse movimento obriga os outros a cederem-lhe a passagem e mudar de faixa sem ver se vem lá o camião TIR a 110km/h

- bater com a chave de casa na porta do elevador, quando este está ocupado há mais de 20 segundos, para quem o estiver a utilizar ouvir e despachar-se, que um gajo não tem a vida toda

- acelerar a fundo quando o sinal cai para amarelo e passá-lo, independentemente de estar ainda a 150m dos semáforos e das velhotas que já vão a meio da passadeira

- ir passear o cão, vê-lo a fazer a necessidade sólida e pontapear a mesma para debaixo de um carro, indo em seguida procurar um pauzinho para tirar a merda da borda da sola

- lançar pragas aos emigrantes de leste, mas aplaudir quando estes violentam as máquinas dos parquímetros da CHULEL

- fingir estar a dormir assim que vê uma júnior de 104 anos a entrar numa carruagem de metro em que não há lugares vagos, para não ter de ceder o seu

segunda-feira, novembro 14, 2005

E.R.

há um amigo dos meus pais, o alberto, que é médico e que já salvou a vida à minha mãe por duas vezes, através dos seus diagnósticos incríveis.
leiam bem agora esta história, que é verídica e relata mais um diagnóstico, passo a expressão, do car@*ho...
estava o alberto numa noite de banco no hospital, quando entra nas urgências um punk de 20 e poucos anos, acompanhado pela mãe.
vinha com sintomas característicos de overdose.
os primeiros médicos que o assistiram, vistos os sintomas evidentes de overdose, perguntaram à mãe do rapaz que tipo de drogas tomava ele.
a mãe dizia que o rapaz não se drogava, jurava-o a pés juntos.
os médicos não acreditaram e não fizeram mais exames, dizendo à mãe do punk que ele morreria dentro de poucos minutos se ela não dissesse que drogas tomava o filho, pois não sabiam que medicamento administrar.
a mãe insistia, desesperada, que o filho não se drogava.
chega o alberto às urgências e vai falar com a mãe, explicando-lhe pela última vez que se ela não os ajudar, o filho morre.
ela mais uma vez nega a toxicodependência do miúdo.
então aí o alberto, assumindo que uma mãe que está a ver o seu filho morrer conta tudo o que for preciso para o salvar, vai à procura de outras causas que não o excesso de droga, para ele estar naquele estado.
chega-se ao pé do rapaz e repara que este tem calçadas uma botas doc.martens, típica indumentária punk.
pergunta então ao rapaz onde tinha comprado as botas e de cor eram originalmente.
o rapaz responde a custo que as comprou na feira da ladra e que eram pretas.
visto que as botas naquele momento eram roxas, o alberto perguntou como tinha o rapaz pintado as botas.
o rapaz responde que as pintou com um spray de grafitti.
o alberto decide então tirar-lhe as botas e constata que o rapaz não tinha meias.
ou seja, com o calor e suor, a tinta e seus químicos letais estavam a diluir e a entrar pela pele do rapaz, intoxicando-o...
o alberto tirou-lhe as botas, deu-lhe um antídoto para esse tipo de químicos e passadas duas horas o rapaz estava em casa, óptimo, a jantar com a mãe.

passando o plágio, "e esta hein?!?"

domingo, novembro 13, 2005

telejornal

perguntava o esperto do pivôt do telejornal da noite da sic, a um psicólogo, a seguinte questão, relativamente ao caso "joana":

- dr. não-sei-quê, o doutor nunca teve contacto com os arguidos, mas acha que, pelas imagens que viu na TV, que realmente foram poucas, os arguidos têm perfil de assassinos?

eu cá, se me apelidasse não-sei-quê, respondia:

- ó sr. esperto, é claro que acho! aliás, ainda no outro dia vi uma imagem da mãe da joana e disse para comigo, "dr. não-sei-quê, não haja dúvidas!! ela é culpada!!".
e acrescento ainda que, também por essa imagem, acho que ela já estava a congeminar aquele crime há uns tempos!
para ser mais preciso, faz dois anos desta quarta a 8 dias que ela andava a pensar naquilo!!

o único programa que eu via religiosamente era o telejornal.
aliás, adoro jantar a ver o telejornal das 20h.
pois agora acho que vou passar a jantar mais tarde e ver o "friends" às 20h30 na rtp2...

sábado, novembro 12, 2005

fisioterapia

aqui o (grande) autor, é também um (grande) snowboarder.
e como todos os grandes desportistas se lesionam de quando em quando, o gajo também se lesionou.
no ano do fim do mundo, o ano 2000, nos alpes franceses (que fino), o (grande) autor caiu a fazer snowboard.
neste episódio, foi dar directamente com o cóccix numa grande placa de gelo que, para sorte dos sintomas hipotérmicos, não era fino, mas que, para azar do cóccix, era bem duro.
resultado, passados 5 anos de massacre ósseo sem dor, a coisa começou a incomodar o sistema nervoso de quem vos escreve.
para curar esta merda fui parar a uma clínica, para fazer ultrassons, lasers e pomadinhas.
ora, chego à marquesa que me foi destinada, mandam-me despir.
dispo-me todo. nuinho da silva.
depois de provocar uma reacção de espanto, dado o tamanho do meu pénis (deixo à vossa imaginação se por defeito ou por excesso), a enfermeira explicou-me que era para me despir só da cintura para cima.
"dass...", pensei, enquanto pegava nos boxers da loja dos 300.
lá fiquei preparado na marquesa, barriga para baixo, tronco nú e calças ligeiramente rebaixadas (assim tipo tuNNing-fiat-punto-amarelo) de forma a que o rêgo aparecesse em todo o seu esplendor.
depois da pomadinha, do laser e coisital, chegou a hora da corrente eléctrica durante 15min.
tinha de ficar quieto, rêgo à mostra, com as descargas de corrente vindas dos aplicadores, a circular com via verde durante os 15min.
ora, não tendo levado a reader's digest para ler, sem café no bucho e depois de uma noite agitada, é óbvio que adormeci na marquesa.
para ser acordado pela enfermeira, 10min depois de terminado o tratamento, com o rabo gelado e a marquesa a escorrer baba.
enfim, lá vesti a t-shirt, camisola e casaco, retirando-me ao som de desculpas à enfermeira pela babalização do local.
terça-feira há mais. a ver é se tomo umas injecções de adrenalina antes...

sexta-feira, novembro 11, 2005

bla bla bla

ontem, em deslocação ao bairro alto, aproveitei para disfrutar de mais umas horas em convívio com os amigos.
de bar em bar, cerveja em cerveja, lá fomos jogando o jogo do desvia-com-licença-olha-a-minha-cerveja-que-se-cair-pagas-me-outra.
e disto tenho uma conclusão a tirar. o bairro alto tem cada vez mais "meninos".
e o que são os "meninos"?
são uma das espécies que invadiu locais míticos de lisboa, como o bairro em questão, já tendo passado por zonas como santos, docas, cascais, guincho e afins.
usam a melhor roupa, têm o cenário mais fixe, são mesmo os maiores e têm mais amigos que o papa, pois falam a tanta gente como o líder que publicita o tide, com a sua roupa branca.
mas agora, nomeadamente no bairro alto, e nomeadamente os "meninos", adoptaram uma nova estratégia de propagação, que lhes permite, tanto agrupar-se, como ocupar a maior superfície possível, que é a de se empilharem uns nos outros.
é verdade amigos, agora saltam para as cavalitas uns dos outros e, qual pirâmide egípcia, passeiam-se pelas estreitas ruas.
"oh bernardo, traga-me aí mais uma pra eu não ter de descer pra baixo daqui dos ombros do salvador"
eu, perplexo, assistia impávido e sereno a este fenómeno.
curioso, diria.
resignado com a superioridade evidente da espécie, eu e o meu grupinho dirigi-mo-nos a ruas mais "para cima", evitando os comboios verticais, mas tendo a oportunidade de conviver com mais elementos de 2ª geração das ex-colónias.
não confundir com os telemóveis, que esses já são de 3ª geração.
hoje fui às aulas, mas só à das 10h, porque se fosse à das 8h30 corria o risco de morrer.
e muito provavelmente atropelado por mim próprio...

quarta-feira, novembro 09, 2005

malucos da chalaça

eu achei muita graça.
a quem contei respondeu-me que já tinha barbas.
eu resolvo aqui arranjar-lhe uma lâmina, dar-lhe uma achega e ver se a coisa pega:

um senhor que bebe muito álcool chega à tasca e remata:
- oh zé, um pénalti fachavor!

o zé prontamente lhe serve o pontapé da marca de grande penalidade.

o senhor que bebe muito álcool vira o castigo máximo em 2,3seg e diz:
- oh zé, o guarda-redes mexeu-se... serve aí outro!

terça-feira, novembro 08, 2005

baratas

um dia, enquanto estava um ano em espanha, um amigo meu espanhol ensinou-me (com demontração) algo de muito útil, que vos passo agora, útil e altruisticamente, a transmitir.
quando se depararem com uma baratinha em vossa casa, em vez de a esmigalharem com a pantufa, ouvindo aquele som asqueroso e ficando com a sola cheia de entranhas agradáveis à vista, façam da seguinte forma:
- com uma mão, peguem num isqueiro
- com a outra, peguem numa lata de laca ou desodorizante de spray, algo que seja inflamável (não recomendo gasolina, mas vocês é que sabem)
- apontem a lata na direcção do bichinho, aproximadamente a 45cm do mesmo
- em frente da lata, a cerca de 18cm, coloquem o isqueiro, previamente aceso
- aí, desfiram um valente jacto de fogo contra a pobre alma, durante uns bons 6 segundos até ouvirem o inconfundível crepitar (reconhecê-lo-ão, descansem)
- peguem no torresmo com um pouco de papel higiénico e mandem-no para o lixo
(ou ponham-no no meio das febras e entremeada grelhadas e sirvam-no ao vosso amigo que se esqueceu dos óculos)

assim, não sujam nada e o ser morre instantaneamente, sem perceber o que o atingiu, sofrendo menos.

ps- eu sou contra a morte de qualquer animal através de meios humanos, mas o que tem de ser tem de ser e o que tem de ser tem muita força...ou queima, neste caso.

ps2- este procedimento não é aconselhável em superfícies como carpetes, tapetes, alcatifas e afins, por isso, tentem dirigir o bicho para uma zona que não vos leve a queimar metade da casa.

segunda-feira, novembro 07, 2005

3, 2, 1....FIGHT !!

aconteceu-me, há uns minutos, um dos momentos mais dementes da minha vida.
como não poderia deixar de ser, compartilhei-o com o barbudo.
estávamos os dois a falar pelo messenger (essa maravilha da informática) quando nos deparamos com um tema que nos dividia opinativamente.
eu ameacei ficar sentido com ele e ele, não fosse ele quem é (é ele, está claro.ele.), começa a insultar-me.
eu não me fico atrás e retribuo na mesma moeda, como ser humano que sou.
começamos então a chegar a um estado que roçaria o confronto físico, não estivéssemos nós apartados por uma distância cibernáutica.
sugere ele então, como pacifista que é, uma luta à moda antiga, mano a mano, via teclado.
começa então, ao velho estilo street fighter:

ele: agora estou a empurrar-te e chamo-te ******
eu: empurro-te de volta e mando-te um soco, enquanto te chamo ***** ** ****
ele: limpo o sangue da boca, olho-te à steven seagal e mando-te ao chão, com uma placagem.
eu: agarro-te enquanto caio e cais em cima de mim. enquanto cais mando-te uma joelhada na barriga.
ele: vomito-te em cima, tal foi a força da joelhada e devido ao facto de ter almoçado feijoada.
eu: começo a gritar que é um nojo, para interrompermos a luta que assim não há condições.
ele: eu concordo, ajudo-te a levantar e dou-te uns kleenex para limpares isso, e digo-te que compreendo o teu asco, visto que me lembrei agora que reguei o repasto com tintol.
eu: compreendo e peço-te desculpa por te ter feito perder o almoço.
ele: digo-te que não há problema porque assim é da maneira que faço dieta.

terá sido assim tão demente como estou a pensar??

sábado, novembro 05, 2005

go swim

eu tenho um amigo.
na verdade, tenho mais do que um....acho eu.
bem, tenho pelo menos um.
e esse, meu homónimo, mas de alcunha "big", pratica natação no técnico.
[nota do (grande) autor: não sei porque lhe chamam big, até porque nunca o vi no balneário.
e mesmo que visse, eu cá sou muito homem e não sou gajo de prestar atenção a essas coisas!!!]
continuando, o big foi à natação na última quarta e, depois de muitas braçadas em costas e crawl, foi ter com o nosso grupo de amigos (olha, afinal parece que tenho mais que um!! que fixe!!) a uma tasca ao pé do técnico, a fim de ver o glorioso jogar contra um clube da terra aqui ao lado.
ora, o big queria despachar-se a sair do complexo desportivo, para ver o glorioso perder, até porque o sacana é lagarto (nunca gostei muito dele).
mas, para tal, teria que entregar a chave do cacifo ao segurança das piscinas.
visto que o big não o via no seu posto de trabalho, deu uma volta, procurando-o, para lhe devolver a chaveta.
não o encontrou, deixou a chave em cima do balcão e ala que se faz tarde.
porém, quem encontra o big sentado na tasca na mesa ao lado da nossa a vibrar com o simão e companhia??
acertaram...o zeloso segurança!!

sexta-feira, novembro 04, 2005

shopping

às vezes, a inspiração não chega.
não aterra na plataforma cerebral.
não sabemos o que deixar aqui para a posteridade.
temos todos os ingredientes, o teclado, os dedos, o ecrã, a cabeça, mas a grande carne assada no forno não sai.
se calhar, devíamos poder comprar no supermercado um pacotinho de 250g de imaginação para posts:
- olhe, desculpe, pode ver-me aqui o preço deste guisadinho de post de terça-feira sff?
- este são 3,49€...
- porra, tá caro!! então e esta sopinha de post de quarta-feira?
- esta tá em promoção. são 2,99€ e ainda leva um caldinho de post de sábado como oferta.
- ah, então levo a sopinha e o caldinho se fizer o favor. deixe estar que não preciso de saco, obrigado.

quinta-feira, novembro 03, 2005

M, de metro

ele entrou no metro, visivelmente cansado, mais um dia de aulas do 8º ano o tinha fustigado.
era o típico rapaz que não paga bilhete para ficar com o dinheiro que a mãe lhe dá para o passe e gastá-lo em gomas e cigarros de chocolate.
sentou-se num banquinho entre uma senhora já idosa de cabelo pintado de roxo e uma jovem empresária que mascava ruidosamente uma pastilha.
"trident?", indagou para si mesmo.
"naaa, pelo tamanho dos balões deve ser gorila", concluiu.
com o embalar da carruagem, entre o campo grande e o saldanha, adormeceu.
chegado a picoas, acordou sobressaltado, afastando o sonho que o incomodava, de que a sua mãe iria ver a carta com as faltas antes que ele a fizesse sumir, misteriosamente.
de repente, com as portas a fecharem, vê uma rapariga a entrar, no meio da multidão que se acotovelava.
não lhe via o corpo, apenas a cara, que irradiava uma luz diferente, parecida com a do sol.
ela começa a dirigir-se às pessoas que a rodeavam, amavelmente.
fala com elas, trocam papéis.
"é uma angariadora de fundos para uma instituição de solidariedade social", pensou.
fascinavam-lhe as pessoas altruístas e uma altruísta com uma carinha daquelas, era qualquer coisa de maravilhoso.
algo que o faria correr sobre espinhos sem sentir a dor pés dentro...
enquanto flutuava psicologicamente, reparou que o ser iluminado se lhe dirigia.
reparou que, junto ao coração, a rapariga trazia uma inscrição na camisola.
"é camisola de marca! ainda por cima é de boas famílias, veste-se tão bem..."
quando a sua fada se lhe aprochega, susurra-lhe ao ouvido num tom de voz tão suave como o mel doce das abelhas:
- boa tarde, o seu bilhete, por favor...

orgulho

há uns dias, no bar da minha faculdade, local onde me pavoneio perante a comunidade feminina, fui de encontro a um amigo meu, também colega do curso de exibicionismo.
[este primeiro parágrafo é para a namorada do (grande) autor ignorar]
este disse-me então, em amena cavaqueira, que o diário da pampilónia , o meu blog/diário de erasmus, foi uma das principais razões que o levaram a decidir ir fazer erasmus no próximo semestre...
obviamente que fui a correr para a casa-de-banho, de tanto orgulho, a chorar baba e ranho, sendo alvo de galhofa perante a audiência do sexo oposto, que já baixava os cartazes com a minha média de pontuação de 8,9 em 10.
mas isto para dizer que o meu ego decidiu tirar umas férias e ir voar alto pelos céus, levado pelas palavras do meu coleguinha.
agora pode ser é que vá de encontro a uma hélice de avião e a coisa corra mal...

quarta-feira, novembro 02, 2005

jantar bloguista

o (grande) autor, como presidente da AJBNTMNFETO (a associação dos jovens bloguistas que não têm mais nada que fazer na vida do que escrever textos para os outros lerem na internet), vem por este meio ultra-inovador informar que se irá realizar uma jantarada num restaurante a determinar, em princípio no dia 26 de novembro.
quem estiver interessado, bloguista ou não, poderá inscrever-se no mail ali ao lado ------------------>>>>>>>>>>>>

ficam também informados de que, no jantar, só entrarão pessoas com crachás nas lapelas a identificar o blog a que pertencem ou qual o bloguista que conhecem e que se chibou do jantar.

exemplo (imaginem um crachá aqui em baixo)

[ jota zambrotta (opiniões sobre isso) ]

ou (imaginem outro crachá)

[ zé barnabé - convidado de jota zambrotta (opiniões sobre isso) ]

o MPR , braço direito do presidente, colocou no seu blog uma votação para a data do jantar.
eu não sei pôr votações, nem o caraças, por isso não dou uma lista dos restaurantes para votarem, mas asseguro que o restaurante não será caro e o jantar não ultrapassará os 10/11€ por pessoa, com bebidas incluídas, está claro.

enfim, insurjam-se os associados
e venham os convidados
pois um belo jantar terá lugar
veremos quem quer participar...

segunda-feira, outubro 31, 2005

tubarão podre

outro dia estive a jantar em casa de uma amiga.
a amiga tem um namorado.
o namorado é islandês. o namorado está cá de férias.
o namorado trouxe um dos pratos tradicionais da islândia.
o prato é composto por tubarão podre.
podre. ou seja, que cheira mal. e sabe pior.
assim, devidamente acondicionado num frasquinho de 250g, o jovem apresentou-nos o cadáver aos bocados.
depois de se comer um pedaço do bicharoco, bem mastigado, por sinal, bebe-se uma aguardente também lá de cima, com 37,5º.
"pfff", pensei eu, alimentado pelo calo já ganho com a aguardente e os tremoços tugas.
mas, contrariando o cavaco, que nunca se engana, eu enganei-me.
fechei os olhos enquanto mastigava e parecia que estava a comer uma pedrinha da calçada da esquina mais alvejada pelas pilinhas do bairro alto.
com o nariz a arder botei abaixo o copito com o líquido etílico.
não foi pior a amêndoa que o sorvete, mas também não foi a melhor degustação do mundo.
apenas sucede que, tendo em conta que parecia ter estado a comer um calipo de urina, aquela aguardente sabia-me a vinho do porto.
agora, cientificamente explicando, porque sabe a chichi o bicho-paga-dentistas?
porque o bóbi tem um nível de amoníaco tão elevado como a antena parabólica do empire state building, tal como, está claro, a nossa chichoca.
acontece que, para ser comestível, a estrela dos filmes do spielberg tem de apodrecer uns mesitos, de forma a que o nível de amoníaco baixe a bolinha, até ser aceite pelo nosso corpo sem funcionar como veneno para ratos.
agora, pergunto-me, quantas pessoas terão batido a bota até que aquele pessoal do norte percebesse (como é óbvio) que o tubarão tem de estar a cheirar a casa-de-banho-do-sudoeste para ser saborosamente apreciado??

sexta-feira, outubro 28, 2005

da autoria do (grande) autor

uma tiazoca do jet7 nacional diz ao marido enquanto se maquilhava para mais uma festa entope-artérias:

- ó querido, passe-me aí a base.
- diga, jóia?
- ó querido, tá surdo?? base!!!

e o marido bazou dali para fora...

quinta-feira, outubro 27, 2005

PUB

já ouviram falar de skype?
www.skype.com
é um programa que permite falar ao telefone através da internet...sem pagar!!
sem reviêngas, sem tramas nem tramóias, podem falar com quem quiserem.
é tipo messenger, criam um nick e uma password e depois vão adicionando pessoas que já tenham o skype instalado.
compram um microfone no carrefour praí a 4€, instalam-no no vosso mega-computador e depois falam com o pessoal sem prestar vassalagem à f#deaivone ou à QQ.
só a título de exemplo, hoje estive a falar ao mesmo tempo com o graziano, que estava em florença e com a federica, que estava em palermo....
adiram e poupem os vossos euros, que dão tanto jeito para as portagens e jogos do benfica...

ps- se quiserem adicionar o (grande) autor coloquem jotazambrotta

mascar mata?

o cão do pedro, o barnabé, não fuma, por isso, é altamente improvável que venha a ter um cancro de pulmão.
porém, apanha, mastiga e engole beatas provindas do chão da rua!!
eu adoro o cão, mas, e sem querer mencionar o nojo da situação, será que o bicho tem tendência para o cancro de estômago??

quarta-feira, outubro 26, 2005

isto aconteceu

glossário essencial:
batôns - paus que os esquiadores usam para fazer esqui, que não são de ferro, mas são bem duros, sendo, porém, muito leves.


estava um amigo meu, a esquiar numa estância qualquer de esqui, por aí.

levava uns esquis novos, acabadinhos de comprar, estava excitado com o facto de os estrear.

no meio de uma pista, ao pé do meu amigo um rapazola deslizava, atrás do menino uma senhora o acompanhava e estranhas indicações lhe dava.

o rapazola sem querer, perto demais do meu amigo passou, e por cima dos esquis novos dele passou.

o meu amigo ficou louco! de raiva, meteu um batôn pelo meio das pernas do rapaz e fê-lo cair de boca na neve, zás trás!

quando o rapaz caiu, o meu amigo leu um aviso nas costas do miúdo, que o deixou, como a neve, gelado. versava este assim:
"esquiador cego - cuidado"

terça-feira, outubro 25, 2005

oi cara, tudo bem?

sem qualquer tendência xenófoba, mas com alguma dose de ironia, ouvi há uns diazitos no telejornal das 13h, que os imigrantes têm cada vez mais dificuldade em arranjar trabalho em portugal.
ouvi também que a nacionalidade dos imigrantes que mais dificuldades têm é a brasileira...
ora, dado o facto de já quase 99,999999% dos estabelecimentos comerciais em portugal de qualquer ramo, empregarem empregados brasileiros (passando o pleonasmozito), que se passa no nosso país?
brasileiros a tirar emprego a brasileiros?
assim, meus amigos, realmente, não há condições...
valeu galera!!

segunda-feira, outubro 24, 2005

repto pessoal

doravante, terei mais tento nas palavras.
acabaram-se as frases proferidas em tom jocoso e oxalá possam terminar as guerrilhas verbais com o meu semelhante.
não, pudera, não fosse eu um sujeito de língua descontrolada e tais afirmações não estariam a sair dos meus dedos.
porque, se tenho conseguido acalmar a fúria proferida vezes sem conta através de conjugações menos meigas, não me teria visto em situações caricatas e recambolescas como as sucedidas em momentos do passado.
e no passado ficará assim enterrada a minha faceta, já por demais vezes apelidada de "do arco da velha".
tropelias e tramóias, um cofre mais forte que o do banco de portugal as guarde, pois de ora em diante, serei eu um homem contido e sisudo.
assim me despeço, fazendo votos para o que acabo de transmitir seja verdade e, de facto, tome lugar.
se não o for, até ao próximo duelo, caro senhor.
leve o senhor a espada, levarei eu a língua afiada.

o (grande) autor

sexta-feira, outubro 21, 2005

italiano

ontem fui jantar a um restaurante italiano.
como seria de esperar, visto estar num estabelecimento de restauração na cidade de lisboa, trabalhava ali uma empregada de nacionalidade brasileira.
até aí normal, certo?
mas e este diálogo, alguém mo explica?:

- boa nôitxi, quê vão tómá?
- olhe, desculpe, este prato, recomenda-o?
- ah, essi já não há. tá finito.
- ok, então quero este.
- va benne, quirido.

(????????????????????????????)

quarta-feira, outubro 19, 2005

coisas para não dizer em certas situações

depois de um coito com uma rapariga que não toma a pílula, mas em que você usa gabardine:
"ups, acho que se rompeu...tens aí um kleenex? é que assim vou-te sujar o balcão."

quando a garrafa de azeite se parte no chão da cozinha, com 8 convidados dentro da mesma:
"apanha com o pano da loiça e verte para a panela que ainda se aproveita!! iss' micróbios morre tudo ao lume, homem!!"

depois de lhe contarem que alguém morreu:
"oh amigo!! isso para um gajo morrer só basta tar vivo!!"

depois de deixar entrar o seu cão (a uivar de fome sexual) para a mesma sala onde está a cadela do seu sogro:
"ela não tá com o cio, pois não?"

quando o elevador pára entre o 11º e o 12º andar, com mais 9 pessoas lá dentro:
"espero é que não seja um ataque terrorista...ó tu da mochila, tás muito calado! hehehe..."

na sala de operações, em frente ao doente que irá operar, com a anestesia desse a meio gás:
"enfermeira, sirva-e aí um vodka red bull a ver se eu animo."

segunda-feira, outubro 17, 2005

saudades de erasmus


com a cortesia e a objectiva de graziano fronteddu, meu amigo italiano, chegam até vós imagens bem representativas (e até muito suaves), das festas de san fermín, em pamplona, a minha cidade erasmus no ano lectivo de 2004/2005.
como se pode verificar, todos os hóteis e pensões estavam pelas costuras...
"pues que no estoy borracho...olé!!"

gripe das aves

será que, com a gripe das aves, irá surgir uma nova expressão popular?
já existe a expressão "nem que a vaca tussa", para situações de impossibilidade categórica.
agora, em casos de certeza absoluta, podia colocar-se de parte a já fraca e velhinha "de certeza absoluta, sintética e analítica", para dar lugar à inovadora e firme "se eu estiver equivocado, que nunca mais espirre a galinha".
enfim, são sugestões...

sexta-feira, outubro 14, 2005

bonne week-end

o (grande) autor do blog, decidiu citar mais alguém, como forma de vos desejar um bom fim-de-semana.
neste caso, presenteio-vos com mais uma chalaça da cultura popular, com que me ri muito há uns tempos.
reza assim:
avé maria, cheia de graça...
(ah, merda, não é isto!desculpem!)

assim é que é:
vai um sujeito no comboio, trajecto lisboa-porto.
à sua frente vai uma senhora, de "encher as medidas", jeitosinha, ou seja, muito bem feitinha, ou seja, já estão a ver a figura, não é?
a senhora leva nos braços um bébé.
a dada altura, o bébé começa a chorar.
a senhora, em vez de lhe dar um par de estalos para o chavalo se calar, tira um seio para fora e diz-lhe:
- filho, chupa aqui na maminha da mãe, vá. chupa lá, porque senão chupa este senhor aqui à tua frente...
e o bébé chupou. e calou-se.
passada uma meia hora, desata o rebento de novo num pranto.
e a mãe:
- oh filhinho, chupa lá aqui na maminha da mãe, senão chupa aqui este senhor.
e o puto chupou. e de novo se calou.
(isto rimou)
(e agora rimou outra vez)
quase a chegar ao porto, depois de mais umas 36 cenas iguais a esta, em que o novato chora e a mãe lhe oferece o peito, sob ameaça de o oferecer ao senhor em frente, repete-se a situação.
mas quando a mãe vai de novo a retirar a maminha, a meio da lenga-lenga de ou-chupas-tu-ou-chupa-ele, o senhor levanta-se e berra:
- oh minha senhora, veja lá se o miúdo se decide, que eu já devia ter saído em santarém!!

palavra de escuta

oh pá, sem querer ferir susceptibilidades, tenho de colocar aqui uma frase que li outro dia, não sei onde:

"os escuteiros são crianças vestidos de idiotas e os seus monitores são idiotas vestidos de crianças."

quinta-feira, outubro 13, 2005

ventosga

eu moro (oficialmente) num 5º andar.
e lá em cima às vezes está tanto vento que, quando abro a janela do meu quarto e ponho o braço de fora, fecho os olhos e posso imaginar que estou a viajar a 150km/h numa auto-estrada.
mas o melhor é que, no meu quarto, não preciso de pagar portagem...

quarta-feira, outubro 12, 2005

chuva e Cia.

a chuva chegou há uns dias
e o sol, esse sacana, foi embola
mas alguém me pode explicar
o que vai dentro da minha cachola?
parece que com as chuvadas
a minha tola inundou-se
é só planctôn e peixinhos
"olh' a tua vida ó moçe"
olhe desculpe, tem aí um secador?
é que era capaz de ajudar
ou o manual da paula bobone para a cabeça aguada
por favor algo que me faça secar
tenho a certeza de que não caí ao rio
por isso não sei como entrou tanta água
só quero é construir um dique aqui dentro
que me separe bem a felicidade da mágoa
bem, vou ali à farmácia da esquina
perguntar se têm remédio para este tormento
espero que tenham algo para os cabeças de água
e não só para os cabeças de vento
quem saiba a receita milagrosa
fachavor de ma transmitir
deixar-me-ão muito descansado
e dar-me-ão um motivo para sorrir

'brigadinho ó chefe...

terça-feira, outubro 11, 2005

no outro dia...

bem, no outro dia aconteceu-me uma coisa muito estranha.
ainda hoje estou para perceber o que se passou.
escrevo-vos isto de outro mundo, visto que já deixei o vosso.
estava em casa, na boa, a curtir o programa dos apanhados, quando me tocam à porta.
eram uns gajos que conheço vagamente, costumavam andar ao pé de minha casa.
convidaram-me para ir dar uma volta.
como não estava realmente a fazer nada de jeito, acedi.
fomos dar a uma espécie de estádio, entrámos para o campo, era giro, cheio de pessoal à volta, tudo aos berros.
mas de repente começaram a bater-me!!
esses gajos que me convidaram, começaram a bater-me!!
porquê??
eu sei lá, porquê?!?
só sei que depois desses vieram outros e não paravam enquanto eu me aguentasse em pé!
foi muito mau.
e o pessoal a ver e ninguém me ajudava!!
ainda por cima batiam palmas!!
a sério, não percebi mesmo o que se passou e porque razão me fizeram isso!
bem, foi melhor ter morrido, porque já não aguentava as dores...
cuidado quando vos convidarem para ir dar uma volta, especialmente se forem aqueles, os humanos, a convidar-vos...
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sexta-feira, outubro 07, 2005

queda quotidiana

hoje cheguei a caselas, cansado da lavoura, derreado pelo calor, abatido pelas nuvens e triste por não haver campeonato este fim-de-semana.
abro a porta, avanço para a caixa do correio, a gaja finta-me e eu deixo cair os sacos todos.
sacana, faz sempre a mesma finta...
enfim, lá me deu a correspondência, fazendo aquele sorrisinho sarcástico de quem me deixou com os rins feitos em nestum mel, depois de monumental reviênga.
sigo para o elevador, que não me faz qualquer finta.
estranho.
ponho os óculos de ver ao perto e noto um cartaz feito numa folha A4 quadriculada, com letra de primária.
dizia, entre outras palavras imperceptíveis, quer pelo nível da caligrafia, quer pelo nível de português, que o elevador estava avariado.
eu realmente tinha notado um barulho estranho ultimamente, tendo até comentado com a senhora do 3ºesquerdo.
disse-lhe que me parecia o som de pombos a acasalar, no alçapão.
ela benzeu-se e rezou dois pais nossos e uma avé maria entre o r/c e o 3º andar.
apre, acho que deve ter batido algum tipo de record...
enfim, o cartaz, tão elaborado, informava que o elevador está avariado e que amanhã vêm dois rapazes olear os cabos, para que não se corra mais o risco de estes se soltarem das roldanas e o bicho inaugurar o piso -3 do prédio.
agora, tenho duas preocupações.
se tal acontecesse,
- que seria dos ocupantes dessa última viagem vertical?
- que seria do casal de pombos que acasalava no alçapão?

quinta-feira, outubro 06, 2005

o balão do joão

na passada 3ª fui à festa de aniversário de uma discoteca lisboeta.
cheguei lá eram já umas 3 da madrugada, estava junto a um dos bares a pedir o belo do gin tónico às 4. de frisar que a festa era em bar aberto. e bar aberto não significa que a festa é ao ar livre, mas sim que o álcool tem uma espécie de via verde para passar as cancelas do nosso corpo.
enfim, no terraço da discoteca, estavam amarrados aí uns 100 balões de hélio, mas gigantes. tinham todos, sem exagero, pelo menos um metro e algo de diâmetro.
eu, por volta das 8h30 da manhã, resolvi que iria levar um desses balões como presente para a minha namorada.
foi o cabo dos trabalhos para conseguir soltá-los da amarra, usando o velho método (nada primitivo) de queimar para atingir o objectivo. neste caso, queimei o cabo que prendia o balão ao chão.
qual não foi o meu espanto quando, já de balão na mão, vejo que o cabo que segurava o meu balão segurava também todos os outros, começando a vê-los a voar, rumo ao céu, a berros de "freeeedooomm!!!".
não, estou a brincar...
vim só com o meu balão, todo contente.
mas, para sair da discoteca, tive de convencer 2 seguranças que levar o balão era uma boa publicidade para a casa. fui persuasivo. digno de sócrates! o filósofo, não o político.
chegádos ao carro, eu e o meu amigo de noite felipe (escreve-se com "e" porque ele é meio espanhol), discutíamos qual seria a melhor forma de levar o borrachinha para casa. ele insistia para eu levar o balão de fora, porque não cabia dentro do carro.
eu achei que era melhor deitarmos os bancos de trás e fazê-lo entrar pelo porta-bagagens.
assim foi.
até porque não me pareceu que fosse muito ortodoxo, aos olhos dos agentes da autoridade, um carro, às 9h30m da manhã de um feriado nacional, com dois sujeitos lá dentro e um balão gigante do lado de fora.
já imagino a conversa:
- oh sr. guarda, quer que eu sopre no balão?? olhe, deixe estar que eu já soprei no meu!! não vê? já soprei tanto que ficou deste tamanhão!!

terça-feira, outubro 04, 2005

autárquicas II

e assim se fazem as coisas em Portugal:

"A caravana do PS foi alvejada a tiro, em Arouca, esta tarde."

jornal da noite da RTP de domingo

segunda-feira, outubro 03, 2005

autárquicas

eu não gosto das campanhas eleitorais.
eu não gosto dos comícios.
eu não gosto das eleições.
mas há uma coisa de que gosto. das festas de campanha organizadas pelos partidos.
eu sou da opinião de que, paralelamente aos parasitas da sociedade que há no jet7 nacional, existem também (e a melhor nível) os parasitas das festas de campanha.
ou seja, existem pessoas que acompanham as festas de campanha, com o propósito único de comer e beber à pala.
tal como os parasitas do jet7 fazem nas inaugurações, aniversários, festas...os parasitas de campanha atacam nas festas dadas pelos partidos, sendo militantes ou não.
o sr.zé pega na bandeirinha, vai até à banca das bebidas e abarbata-se logo a um copinho (de plástico) de tintol, do bom!!
a seguir, já de boné do partido na tola, dirige-se à barraquinha dos grelhados e trinca uma bela duma entremeada enfiada numa carcaça.
continua a saga, agora com 6 canetas do partido num bolso e 2 porta-chaves no outro.
passando pela barraca das bebidas de novo, emborcando mais um de tintol, desta vez bem cheio, pois já fez amizade com o senhor que está a servir, remata na barraca das sobremesas, com um leite creme caseiro.
finda a jornada, batidas as palmas àquele gajo que estava no palco que o sr.zé não sabe muito bem quem é, corre até à barraca da organização a perguntar onde será a festa no dia seguinte.
- amanhã estaremos em alfornelos, por volta do meio-dia.
o sr.zé tem de fazer alguma ginástica amanhã, visto que mora em setúbal.
mas não há nada como levantar cedinho, lá para as 10h30m, ir ao café beber a bica e o bagaço, para de seguida se pôr a caminho de mais um almoço pago pelos "senhores doutores", como ele lhes chama.
"hhmmm...se calhar amanhã ainda trago a minha maria. ela folga na fábrica e assim sempre são mais um par de bolsos para levar as canetas e os isqueiros, que fazem tanto jeito..."

quinta-feira, setembro 29, 2005

festforward





já está à venda a festforward, a primeira revista dedicada em exclusivo a festivais.
festivais de música, dança, teatro, cinema, marionetas, BD, berlindes e bolas de berlim...
como redactor da mesma, uma das minhas funções é passar a palavra sobre a miúda.
uma miúda porque vai apenas no seu número 1, tendo o número zero saído para as ruas em agosto, a custo homónimo, ou seja, zero.
a futura senhora custa menos que uma caixa de pregos pró caixão (vulgo maço de cigarros): 2€
está à venda em lojas de música, livrarias, bibliotecas, no CCB, entre outros sítios, indo futuramente chegar a lojas como a fnac.
jota assis é o pseudónimo do (grande) autor do blog, tendo assinado um texto sobre o London Film Festival e um sobre o Festival de Marionetas de Alcobaça.
tenho também imensas revistas comigo, por isso se quiserem comprá-la sem se dirigirem às lojecas, digam qualquer coisa.
obrigadinho ó chefe.
o festivaleiro, mas (grande) autor.

erasmus

vocês já fizeram erasmus? eu já, no ano passado.
cheguei a lisboa há precisamente 2 meses e 17 dias, depois de exactamente 9 meses e 27 dias lá fora. foi o ano da minha vida, até ao momento.
hoje de manhã, em frente a esta máquina que não compreendo mas que me ajuda a contactar com as pessoas mais distantes, aconteceu-me uma cena gira.
gira não. foi uma cena-de-lágrima-ao-canto-do-olho-que-depois-escorre-pela-face-acompanhada-pelo-muco-nasal (para não dizer ra...).
estava a falar com um amigo francês, no messenger, esse bicho estranho.
eis senão quando, chega uma amiga japonesa, que se adiciona à conversa.
então, assim de repente, estão um português, um francês e uma japonesa a falar via cibernáutica.
parece o início de uma anedota, mas não.
enquanto tal sucedia e conversávamos animadamente, cada um no seu país, eu ia ouvindo um cd que marcou o meu erasmus e que me foi dado por um amigo que morreu no decorrer do "ano da minha vida".
era um amigo italiano, que conheci em espanha e que morreu três dias depois de ter estado aqui na nossa linda cidade de lisboa.
concluindo...
um computador ligado à internet, um amigo francês, uma amiga japonesa, a memória de um grande amigo italiano e um cd de uma banda catalã, tudo somadinho, dá um grande aperto no coração...

quarta-feira, setembro 28, 2005

vai uma associaçãozinha?

ja repararam, caros leitores/as, que hoje em dia, há associações de tudo e para tudo?

a associação de moradores do bairro da pedreira dos húngaros, que reivindica novas lâmpadas para os candeeiros públicos, para substituir as que foram roubadas apesar de estarem a 11 metros de altura.

a associação de condutores do IP5, que reivindica uma faixa extra, só para os carros acidentados, bem como um heliporto de 500 em 500 metros, para os helicópteros irem buscar os feridos graves (não há feridos ligeiros em acidentes no IP5).

a associação de utentes da fonte da alameda D. Afonso Henriques, que reivindica gel de banho, champô com amaciador, uma esponja, e uma toalha, tudo grátis, para poderem tomar o seu banho diário em condições e não terem de se limpar aos pombos.

a associação de malfeitores do bairro alto, que reivindica menos policiamento nas ruas, ou então uma vantagem de 1 minuto antes de começar qualquer perseguição.

a associação de arrumadores da loja do cidadão das laranjeiras, que reivindica jornais novos, pois os jornais habituais deitam muita tinta e sujam-lhes as mãos.

a associação dos caixas do pingo doce de alfornelos, que reivindica que a empregada de limpeza possa ter livre acesso à zona dos desodorizantes e que os possa usar a todos ao mesmo tempo.

a associação dos professores da EB 2+3 Alexandre Frota, que reivindica a mudança do nome da escola, visto que as crianças em vez dos tradicionais jogos de berlinde ou pião, insistem em jogar ao "mete-tira", ao "oh si cariño" e ao "desentope-me a palhinha, querida".

a associação dos educadores do jardim de infância da zona H de chelas, que reivindica os seus telemóveis, carteiras e casacos de volta, bem como um pelotão da polícia de choque à porta da escola na hora da saída.

enfim, acho que vou formar a associação dos jovens bloguistas que não têm mais nada que fazer na vida do que escrever textos para os outros lerem na internet, que reivindica que sejam pagos para escrever estes textos.

alinham?

terça-feira, setembro 27, 2005

isto é serviço que se apresente?

oh diabo, isto tá aqui um berbicachozinho que não se explica...

- oh amigo, então mas isto é serviço que se apresente?
- chefe, tenha lá calma que estamos aqui a trabalhar todos...
- pois, mas você não tem nada que deixar o seu carro a bloquear o meu!!
- amigo, o pão na mesa também eu o quero pôr, por isso achandre-se lá...
- oxalá fosse você respeitador como deve de ser, não é?
- olhe, doravante serei mais respeitador. mas hoje foi uma excepção.
- não, pudera! você tem mesmo cara de quem se está a borrifar para os outros!!
- olhe lá, não é preciso ficar com o semblante sério...
- alto lá com ela, que tenho todo o direito de estar assim, hein?
- se você tivesse mais golpe de vista percebia que até conseguia tirar o carro daí...
- pois, mas não consegui!!
- deve-lhe ter saído a carta no chocapic, não é?
- você está porventura a gozar com a minha cara??
- oh amigo, passe lá uma esponja no assunto que eu tenho de ir. peguei às 7, largo às 5 e ainda nem são meio-dia...
- você é mesmo um trombudo pá...vá-se lá embora então!!para a próxima chamo o reboque!!
- chame à vontade seu lambão! e já agora diga à sua mulher para ir lá a casa buscar a cueca que deixou lá no outro dia!!
- então??qué isto??

(começa mais uma cena de pancadaria numa avenida de lisboa. e eu sem uma câmera para gravar tudo...)

quarta-feira, setembro 21, 2005

a culpa é do sistema

já repararam que a culpa é sempre de algo ou alguém? nunca das pessoas, mas sim do sistema.

nos correios:
oh amigo, não lhe posso enviar essa encomenda urgente. sim, compreendo que seja a chave de casa da sua tetravó porque ela perdeu a dela e agora está à chuva, mas não dá mesmo, o sistema parou e não sabemos como enviar encomendas...

no hospital
pois, o doutor não pode atendê-lo agora, vai ter de esperar enquanto se esvai em sangue. sabe, é que o sistema parou e não sabemos quem estava primeiro na lista de espera...

na mercearia
nã, hoje nã há alfaces nê bollicaos p'ra ninguém. o sistema parô e nã conseguims saber o preç dzartigos...

na ponte 25 de Abril
sim caro utente, terá de esperar até que o sistema volte a funcionar e as cancelas abram automaticamente. olhe, vá ali tomar um cafézinho à JAE, que hoje é oferta para os condutores.

no dentista
olhe, se o efeito da anestesia passar morda aqui este pauzinho. o sistema foi abaixo e não funcionam nem as anestesias nem as brocas. desculpe lá o buraco no molar...

no teleférico para o everest a 6789m de altitude
caros passageiros, espero que tenham trazido cobertores e mantimentos. o sistema parou e parece-me que vamos passar aqui a noite...

no acto sexual
desculpa querida, mas não consigo mais. o sistema foi abaixo. talvez se pusermos na função manual isto pegue...

"este sistema até dá pena!!"

terça-feira, setembro 20, 2005

carta papal

Ao cuidado de vossa senhoria, o papa do mundo mundial,

venho por este meio pedir a sua santidade, que por sua vez, se não se importar muito, peça ao seu superior um favor muito especial.
bem sei que sou um mero mortal terráqueo e que devo cumprir com as ordens que me dão, tanto espiritualmente, como quando vou àquele clube de sado-maso ali no intendente, mas hoje resolvi insurgir-me.
até porque estou um bocado farto que a minha mulher me faça limpar a retrete todos os dias, percebe? eu já lhe disse que consigo fazer sem deitar por fora, mas ela insiste para que eu faça sempre sentado. quer dizer, isso ofende-me um bocado, mas eu lá obedeço, porque a minha mulher mete respeito.
assim, com o devido respeito pelas entidades a que me dirijo, tanto o senhor como o outro "senhor" que manda nisto tudo, queria pedir-lhe que fizesse uns quantos milagres. assim coisa pouca, pode ser?
olhe, espere lá que agora está a entrar um possível cliente. é que eu estou a escrever isto no trabalho, já que em casa não tenho esta modernice da internet.
o meu chefe já me está a dar aquele olhar tipo vais-para-casa-com-o-agrafador-enfiado-pelo-rabo-acima-se-não-atendes-este-gajo, por isso bem vê, tenho de ir.
amanhã continuo a carta, mas pelo sim pelo não vou-lhe enviar já esta, para ir adiantando trabalho, ok, sr. papa do mundo?
vá avisando o seu superior (mas não lhe dê a notícia assim de chofre que ele pode cair da nuvem e aí é que estamos todos tramados)

obrigados

Arnaldo Andrade

segunda-feira, setembro 19, 2005

vai para que andar?

já repararam nos avisos que lemos nos elevadores, os que nos ajudam a ultrapassar o "silêncio incómodo" (termo tão bem inventado por Quentin Tarantino em "Pulp Fiction") quando vai um desconhecido connosco lá dentro?

"máximo - 4 pessoas"
há sempre aquele gajo que sai se forem 5 pessoas, mesmo que 4 delas sejam crianças de colo. mas também, quem é que tem braços para segurar ao colo quatro catraios??

"máximo - 400kg"
a situação clássica de risota, quando vamos com aquele nosso amigo que está de dieta - "ó zé, se calhar é melhor saires, não??hehehe..." - que anormais...

"as crianças devem ser acompanhadas por adultos"
claro, nunca viram aqueles miúdos a descer e subir os 9 andares a pé só porque a avó não pode ir com eles lá abaixo para comprarem os cromos da caderneta da playboy??

"nunca ande de elevador em caso de incêndio"
esta é muito boa, porque o que as pessoas fazem, quando estão a fugir do andar inteiro a arder, já com o rabiosque chamuscado, é ler os avisos na parede do elevador e depois seguirem as regras, indo imolar-se alegremente escada abaixo.

e agora esta nova, no caso de elevadores sem porta
"cuidado com os objectos transportados no elevador, podem provocar acidentes"
este aviso vem acompanhado pela imagem de um sr. juvenal, bem arranjado, por sinal, a levar alegremente o lixo para baixo, no caixote.
o pobre coitado, contente da vida a ler o aviso, não repara que o caixote se aproxima da porta, que fica enganchado na chamada "porta de patamar" entre dois andares e pimba!!, lá vai disto, separa o trigo do joio ao corpo do sr. juvenal.
chato é para a dona fernanda, a porteira, que vai ter de limpar aquela porcaria toda.
"e olhe que as manchas de sangue não saem nada bem, não senhora!! acho que isto nem com carpex lá vai..."

sexta-feira, setembro 16, 2005

ontem

ontem, tudo corria bem.
tudo dentro das 4 linhas, sem cantos nem golos contra a minha equipa quando, estupidamente, aceitei um convite feito pela minha mãe (cheia de boas intenções, claro está) para ir com ela a uma inauguração de uma galeria de arte ali no nº65 da praça dos restauradores.
os quadros eram muito interessantes, mesmo, o espaço giríssimo, estava era um calor digno de vulcão etna.
porém, e como sempre acontece nestes eventos do jet7 nacional, 97% dos presentes estava ali para encher o bandulho.
na base do não-almoço-nem-janto-hoje-porque-às-21h-há-aquela-inauguração-e-assim-encho-me-de-croquetes-tostinhas-e-chapagne-e-não-preciso-de-comer-mais-até-amanhã.
no meio desses parasitas sociais, enquanto me dirigia para outra sala, choco contra uma pessoa, entrando mesmo em grande contacto físico com o indivíduo.
bem educado como sou, peço desculpa, olhando nos olhos da pessoa.
antes fosse o maior taberneiro do mundo!!
quando os meus olhos cruzam os seus, reparo que a cara do sujeito parecia um anúncio a uma marca de cosméticos. olho para a testa do mesmo e noto uma grande fita num material a imitar pele de leopardo que lhe apanhava o cabelo num penteado digno de pós-atropelamento em via férrea.
quem era, perguntam vocês??
o gajo. a gaja. a mistura asquerosa de sexos. o ser.
sim, esse que estão a pensar.
enfim, ele ou ela...bem, ambos, pedem-me desculpa de volta, olhando para mim de forma bem atenta ao meu porte atlético e escultural, quase de divindade grega.
escusado será dizer que fui à casa-de-banho à procura de um garrafão de 5L de desinfectante!
como não havia, não tive outra hipótese senão vir para casa enfiar-me na banheira quase a chorar...

quinta-feira, setembro 15, 2005

sondagem de opinião

o (grande) autor do opiniões sobre isso achou que chegou a altura de fazer uma sondagem de opinião entre os leitores/as.
a sério, falei há bocado com o gajo e ele disse-me. até foi um bocado bruto a falar e tudo. "caraças, bora lá fazer uma sondagem, ó palhaço".
não gostei, mas como ele é o (grande) autor, um gajo acanha-se e faz o que ele manda senão não há pão na mesa nem coca no nariz.
assim, digam o que acham deste espaço.
se é um espaço fechado, sem espaço para respirar.
se é um espaço aberto, com muita luz e harmonia nas palavras.
se é um espaço d'arcos.
(tenho muito jeito com trocadilhos que, por sua vez, têm muita piada)
enfim, já perceberam...deixem os vossos comentários e sugestões.
não ganham nada com isso, mas podem sempre chamar-me nomes, o que é giro, do ponto de vista do "larganço de raiva".

muito obrigado,
eu (em nome do (grande) autor)

arrastão no cidadão

tanto se falou do arrastão, que era e depois não foi.
500 gandulos, afinal não eram tantos. não foi arrastão!!que vergonha!! foi uma coisa horrível provocada pela comunicação social! é incrível o que os media fazem às pessoas, deturpam tudo!!
pois é meus amigos, mas então não foi arrastão porquê? porque não eram 500, mas sim 30 ou 40?? sim, porque confirmado ficou que pelo menos uns 30 lá andavam pelo meio a roubar.
coitados dos outros, que nada tinham a ver e foram somados aos 500, é certo.
mas e os assaltos e os verdadeiros arrastões que todos os dias e noites acontecem?
na praia de carcavelos durante o dia, no bairro alto durante a noite, são apenas dois dos muitos exemplos mais evidentes.
ah, mas vossas excelências anti-jornalistas acham que um assalto levado a cabo por 6 pessoas contra 1, não é arrastão?
é porque tal nunca vos aconteceu.
eu e um amigo meu, aos nossos 17 anos e sem corpo para nos defendermos, fomos assaltados e espancados (sim, espancados) por um grupo de 20 jovens amigos do alheio, no bairro alto! eram tantos que comigo ficaram 6, com ele outros 6 e de fora ainda estavam outros a rir!! e podem crer que me senti bastante arrastado!! e humilhado e dorido...
por isso, em vez de as pessoas se revoltarem contra a comunicação social, abram os olhos e vejam que dentro do arrastão de 500 que não existiu, estavam uns dois ou três arrastões de 20 ou 30, que um dia destes podem apanhar os vossos filhos, amigos, namorados, por aí na rua ou à porta de um bar...
e não me venham cá falar de pretos e brancos, porque o arrastão não tem cor. tem armas, punhos e pernas, como eu as senti no meu próprio corpo um dia...

PS- mas Portugal funciona por modas, não é? a do arrastão já passou, depois foram os incêndios, agora as autárquicas....se tivermos sorte pode ser que amanhã estejam mais uma vez na mó de cima as cheias que infelizmente atingem todos os anos as zonas menos altas do nosso país...
e para se mexer? alguém põe o dedo no ar?

quarta-feira, setembro 14, 2005

intermission

quando não se tem nada para contar
mais vale por-mo-nos a rimar
porque assim mesmo que não digamos nada
parece que sai daqui uma coisa elaborada

os leitores ficam satisfeitos
e os posts vão ficando feitos
as pessoas apreciam este tipo de escrita
pois umas rimas são coisa sempre bonita

olá tudo bem, posso escrever tudo aqui
versos de mim para você, versos de mim para ti
sim, tu que olhas para este ecrã
enquanto se calhar vais lanchando uma maçã

estas linhas são para distrair a tua pessoa
se calhar estás mas é a lanchar uma meloa
se não fumas fazes bem, lê estas linhas
mas se deres na coca, aproveita para ires meter umas linhas
(ups, agora repetiu...piu piu)

isto já está a ficar forçado
não te vou demorar nem mais um bocado
vou parar agora de rimar
e tu podes voltar a trabalhar

espero que com um sorriso nessa carinha laroca
se fumares charros vai lá apanhar a tua moca
também posso parar de falar em drogas
e olha, se não sabes nadar ainda te afogas...

terça-feira, setembro 13, 2005

se se passar com vocês

advirto-vos para que, se um dia vos ocorrer semelhante situação à que passarei a descrever, abandonem rapidamente o local.
estava eu muito bem a dirigir-me para a papelaria do "mô bairro", a fim de verificar via tecnológica se era desta que podia desistir do curso e ir comprar uma ilha na polinésia francesa, quando sou literalmente ultrapassado por uma velhinha, esbaforida, de papéis na mão.
a senhora entra na papelaria antes da minha pessoa, dirigindo-se ao dono/funcionário/contador-de-cusquices-do-bairro da mesma.
eu, reconhecendo a minha fraca passada, visto ter sido dobrado por umas ancas e pernas com mais 54 anos que as minhas, renego-me para segundo lugar na fila, ficando a ler os títulos sempre motivantes do "tal&qual" e d' "o crime".
já agora, sabiam que uma senhora no interior tuga esfolou o próprio gato para fazer um lencinho de pôr à volta do pescoço que afinal resultou apenas numa capa de telemóvel porque o gato era magrinho?? ficam a saber...
enfim, enquanto me instruía e me punha a par das novidades nacionais, eu, um gajo que está sempre com um olho no burro e outro no cigano, ouvi a seguinte frase, disparada da bocarra da senhora:
"sr.joão, então o que é que acha que eu faça? deixaram-me este aviso lá na porta..."
constatou aqui o lince que o sr. joão ajeitou os óculos, passou a mão pelo cabelo e sacou dum cigarro, enquanto pegava no papel, que era um aviso de corte de electricidade.
nisto, fez o gesto que deitou por terra as minhas esperanças de ser atendido nos 25 minutos seguintes.
debruçou-se sobre o balcão!!!
ora, perante tal denúncia de incompetência pensei para comigo mesmo:
"alto lá com ela ó jotinha, que não vai tardar o que esperavas. o melhor é mas é voltar cá num dia em que esteja vazio e despacho isto enquanto o diabo esfrega um olho..."
e assim foi. ainda hoje não sei se ganhei o euromilhões ou não...

domingo, setembro 11, 2005

quem pode pode

eu podia escrever sobre as minhas aulas começarem amanhã, antes das da minha irmã, que tem menos 8 anos que eu. e que me sinto como se fosse para a 1ªclasse outra vez, pois há um ano que não faço nada de jeito (academicamente).
eu podia falar na derrota, ou melhor, na não-vitória do benfica ontem.
podia escrever sobre o facto de uma grande amiga minha, a cláudia, ir para a Bélgica daqui a 15 dias e andarmos todos (pelo menos eu) meio apatetados com isso.
podia contar-vos sobre a minha namorada e todas as inerências ligadas à relação.
podia até criticar a política nacional, o cabelo do quaresma ou a programação (de merda, mesmo) da nossa televisão.
mas não, como a maior parte de vós deve estar a ler isto no início de mais uma semana, e como o (grande) autor se preocupa com os seus leitores, deixo-vos aqui uma anedota girinha.
eu ri-me muito, mas eu sou um bocado parvo.
allora...
"estava o pai na borda da cama, com uma bela duma erecção digna de cristo-rei, a tentar pôr um preservativo na cena, quando entra o filho de 7 anos no quarto. o pai, atrapalhado e para disfarçar o sempre-em-pé, "agacha-se" e começa a espreitar para debaixo do leito do amor.
- meu pai, que estás tu a fazer?
- ó diacho, tou a ver se vejo um ratinho que se escondeu aqui para debaixo da cama...
- então e quê? vais enrabá-lo??"

tenha uma boa semana.

quinta-feira, setembro 08, 2005

o meu dia

realmente há dias que não correm muito bem.
não direi que me correu mal, porque não correu. só não correu muito bem.
ok. correu um bocado mal.
o dia ainda não acabou, ainda podem acontecer muitas coisas, boas ou más, mas as que aconteceram até agora não foram muito boas, tirando as que foram.
e "god damn it!!", como foram!
porém, é nestes dias que me lembro, passada a fúria, a chatice, engolido o que não correu bem, das coisas muito piores que me poderiam ter acontecido para além disto.
furacões e tsunamis são um exagero, mas doenças, tristezas irreversíveis, mortes, bancarrotas, pernas partidas...essas são mais plausíveis.
e isto foi uma das coisas que a morte do marco me ensinou...que resulta em mais uma frase, de tão alta qualidade, inventada por mim "as we speak".
"upa upa, lambe a ferida, que com três patas também se corre."

terça-feira, setembro 06, 2005

na biblioteca

o ar estava parado, apenas movido pela ventoinha que o fazia girar.
se se movia, então não estava parado. pois é!! é gralha. mas disfarça e dá-lhe o bigode que ninguém nota.
continuando, o ar parado lá se movia na sala da biblioteca, enquanto os estudantes estudavam concentrados.
eu entre eles. (não é gralha, não!!)
de repente, um sujeito de idade entra na sala. dirige-se à prateleira dos livros de direito.
"um colega sénior", penso eu.
pega o indivíduo (não sei se de empurrão ou não, mas para o caso não interessa) num código civil, folheia-o atentamente e olha em redor, cruzando o seu olhar com o meu.
eu giro rapidamente a linha dos meus lindos olhos para os meus apontamentos.
(sim, "meus" e "apontamentos" na mesma frase! não é gralha, porra!!)
fingindo estar a ler, acompanho o senhor com a visão periférica (não lhe estava a ver o rabo) até à entrada do wc.
com o desaparecer porta dentro do indivíduo, volto a dar mais uns longos 4 minutos de atenção aos apontamentos de teoria geral do direito civil.
passada a eternidade, entretenho-me a desenhar garatujas nos mesmos mais um bocado.
nisto, o senhor sai do wc!!
olho para o relógio do telemóvel e constato que tinham passado uns 27 minutos, aproximadamente.
o senhor dirige-se à prateleira de onde provinha o código, deixa-o lá e sai pela porta da sala.
(pela janela também dava, visto ser um rés-do-chão)
que penso eu para com os meus botões?
" apre!! mais um código civil vítima de abuso!!"
teria eu razão? ninguém sabe...

conselho

tenho a dar-vos um conselho, muito útil para a vossa boa-disposição.
enquanto preparam o jantar, por volta das 19h30m/19h45m, vejam o "preço certo em euros", em directo, na rtp1.
ontem foi a primeira edição em directo, e eu tive a sorte de apanhar os últimos 20 minutos, enquanto preparava a salada de tomate e alface.
ver o fernando mendes a suar em bica e a despachar os concorrentes porque faltavam 9 minutos para o telejornal, a sério, é de chorar a rir...
- então minha senhora, é verdadeiro ou falso?
- aaahh, não sei, deixe cá ver...
- vá lá, acha que é falso não é?
- aaahh...eu cá....bem....
- é falso sim senhor!!! muito bem! vamos ao próximo artigo...

juro-vos, vale a pena. ele ontem acabou o programa a dizer praticamente o resultado do prémio final à concorrente, tal era a pressa de acabar a coisa. quando a concorrente ganhou, depois de ter dito frases em directo como "ai, que já estou toda a transpirar" ou "eu já não quero saber, ponha lá isso", a avó da mesma veio a correr abraçá-la, partindo depois para cima de um tranpiradíssimo e nervoso fernando, enquanto este fazia as despedidas para a câmera.
terminou o programa a limpar a testa, camisa encharcada e "ensandwichado" pela mãe e avó da concorrente (ao melhor estilo jorge costa e paulinho santos), com os óculos da avó postos na cara, previamente colocados pela própria senhora.
"this is entertainment!"

segunda-feira, setembro 05, 2005

abre-cérebros

facto:
a seguinte frase foi formulada ontem à noite, sem qualquer pinga de álcool no sangue.
guarda-fato:
é da autoria e, consequentemente, da inteira responsabilidade do (grande) autor deste blog.

"vive rápido, mas não derrapes nas curvas."

sábado, setembro 03, 2005

em terra de cegos quem tem olho é rei

Portugal estava a ganhar 4-0 ao Luxemburgo, quando apaguei a TV para me dirigir ao teclado.
estava farto de ouvir os comentários dos jornalistas da RTP1.
pareciam dois miúdos de 6 anos, entusiasmadíssimos com a nova playstation ou com a perspectiva de virem a ter um pónei.
adoram fazer comentários do género "este jogador do luxemburgo não joga nada", "isto parece um jogo de andebol mas só com uma baliza", "o árbitro está a ter uma exibição muito má.quer dizer, não tão má como a da equipa do Luxemburgo".
como podem comprovar, só frases muito boas de se dizer em TV, e nada tendenciosas.
claro que é fácil dar espectáculo contra equipas em que os jogadores nem sabem o que é uma bola. até eu jogo à brava contra um miúdo de 7 anos, e mesmo assim...
espero é que continuemos a cantar de galo quando jogarmos contra o Brasil ou a Inglaterra.
também espero que sejamos campeões do mundo, e não há ninguém que o queira mais que eu.
mas claro, se perdermos, seja no primeiro jogo ou na final, a culpa será sempre da falta de sorte, do árbitro, da relva, dos alhos e bugalhos, das rezas, dos espectadores ou da bola, que, coitada, não tem culpa de ser esférica...
 
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