quarta-feira, junho 07, 2006

que nojice, que chatice

há uns dias, num noite escura, quase a dar à costa da ilha paradisíaca jah-tôcô-uma, situada bem no centro do arquipélago commalcoólico, debatia o (grande) autor com um amigo seu, o porquê do fascínio do ser humano por borbulhas, pontos negros e afins.
não há moçoila que não adore estar na praia a escavar as costas do seu homem, enquanto este ressona em cima dos dois kg de feijoada do almoço.
não há adolescente que não desista de espremer enquanto não vir aquele piloto de F-16 a ejectar-se e ir de encontro ao espelho.
não há rapariga que não vá praticar ioga só para se poder contorcer melhor e chegar aos ângulos mortos das suas costas.
enfim, o ser humano tem (todos temos, apenas não o admitimos) um fascínio pelos reservatórios que existem na nossa pele, rejubilando de alegria quando os vemos a explodir, quais granadas corporais.

- que nojo de conversa, oh (grande) autor!
- sim, meu caro, mas alguém tem de fazer o trabalho sujo...

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