Foi o (grande) autor assistir a mais uma estreia na sua vida.
Não uma estreia como aquela aos 13 anos, nem como a outra aos 16, nem aqueloutra aos 17.
Esta foi uma de teatro, no sempre mui nobre Dona Maria Sigunda.
Quem o acompanhava advertiu:
- Para a peça começar às 21h, deve haver tramóia...
E tramóia teve lugar, sim, uma autêntica emboscada num vale estreito, sem aviso.
Porquê?
Porque a peça teve intervalo.
Mas duas horas após ter começado.
Quando se assiste a alguma coisa que tem o intervalo decorridas duas horas, ou a cena está a ser muito interessante, ou a pessoa começa imediatamente a mostrar interesse pelo corte de pulsos ou pela auto-asfixia.
Neste caso, a situação provou um bocadinho de ambas.
Não foi o gato às filhoses pela duração de 3h35m, mas torceu a porca um nadinha o rabo à qualidade.
No final, a dupla maravilha esperava, ansiosa, pelo beberete, como 99,9999999999997% dos presentes, enquanto tentava restabelecer a circulação sanguínea nas pernas.
O beberete lá chegou, mas com pouco vigor.
Umas empadinhas, uns folhadinhos, uns pastéis-de-nata em miniatura, uns canapés e uns presuntos, acompanhados de um espumante e uns suminhos aguados para empurrar.
Porém, os brigadeiros, os queijos, os patês, o champagne e o vinho tinto ficaram na casota, de castigo.
Tal como a fotografia do (grande) autor para a Caras, que não pagou o suficiente, desta vez.
A cavalo dado não se olha o dente, mas este cavalo, numa corrida, ficaria em 3º.
E chiça, que o (grande) autor é mesmo pobre e mal agradecido.
Há 1 semana
2 comentários:
Não dizia no convite que era preciso levar farnel de casa?
Tens razão jota, lá porque é de borla não é desculpa não servirem bem!Muito pior dps de mais de 3 horas mal passadas.
Para isso mais valia ter ficado em casa a ver os sub-21 perderem com a Holanda e o Couceiro a ser expulso!Sempre era mais animado.
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