Ontem à noite, no equivalente ao jardim do fórum Lisboa Barcilónico, ocorreu um momento deveras único.
Um amigo tinha um Ukelele (uma espécie de mini-guitarra) e, entretido, tocava a melodia da música que tem como refrão "somewhere... over the rainbow...".
Nisto, passa uma Amy Winehouse irlandesa, com uma amiga brasileira que já não distinguia o chão do céu e param, a ouvir a melodia.
A cantora começa a trautear, para de seguida começar a cantar a plenos pulmões, entre bafos na cigarrada.
A Amália começa a dar voltas na cova, a tentar sair para vir fazer um dueto.
Junta-se a plateia, alguém faz da lata de cerveja uma bateria, outros marcam o ritmo com as palmas.
Do nada forma-se um concerto melhor que muitos em pavilhões atlânticos e estádios de Alvalade.
No final, o amigo do Ukelele fala com a cantora, diz-lhe que reconhecia a voz dela e pergunta-lhe se ela não tinha cantado há dois meses num bar no centro.
Indeed, uma voz daquelas não se esquece.
Trocam números e mails, ele está a formar uma banda, ela à procura de uma onde cantar.
Alguém remata quase de lágrima no canto do olho com um "a vida vale por estas coisas".
Ao que o (grande) autor replica:
"vale por estas coisas e pelo 3º golo do João Pinto contra o Sporting em 94".
Ukelele.
Há 1 semana
1 comentário:
de facto são mesmo estes os momentos que interessam, os inesperados....
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