quinta-feira, fevereiro 12, 2009

Guia do Trabalhador - parte I

Dado que a maioria da malta agora até trabalha, se bem que uns mais que outros e outros menos que nada, aqui fica uma lista de dicas para os difíceis diálogos com os colegas com quem não se tem confiança e que passam a vida a mandar-nos passar sempre que se dá um afunilamento corporal num local de passagem.
Assim, reza assado:

"E este tempo, hein?"
Perfeito, serve para qualquer situação, para qualquer interveniente. Com o chefe ou com a senhora da limpeza, de manhã ou à noite, faça chuva ou faça Sol, literalmente.
Tem a vantagem de ter as seguintes variantes:
"Esta chuva nunca mais vai embora, hein? O São Pedro anda a deixar a torneira aberta... eheheh"
ou
"Finalmente chegou o Sol, não tarda nada já podemos ir apanhar um bronze a Carcavelos, não é?"

Atenção, as interjeições "hein?" ou "não é?" são obrigatórias no final de qualquer frase, para poder passar devidamente a bola ao adversário e poder você rematar com o clássico:
"Enfim, vou trabalhar mais um bocadinho, mas não muito... eheheh."

De salientar que aquele sorriso cor-de-diarreia-canina tem de se instalar na sua cara sempre e quando mantiver qualquer tipo de conversa com um/a colega.
Exceptuando, claro, se o diálogo se mantiver com aquele/a colega que (outra expressão clássica) "fazem parar o trânsito e por isso é que a calçada da carris (sim, carris) está sempre parada".
Nesse caso, o seu sorriso é claramente verdadeiro e, cuidado, é provável que você esteja a sentir o colarinho molhado, derivado à baba que escorre pelo queixo.

(continua)

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