domingo, março 08, 2009

Ah Fadista!

Ontem foi o (grande) autor medir a sua febre de sábado à noite numa casa de fados, localizada num local escondido, longe das Canon e notas de cem aéreos dos turistas.
Lá pelo meio, um velhote fadista destacava-se, não pela qualidade do fado (que não era nada mau), mas pelo facto de ser cicioso (ccxxiccxxioso), não conseguir dizer os "érres", trocando-os pelos "éles" e estar com a fala um pouco arrastada, derivado à cerveja sem álcool.
Sinceramente, é como ser cirurgião e não ter 3 dedos.
Como ser piloto de fórmula 1 e não ter um braço.
É como ser psicólogo e ser esquizofrénico.
Este conjunto de factos deu pano para umas longas mangas de sugestões que se poderiam ter dado ao homem, mas que, claro, ficaram entre a pandilha de maldizentes invejosos.

- Oh homem, para cantar tem de tirar a meia da boca.
- Oh amigo, mastigue e engula primeiro e depois cante!
- Oh chefe, desenrole a língua que ainda se afoga!
- Oh amigo, tire o bife da vazia da boca!
- Oh homem, saia de dentro do poço!

Mas que foram uns bons momentos à antiga portuguesa, lá isso foram.

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