Ontem teve o (grande) autor de recorrer a um desses números verdes de apoio ao cidadão, disponibilizados pelo Estado.
O mesmo Estado a quem pagamos os impostos, sim.
O número verde era, nomeadamente, o do portal das finanças.
Sim, o 707 206 707.
Bom, desde o início da conversa com a D. Arménia (às tantas a berraria entre funcionárias era tanta que uma deixou escapar o nome da outra) que a coisa não ia bem.
Porque, já se sabe, o funcionário público, quando confrontado com um problema relacionado com informática, não hesita e define o mesmo como sendo um "bug do sistema".
E daí não sai.
- Ah, isso é um bug do sistema...
- Mas oh minha senhora, hoje é o último dia para entregar ...blablablabla... não há forma de chamar aí um técnico que resolva isso?
- Ah, pois... isso é um bug do sistema.
- Sim, mas e técnicos, não há?
- Pois pois, mas isso é de certeza um bug do sistema...
- Ok, já se percebeu, mas chame lá aí o técnico que isto já aconteceu a outras pessoas de certeza...
- Mas isto já são quase horas de fecho, o técnico já não cá está...
- Então mas no site o vosso horário é até às 19h30m...
- Pois, isso é um bug do sistema...
- E são 18h50m!!!
- ....
Um bug, dizia ela.
Nitidamente um daqueles casos em que a D. Arménia tinha aprendido uma palavra nova e estava a adorar repeti-la, mesmo que já não fizesse sentido.
Bom, a coisa lá se resolveu, não por causa da ajuda da D. Arménia nem suas compinchas, mas através do sangue suor e muitas lágrimas do (grande) autor.
No final da odisseia, a D. Arménia ainda suspirou um "Então boa tarde... e boa sorte!"
E pronts.
Um gajo sabe que está entregue aos bichos quando até o funcionário que o "Estado" coloca à disposição do cidadão para o ajudar lhe deseja boa sorte.
"Boa sorte" é o mesmo que um "epá tás mesmo f..., mas eu não posso, nem sei e, principalmente, não quero fazer nada para te ajudar."
Obrigado, serviço público.
E obrigado, D. Arménia.
Há 1 semana
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