Ia o (grande) autor num carro de praça, imposta burguesia pela recente pneumonia, quando decidiu "fazer converseta" com o condutor, naquela de evitar o chamado e indesejado silêncio incómodo, tão brilhantemente concebido pel' O Mestre, no Pulp Fiction.
Ora, o (grande) autor disse apenas uma frase.
"Já viu que isto continua cheio de turistas, hein? Mesmo em Novembro..."
E mais não pôde fazer.
Expressões-chave que conduzem a resposta/monólogo do senhor:
- Muitos turistas?
- Portugal é destino barato
- Espanha ainda é mais
- Mas tem mais desemprego
- Filhos duma p... dos espanhóis
- Querem roubar-nos tudo, até o turismo
- Espertos são eles
- Um dia um espanhol apanhou o meu táxi
- O gajo admitiu que eles ainda são mais ciganos que os portugueses
- Filhos duma p...
- Mas isso de filhos da p... não há como os chineses
- Chineses dum cab...
- Olhos em bico do cara...
- Jurei a mim próprio nunca mais comprar nada nos chineses
- Desde aquele motorzinho para tirar o óleo do carro, que passados 5 minutos se estragou
- Os chineses é que nos vão afundar a todos
- E são financiados pelo governo chinês
- E não pagam impostos
- Cabr... dos chineses
Rematou com a seguinte frase, já no destino do (grande) autor.
- Você vai ver, um dia vamos ser todos chineses, 'tá bem??
- 'Tá bem, chefe. Faça 7 e dê-me uma factura, se fizer o favor.
Há 1 dia
2 comentários:
:D
genial.
as viagens nos carros de praça são (regra geral) qql coisa de fenomenal.
ESTÁ BANDEIRA VERDE!
:)
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