Por razões que não interessam ao caso deparou-se o (grande) autor com um hospedeiro de bordo, sentados frente a frente, num avião da TAP.
Quase na aterragem, o moço, aeromoço, vinte e poucos anos, decidiu ver-se livre da pastilha que tinha na boca.
À sua frente tinha um jornal diário daqueles que dão aos passageiros para que estes estejam sempre a par dos mais recentes crimes cometidos no interior do país.
Idosas degoladas, facadas nas costas e caçadeiras em áreas de serviço.
O costume.
E o jornal, lido e relido, usado e pronto para ir para o lixo, claro.
Pois o jovem moço, aeromoço, em vez de usar um pedaço de uma folha do porta-desgraças prestes a ir para o lixo de qualquer forma, saca de um daqueles saquinhos de plástico (onde ainda ninguém tinha vomitado) e deposita lá a pastilha, amarrotando em seguida o saquinho e pondo-o ao lado do jornal, para lhe fazer companhia a caminho do caixote.
Oh senhores, anda um gajo a reciclar para quê?
Um passo para a frente, vinte e sete para trás.
Há 1 dia
2 comentários:
Se tivesses noção das toneladas de lixo não reciclável produzidas diariamente pelo transporte aéreo, ficarias deprimido...
Eu pelo menos fiquei, ao pensar nos ridículos Kgs mensais que não consigo separar...
Ele devia estar com a cabeça no ar! O que vale é que ele mesmo, um dia, será reciclado!
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