sexta-feira, março 25, 2011

O Banco Dos Trocos

Um gajo entra numa estação dos CTT às 9h09 da manhã.
Um gajo tinha acabado de subir 6 andares a pé (elevadores avariados) num edifício relativo à profissão dum gajo, para ir buscar uns papéis do mesmo género.
Claro que no serviço do local dizem que não têm multibanco, mas que um gajo pode ir levantar dinheiro ao multibanco lá em baixo e estúpido é um gajo por ter pensado que um serviço público poderia ter multibanco.
Ora, multibanco lá em baixo.
Que bom.
Um gajo desce os mesmos 6 andares a pé, a pensar no quão bom vai ser ter de voltar a subir os 6 andares a pé, para depois os voltar a descer.
A pé.
Um gajo levanta o dinheiro.
Pensa que é melhor trocar a nota por moedas, não vá o serviço no local não ter também troco e um gajo ficar a arder.
Um gajo às 9h09 da manhã entra numa estação dos CTT.
- Bom dia, pode trocar-me esta nota por moedas, por favor?
- Hmm...
- É que ali no serviço do local não têm multibanco e eu estou mesmo a ver que não vão ter trocos também.
- Hmm...
- Pode??
- Oh meu Senhor, isto não é um banco de trocos.

Ora bem, que se poderia ter respondido a tal afirmação?

Hipótese 1:
- Ah, não é? Olhe que pensava mesmo que era. CTT não quer dizer Cantinho com Tantos Trocos?

Hipótese 2:
- Ahhh, que estranho, nunca tinha ouvido falar em banco de trocos... já tinha ouvido falar em banco de esperma, banco de jardim, bancumabebedeira incrível, mas banco de trocos nunca tinha ouvido.

Hipótese 3:
- (som de uma arma a disparar uma bala na direcção do ombro da funcionária, só para magoar, não para matar, que um gajo é civilizado)

A muito custo, enquanto dizia frases do género "pois, devia ir ao banco trocar a nota, aqui não temos serviço de trocos", e remexia naquela caixa completamente a abarrotar de moedas de todos os valores, a simpática senhora lá ia trocando a nota de 5 e falando naquele tom de quem tem um pequeno poder na mão, já que em casa não tem com quem exercer os pequenos poderes porque o gato vestido com aquela camisola horrível que ela lhe tricotou no natal e com a qual depois o sentou à mesa com aquele ar de mas-porque-raio-estou-eu-aqui-sentado-e-estás-a-falar-comigo-como-se-eu-pudesse-preencher-esse-vazio-na-tua-vida está-se bem a marimbar para se ela grita com ele ou não porque o máximo que pode acontecer é ela "esquecer-se" de lhe dar de comer e depois ele "esquecer-se" de que a cama de casal dela, apesar de ela só usar um dos lados e ninguém usar o outro, não pode ser usado como caixa de areia e ele sabe bem que ela não quer que tal volte a acontecer porque tirar o cheiro a urina de gato dos lençóis é um granda pincel, bem maior do que ter de aquecer para ela própria todos os dias, sozinha, aquelas refeições pré-cozinhadas enquanto vê o malato e conversa com ele já que o gato nunca lhe responde e ao menos o malato responde embora nunca faça sentido porque, embora ela não queira acreditar, o malato não a consegue ouvir, apesar de ela ouvir o malato na perfeição.

domingo, março 20, 2011

28 Turistas

Ontem tentou o (grande) autor andar no eléctrico 28, para ir parar às Portas do Sol, a partir do Martim Moniz.
Tentou.
Porque, ao entrar no amarelinho, o condutor informou um gajo de que a tarifa de bordo custa nada mais nada menos que 2,50€.
Dois Euros e meio.
Portanto, fazendo as contas, para quem não carregou o Lisboa Viva ou para quem não o tenha, simplesmente, andar no famoso 28 custa 5 cafés.
Custa meia ida ao cinema.
Custa uma torrada, um pastel de nata e um galão.
Custa 25 sms.
Custa quase dois litros de gasolina.
Custa um aluguer de um dvd de 4 noites no clube de vídeo.

É só para que saibam.
Ah, subir colinas a pé não é tão giro, mas faz bem à saúde.

terça-feira, março 15, 2011

Visão da ManifestAcção












































 
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