domingo, maio 29, 2011

Yes We Kant

Um gajo aprendeu no secundário que o amigo Kant dizia "age segundo a máxima tal que possas querer que esta se torne uma lei universal".
Ora, um gajo curtia o Kant, "tolas", para os amigos.
Tolas, de Kantolas.
Assim, na sua vida, o (grande) autor tende a seguir essa linha, mesmo quando há umas tortas aliciantes pelo meio.
Linhas tortas, entenda-se, nada tem a ver com tortas de chocolate ou de limão.
Tudo isto para dizer que hoje à tarde, em plena bomba de gasolina da rotunda do relógio, o (grande) autor viu-se abordado por um americano acabado de aterrar em Lisboa e munido de um carro alugado, com uma prancha no tejadilho.
Precisava o americano de saber como se ia para a A2, porque, sem destino certo, queria ir apanhar umas ondas no Sul durante uns dias.
Ora, um gajo sabe que podia dar uma explicação mal amanhada e seguir a sua vida, tendo 99% de certeza de que o homem iria acabar algures entre Campolide e Sete Rios.
Vai daí, manda-se uma Kantada e... siga o meu carro que eu deixo-o no Eixo Norte-Sul e a partir daí é sempre em frente.

6 comentários:

baGa disse...

és uma pessoa espectacular... pá, não, és mesmo uma pessoa espectacular.

:)

o (grande) autor disse...

ahahahah :)

cristina L disse...

Ahahah, lindo!

Eu e o meu irmão íamos num autocarro que estava parado no sinal da rotunda do relógio. Quando olhei para a esquerda disse-lhe parecias tu no carro
ao lado do bus. E não é que eras mesmo! Também vi o carro com as pranchas atrás de ti :)

Beijinhos

Isabel disse...

Deixa lá que a mim já me aconteceu o mesmo.

Comecei por dizer a uns espanhóis como se saía de um sítio (junto à Graça) para ir para o centro da cidade. Disse-lhes até 4 vira a esquerda e vira à direita e disse-lhes que teriam de perguntar novamente quando chegassem a esse ponto (ninguém fixa mais do que 3 ou 4 vira à esquerda e vira à direita, sobretudo em ruas estreitas e complicadas).

Depois, pus-me a pensar melhor e achei que iam levar o dia todo até lá chegarem.

Meti-me no carro e apanhei-os a perguntar novamente o caminho, no sítio onde lhes tinha dito para perguntarem, e disse-lhes para me seguirem que eu os levava até lá. Quando chegaram ao sítio que queriam, até saíram do carro com as mãos em prece para me agradecerem.

Perceberam, pelo caminho que fizeram, que se não tivessem sido guiados, demorariam horas até chegar àquele local.

Enfim…eles ficaram todos contentes e eu fiz aquilo que gostaria que fizessem por mim.

Bjs

o (grande) autor disse...

Cristina L: Ahahah, muito bom mesmo. Imagina que eu tinha inventado esta história... agora era bem apanhado! :)

Isabel: Exactamente, é esse o espírito, colocarmo-nos na posição do outro :)

Joana C disse...

Well done!

 
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