Em tempos de crise política, nada como escrever sobre um tema deveras importante e que realmente mexe com as nossas vidas:
A publicidade que antecede os vídeos no youtube.
O (grande) autor é da opinião de que as marcas que pagam para que o seu anúncio surja antes do início de um vídeo no youtube não fazem PUTO ideia do que andam a fazer à sua vida.
É que toda a gente conhece o ódio que o espectador sente quando quer ir ver o vídeo do Goucha aos berros a dizer para o programa continuar depois de o operador de câmara ter desmaiado em directo e se ter ouvido o crânio a bater no chão e o "uuuuuhhh" do público masculino misturado com o "aaaaahh" do público feminino misturado com o "ai ai, desmaiou, mas vamos continuar com o programa" do Goucha enquanto o chef-que-não-é-o-Ramsey prepara um folar pascal e pimbas, dá de caras com um anúncio a uma marca de carros.
Imediatamente, o espectador passa a odiar a marca de carros, porque naquele momento a marca de carros (vou só escrever marca de carros mais uma vez) o está a impedir de visualizar o vídeo de que tanto ouviu falar no café da D. Alcina, mas que não pôde ver no momento porque não queria gastar dados do telemóvel com um vídeo do Goucha e o café da D. Alcina não tem internet sem fios porque, segundo a própria, "é caro e não quero que me venham para cá os gandulos todos brincar com os microondas e pum-pum-pum naquela coisa da intrénet"
É irritante.
Ou um gajo querer ir ver aquele vídeo da rapariga que tem o AVC enquanto está a ser entrevistada mas continua a dissertar sobre uma mala que tanto deseja e ter de esperar que a merda do anúncio a um produto saponáceo empregado na lavagem dos cabelos termine, sendo obrigado a ver o Iker Casillas sentado no chão do relvado a ser massajado na cabeça, cheio de espuma.
É óbvio que dá vontade de nunca comprar aquela marca de produtos saponáceos empregados na lavagem dos cabelos.
E só mais uma vez: Marca de carros.
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