sábado, novembro 30, 2013

Sopra sopra a folhinha voa voa

Uma grande contribuição para a despesa pública, obesidade e mau-humor dos cidadãos é o facto de hoje em dia os varredores de folhas andarem com máquinas do demónio, que sopram as folhas e fazem um barulho que acorda até o cidadão mais falecido do bairro. 
Gastam efémeros litros de gasolina em vez de gastarem vassouras duradouras, não permitem que o varredor faça exercício, limitando-se a dirigir o sopro da máquina demoníaca em direcção às folhas, quais analogias com o "Beleza Americana" em vez de varrerem e suarem um poucochinho e escolhem sempre as 8h da manhã dos Sábados para começarem as empreitadas, impedindo os outros cidadãos de dormirem até, vá lá, umas tardias 9h30m. 

quinta-feira, novembro 14, 2013

Mentiras Tufonicas

Desde a invenção dos telemóveis tô-xim-é-pra-mim, muita coisa tem acontecido com os aparelhos.
Eles mirram, a capacidade aumenta, vêm com câmaras de filmar, máquina de café e até escova de dentes.
Mas um dos fenómenos mais interessantes é o das mentiras entre os interlocutores que, com os telemóveis, também têm evoluído.
Como tal, e para não adormecer o leitor, o (grande) autor decidiu reunir aqui no tasco o mais importante "top ten" dos últimos tempos, ou, como se diz naquela que foi outrora a língua portuguesa e agora é simplesmente uma língua xeia de coixas axim exquisitax, como eh o caso dah prexente fraxe....
"As dez maiores mentiras ditas ao tufone móvel":

10ª - Sim, mãe, já saímos da _______ (inserir nome de estabelecimento de diversão nocturna) e estamos num táxi a caminho de casa, a música que se ouve é o rádio do Sr. Taxista, que é surdo.
Depois vomitam para o chão do táxi, atrás do banco do Sr. Surdo.

9ª - (olhar para o ecrã, ver quem é, pôr no silêncio e não atender)
Depois carregam novamente no play e continuam a ver o filme.

8ª - Ok, vou ver isso e ligo-te já daqui a nada.
Põem o telefone no silêncio, pousam-no na mesa da sala e vão fazer o jantar para a cozinha.

7ª - Desculpa não ter atendido há bocado, tinha o telefone no silêncio.
Só que o telefone tocou tão alto que até acordou o avô, que até tinha o aparelho desligado.

6ª - (antes de atender - Olha-me este gajo, epá que chato!) 
- Atããããão pá, tás bonzinho?
Acontece geralmente com colegas de trabalho ou amigos de amigos de amigos que de repente acham que são amigos dum gajo só porque uma vez viram um jogo do Belenenses juntos.

5ª - Olha, tenho de desligar, estou mesmo a ficar sem bateria.
Mas o telefone ainda tem bateria suficiente para jogarem uma hora daquele jogo dos porcos que levam com pássaros.

4ª - Tou? Estou? Não te ouço, devo estar a ficar sem rede... é, aqui não há re...  (Desliga)
E estão a jantar num restaurante que fica apenas ao lado da maior antena do país.

3ª - Estou a chegar, podes descer.
Estou a chegar, mas é ao penúltimo Km antes de chegar a tua casa.

2ª - É só calçar-me e saio de casa.
Mas antes deixa-me só tomar uma banhoca e cortar as unhas.

E a maior mentira de sempre, que todo o ser humano já disse a alguém, apesar de estarem a pelo menos 12 minutos do local de encontro e saberem que é bem possível o atraso ser maior porque ainda terão de estacionar ou ficar na fila para sair pelas guilhotinas verticais do metro enquanto um delinquente se encosta e respira para cima do cabelo dum gajo para passar-juntinho-é-amor porque não tem bilhete é...




















1ª - Estou mesmo a chegar.

sábado, novembro 02, 2013

Agueiros - Aviso ao banhista

O (grande) autor também faz serviço público nas horas vagas.
Muito boa gente vai à praia tomar o seu banhinho e ganhar a sua corzinha, mas não sabe o que são os agueiros.
Mesmo com ondas pequenas, quando o mar parece calminho, os agueiros existem sempre.
Porque a água chega até à terra em forma de ondas e tem de voltar para o mar por algum lado.
Geralmente há sempre ondas a chegar a terra, por isso a água não consegue voltar para o mar pelo mesmo caminho.
O que acontece é que, conforme o fundo, vão-se formando uns canais através dos quais a água regressa ao mar.
Por isso é que muitas vezes, num dia em que há ondas, as zonas onde não as há são as mais perigosas, porque são as zonas de agueiro.
 https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNPGk5RgpHm_NTWKt5zWgU2xc83gufIWKlcQ6vU2l6L5YNOcuJVb9tRIQMTA_gPEHBKGJbDjhg7Gas3HI7srwEUmQwMBwb40rfhoXuYDIyv-XbqQZTtkpNMVKG-qvOP7jV_afIow/s1600/agueiro.jpg

Assim, quando nos vemos no meio dessa corrente que puxa para fora, a solução é nadar para os lados, até que deixemos de estar no canal.
Uma vez fora do canal, facilmente nadamos até terra ou apanhamos uma carreirinha que ajude o regresso à praia.
 
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