quinta-feira, agosto 11, 2005

caixas de supermercado

não sei se já vos aconteceu.
estão cansados do trabalho, ou do que quiserem, estão na fila do supermercado com as coisas do costume.
o leite magro, o nestum mel, a frutinha, os preservativos sabor amêndoa amarga, o gel de banho fragância algas douradas, o pão de centeio, etcetc...
atrás de vocês, a rapariga que vive sozinha, bom decote, saia à maneira, ar inteligente, possível mãe dos vossos filhos.
(se o caro leitor for uma leitora leia o último parágrafo de uma forma mais masculina)
à vossa frente, a velhinha que demora dois anos para pagar um saco de cebolas e um pacote de bolachas.
saca a carteira, não tem moedas suficientes para pagar, mas quer ver-se livre "dos trocos, que dão tanta maçada".
pergunta à menina da caixa se pode pagar "para a próxima, que deve ser já amanhã".
a menina diz que não pode ser, que aquilo não é a mercearia da esquina.
a senhora argumenta que "já cá venho há tantos anos, não me podem fazer uma coisa destas".
a menina pergunta se a senhora não tem mais dinheiro, a senhora diz que tem, mas que se quer livrar dos trocos que "pesam na mala".
a menina diz que não pode ser.
a senhora pede para falar com o gerente.
enfim, chega à altura em que vocês já se estão a oferecer para pagar a quantia que lhe falta.
às tantas a situação resolve-se e vocês nem percebem como, porque estavam a olhar para o decote da possível futura mãe dos vossos rebentos.
chega finalmente a vossa vez, querem pagar e ir rapidamente para casa jantar e ver o "um contra todos", quando ouvem a terrível pergunta da menina da caixa para a outra menina da caixa:
"olha lá, tens aí um rolinho? é que o meu acabou..."
oh diabo, agora é que tá tudo fo#*do...
o rolinho é o rolo de papel em que se imprimem os talões da caixa, que, obviamente, a menina vai demorar outros dois anos a conseguir pôr na caixa, fazer com que aquela merda role através da ranhura, etcetc...
e quando a menina conseguiu finalmente montar aquilo e começou a processar as vossas compras, já vocês pontapearam a caixa de tal forma, soltando um chorrilho de asneiras tão grande e diversificado, que a futura mãe dos vossos chavalos já pediu o divórcio, ficando-vos com a casa, o carro e o copo de cerveja preferido.
é que a mim já me aconteceu.
fiquei muito triste por ver a minha vida passar assim em frente de uma caixa de supermercado, ao som do "bip-bip" dos códigos de barras...

3 comentários:

Anónimo disse...

morte às velhinhas e aos supermercados.
miguel

Anónimo disse...

nao sei pq o teu stress...afinal estavas a olhar para o decote da futura ex mulher...nao me parece nada mal!!!Alias nessa altura as unicas asneiras q me apeteciam dizer seriam em outras situaçoes...hehehhehehehee....hugs!!!Homem das Couves!Rodinhas

Anónimo disse...

Meu amigo, parece-me k tens ido ao Supermercado errado, akela não era a futura mãe dos teus filhos, ela tem as mamas maiores e faz compras pós lados do Lumiar, heheheh

Abraços

 
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