Hoje, pela primeira vez na sua (pequena) vida, o (grande) autor deu o devido valor ao conceito "porteira".
Nunca mais digam que as porteiras sao cuscuvilheiras, que se metem na vida dos condóminos, que andam sempre de bata azul e roxa e de chaves na mao.
Bom, a parte da bata e das chaves podem dizer, que faz parte da sua profissao.
Sim, porque ser porteira é uma profissao, e de orgulho.
Quem dera ao (grande) autor poder responder que "porteiro" é a sua profissao.
E a razao de tanta admiraçao por um dos seres mais desprezados pela sociedade condominense?
Bom, o (grande) autor saiu hoje de casa, atrasado, claro está, quando já ninguém estava em casa, estando 80% dos seus roomies "de fim-de-semana".
Fechou a porta apenas para, no milésimo de segundo seguinte, notar que nao tinha as chaves, derivados ao facto de as ter deixado dentro de casa.
De uma inteligencia superior, como se pode constatar.
Assim, desesperado e sem o telefone da única companheira de casa que nao foi "de fim-de-semana", já ponderava o (grande) parvo arrombar a porta.
Nisto, lembra-se o gajo que aquele prédio tem porteira.
Tentar é como pedir e como ganhar o euromilhoes, nao custa nada.
Entonces, lá foi o bacano falar com a porteira, perguntar-lhe se por acaso nao lhe poderia dispensar meio conto...aaahhh...uma chavezinha extra.
E nao é que a porteira, cumprindo todos os requisitos de porteira menos a bata (hoje deveria ser casual-thursday) diz ao um quase-choroso que tem uma chave extra.
Extase, júbilo, alegria, Benfica-campeao.
Uff, porta nao arrombada, chave própria no bolso e de novo de saída, mais atrasado ainda, claro.
Concluindo, a partir de hoje, o leitor há-de olhar para a sua porteira com outros olhos e, inclusive, passar a fazer-lhe olhinhos.
Porque as Donas Palmiras, as Donas Fernandas e as Donas Joaquinas merecem.
Há 1 semana
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