Nao é o Salgueiro Maia, mas teve também um papel importante no dia-a-dia português, ainda que no dia-a-dia de uma família apenas.
Entao nao é que o (grande) autor ia de visitas pelo Alentejo com sua estirpe, quando foi efectuada uma paragem nas bombas do meio-do-nada, para enfiar euros pela goela do automóvel adentro.
Nisto, já na auto-estrada rumo a sei-lá-onde, uma das viajantes lembra-se que deixou a sua mala, com todos os seus pertences, na sala-do-chichi da bomba.
Jesus Maria e outras blasfémias.
Por sorte, a factura de pagamento dos euros estava dentro do veículo.
E na factura o número da bomba.
Para onde se ligou, tendo atendido o granda Salgueiro.
- Daqui Salgueiro, boa noite.
- Olhe boa noite, a mala, na sala-do-chichi, valhamedeus-e-mais-blasfémias e ai isto agora, que chatice.
Bom, o Salgueiro é a prova de que ainda existem pessoas de bem no Mundo ou, pelo menos, no Baixo Alentejo.
O homem pergunta onde está a pandilha.
Abre a mala e verifica tudo o que está lá dentro enquanto ao telefone com a pandilha, para depois esta nao o acusar de subtrair bens alheios e de o destronar do "trono de pessoa mais gentil da sua rua".
Verifica até ao último penso higiénico.
- E este pacote de chicles, já só tinha duas, nao era?
- Sim, Sr. Salgueiro, duas, de morango-abacaxi-banana-frutos-silvestres.
Entao, o bom do Salgueiro, verificados os artigos, diz que se encontra com a malta na mesma saída da auto-estrada onde a malta está, porque fica em caminho de sua casa e assim a malta poupa a chatice de voltar para trás.
Assim o disse, assim o fez.
De maneiras que levou uns bons euros de agradecimento para ir beber um copo com a esposa.
"Mas eu nao bebo..."
Deixe estar, Salgueiro, que vocemessê hoje merece um copinho.
Vocemessê e todos os outros como vocemessê.
Ah granda Salgueiro, pá!
2 comentários:
Mas que pandilha sortuda! E viva o Baixo Alentejo com o seu ganda Salgueiro. Ele que não se estrague é o que se deseja.
Bjos.
Tia Guida
oh sousa, olhe que era alto alentejo, sousa!
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