As chamadas artes de palco são muito mais complicadas do que as artes de bastidores.
Fazer um filme ou gravar um álbum é complicado e exige muita dedicação e criatividade, mas é feito no recanto do conforto.
Dar um concerto, representar uma peça de teatro, são outro tipo de coisa.
Não são melhores nem piores que as anteriores, não se lhes acrescenta ou retira mais ou menos mérito, mas são mais, como dizer, vivas.
São feitas no momento, são únicas por isso, só se fazem uma e uma só vez.
Os vídeos e as músicas rebobinam-se e carrega-se outra vez no play.
Os concertos e as peças de teatro são obras singulares, que no sábado são assim e no domingo são assado.
Há que dar o valor a quem sobe a um palco, mais do que a quem se senta a uma secretária e cria.
Mesmo sendo a mesma pessoa, aquele que sobe ao palco é mais artista que aquele que cria o que no palco é apresentado.
E tudo isto a propósito deste (também grande) autor.
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Há 1 semana
1 comentário:
não me convences com a do "um é mais artista que outro". quem cria num estúdio ou quem escreve um guião é tão artista com quem dá a cara. o que se passa é que para subir a um palco, para se dizer "é um concerto" ou "é teatro", é preciso que esteja alguém a assistir...acho que é essa a grande diferença - estar em palco é, acima de tudo, um acto de partilha imediata, ao vivo e a cores. e além disto, estás a subestimar anos e anos de obras de arte que este ou outro artista não escolheu partilhar...
não?
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