Um gajo paga balúrdios para estacionar o carro fora da sua zona emel.
A emel não é capaz de manter em condições a merda dos parquímetros nem de fazer a manutenção das zonas para estacionar, estando muitas delas cheias de buracos e mal assinaladas.
A emel, coitadinha, não tem competência para multar quem estaciona alarvemente em cima do passeio.
Mas tem competência para multar qualquer cagalhão de cão que aterre num lugar emel.
Um gajo paga balúrdios para ter um dístico que lhe permita estacionar na sua zona de residência emel.
Não contente com esta merda, a emel descobriu uma forma de chular ainda mais o utente, lembrando-se de que o dístico podia ter uma validade.
Então, implementou a validade de um ano.
O dístico, desde que tem validade, expira.
Mas como um gajo tem mais que fazer do que controlar a validade do cabrão do dístico, um gajo deixou que o dístico expirasse, sem querer.
O cabrão do dístico expirou há nove dias.
E, ao nono dia, enquanto um gajo ia trabalhar de metro, poupando o ambiente como pode, julgando que o veículo estava devidamente estacionado na sua zona emel, um gajo volta ao veículo à hora de almoço para se deslocar em serviço e dá de caras com uma puta duma multa.
Multa ainda por cima digna de um "agente" com parkinson, tal era a ilegibilidade da puta da letra que por lá dançava.
Aproveitando o bom humor, um gajo decide deslocar-se àquele rés-do-chão que é a pseudo-loja da emel na Pinheiro Chagas.
Note-se, para renovar o cabrão do dístico, não para pagar a puta da multa.
Chegando lá, um gajo tirou uma senha.
E um gajo constatou que o seu nº era o 110.
Seguidamente, um gajo constatou que a coisa ia no 55.
Bonito.
Não desesperando, mas com vontade de assassinar alguém, um gajo começa a reparar no som ambiente.
Era o som de um daqueles cd's ZEN, com sons da floresta e do mato, com passarinhos e quedas de água e minhocas e macaquinhos a copular pendurados nas árvores.
Só podem estar a brincar com um gajo, pensavam as caras dos outros 54 pobres utentes que por lá espumavam, a ver as horas a passar e o patrão a descontar.
Resultado, um gajo iria perder umas 3 horinhas do seu dia de trabalho, para poder ficar na fila a ouvir uma música da floresta enquanto espera para pagar para poder revalidar o cabrão do seu dístico e poder estacionar na merda da sua zona emel?
Claro que não.
Muito melhor.
Um gajo vai ter perder horas de sono, acordar mais cedo e ir à pseudo-loja à hora de abertura, para tratar do cabrão do dístico, antes de entrar ao serviço, de forma a minimizar o prejuízo.
Porque ninguém sabe o que é a Internet e o pagamento por multibanco e o envio dos cabrões dos dísticos pelo correio.
Viva!