As horas eram aproximadamente as cinco da manhã de uma noite-quase-dia quente de Verão.
O local era a praça central de Porto Covo.
O (grande) autor e seus amigos regressavam do único pseudo-estabelecimento nocturno aberto à hora indicada, a clássica padaria, onde se refastelaram com os clássico pães com chouriço confeccionados 48 horas antes, mas com sabor a fresquinhos fresquinhos dada a entaladela que levaram no forno e a fome dos intervenientes.
Chegados à Praça Central, atraídos pelo característico som de um djambé (the D is silent) deram de caras com o habitual grupo de freaks, com as habituais rastas e pulgas e cães e pés pretos e camisas de flanela com padrões psicadélicos e tudo sentado no chão e tudo a viajar e um deles a fazer massagens cardíacas ao djambé e coiso e tal.
No entanto, qual Rua Sésamo "o que é que está mal aqui?", de lá do meio surge um senhor, visivelmente embriagado, viajado e mais coisas acabadas em ado, que resolveu aproximar-se do novo grupo cujos membros estavam calçados e que, segundo o próprio, tinha 56 anos, era de Rio Tinto (que coincidência), vinha da Amadora e já ia para Porto Covo de férias há 40 anos.
Ora, um dos calçados, dada a possibilidade de o quase-autóctone conhecer bem os meandros da coisa, resolveu perguntar ao homem onde é que se bebia uma cervejinha tardia:
- Então amigo, onde é que se bebe uma cervejinha a esta hora?
- A esta hora?
- Sim, uma cervejinha.
- Então, em Vila Nova! (de Milfontes)
- Epá, mas isso é muito longe, nós queríamos aqui em Porto Covo.
- Hã? Nós estamos em Porto Covo??
Porra.
1 comentário:
ahahahahahahahhahaha
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