quinta-feira, março 05, 2015

Transição - O tasco no facebook.


O (grande) autor rendeu-se à modernidade e às "redes" sociais e fez transitar o tasco para o facebook.
Até porque o senhorio queria aumentar a renda e isso é que não pode ser.

Fica aqui, a quem interessar.


Até lá.
:)

quinta-feira, julho 10, 2014

Não abreviem.

O (grande) autor tem vindo a notar uma tendência cada vez mais presente nos textos de muito boa gente, a tendência-para-abreviaturas.
Epá, ninguém dá meios-apertos-de-mão.
Ninguém dá meios-beijinhos.
(as pessoas-bem dão só um beijinho, mas isso não conta).
Ninguém dá meio-abraço.
Por isso, pelo menos na escrita, não abreviem, porra.
Obg não é obrigado.
Bjs não é beijinhos.
Cumpts não é cumprimentos.
Abr não é abraço.
Notem que apenas estarão a poupar 6 letras, aos escreverem Obg em vez de Obrigado, Cumpts em vez de Cumprimentos e Bjs em vez de Beijinhos.
Quanto tempo são 6 tecladas?
123456
Dá um segundo, ou menos, se escreverem como a D. Zeca, da contabilidade.
Porque o receptor de um Obg não o sente como um receptor de um Obrigado.
Ninguém quer Bjs quando pode ter Beijinhos.
E se há confiança para mandar Bjs, também há para mandar Beijinhos.
Ok?
Fdx.

sábado, novembro 30, 2013

Sopra sopra a folhinha voa voa

Uma grande contribuição para a despesa pública, obesidade e mau-humor dos cidadãos é o facto de hoje em dia os varredores de folhas andarem com máquinas do demónio, que sopram as folhas e fazem um barulho que acorda até o cidadão mais falecido do bairro. 
Gastam efémeros litros de gasolina em vez de gastarem vassouras duradouras, não permitem que o varredor faça exercício, limitando-se a dirigir o sopro da máquina demoníaca em direcção às folhas, quais analogias com o "Beleza Americana" em vez de varrerem e suarem um poucochinho e escolhem sempre as 8h da manhã dos Sábados para começarem as empreitadas, impedindo os outros cidadãos de dormirem até, vá lá, umas tardias 9h30m. 

quinta-feira, novembro 14, 2013

Mentiras Tufonicas

Desde a invenção dos telemóveis tô-xim-é-pra-mim, muita coisa tem acontecido com os aparelhos.
Eles mirram, a capacidade aumenta, vêm com câmaras de filmar, máquina de café e até escova de dentes.
Mas um dos fenómenos mais interessantes é o das mentiras entre os interlocutores que, com os telemóveis, também têm evoluído.
Como tal, e para não adormecer o leitor, o (grande) autor decidiu reunir aqui no tasco o mais importante "top ten" dos últimos tempos, ou, como se diz naquela que foi outrora a língua portuguesa e agora é simplesmente uma língua xeia de coixas axim exquisitax, como eh o caso dah prexente fraxe....
"As dez maiores mentiras ditas ao tufone móvel":

10ª - Sim, mãe, já saímos da _______ (inserir nome de estabelecimento de diversão nocturna) e estamos num táxi a caminho de casa, a música que se ouve é o rádio do Sr. Taxista, que é surdo.
Depois vomitam para o chão do táxi, atrás do banco do Sr. Surdo.

9ª - (olhar para o ecrã, ver quem é, pôr no silêncio e não atender)
Depois carregam novamente no play e continuam a ver o filme.

8ª - Ok, vou ver isso e ligo-te já daqui a nada.
Põem o telefone no silêncio, pousam-no na mesa da sala e vão fazer o jantar para a cozinha.

7ª - Desculpa não ter atendido há bocado, tinha o telefone no silêncio.
Só que o telefone tocou tão alto que até acordou o avô, que até tinha o aparelho desligado.

6ª - (antes de atender - Olha-me este gajo, epá que chato!) 
- Atããããão pá, tás bonzinho?
Acontece geralmente com colegas de trabalho ou amigos de amigos de amigos que de repente acham que são amigos dum gajo só porque uma vez viram um jogo do Belenenses juntos.

5ª - Olha, tenho de desligar, estou mesmo a ficar sem bateria.
Mas o telefone ainda tem bateria suficiente para jogarem uma hora daquele jogo dos porcos que levam com pássaros.

4ª - Tou? Estou? Não te ouço, devo estar a ficar sem rede... é, aqui não há re...  (Desliga)
E estão a jantar num restaurante que fica apenas ao lado da maior antena do país.

3ª - Estou a chegar, podes descer.
Estou a chegar, mas é ao penúltimo Km antes de chegar a tua casa.

2ª - É só calçar-me e saio de casa.
Mas antes deixa-me só tomar uma banhoca e cortar as unhas.

E a maior mentira de sempre, que todo o ser humano já disse a alguém, apesar de estarem a pelo menos 12 minutos do local de encontro e saberem que é bem possível o atraso ser maior porque ainda terão de estacionar ou ficar na fila para sair pelas guilhotinas verticais do metro enquanto um delinquente se encosta e respira para cima do cabelo dum gajo para passar-juntinho-é-amor porque não tem bilhete é...




















1ª - Estou mesmo a chegar.

sábado, novembro 02, 2013

Agueiros - Aviso ao banhista

O (grande) autor também faz serviço público nas horas vagas.
Muito boa gente vai à praia tomar o seu banhinho e ganhar a sua corzinha, mas não sabe o que são os agueiros.
Mesmo com ondas pequenas, quando o mar parece calminho, os agueiros existem sempre.
Porque a água chega até à terra em forma de ondas e tem de voltar para o mar por algum lado.
Geralmente há sempre ondas a chegar a terra, por isso a água não consegue voltar para o mar pelo mesmo caminho.
O que acontece é que, conforme o fundo, vão-se formando uns canais através dos quais a água regressa ao mar.
Por isso é que muitas vezes, num dia em que há ondas, as zonas onde não as há são as mais perigosas, porque são as zonas de agueiro.
 https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNPGk5RgpHm_NTWKt5zWgU2xc83gufIWKlcQ6vU2l6L5YNOcuJVb9tRIQMTA_gPEHBKGJbDjhg7Gas3HI7srwEUmQwMBwb40rfhoXuYDIyv-XbqQZTtkpNMVKG-qvOP7jV_afIow/s1600/agueiro.jpg

Assim, quando nos vemos no meio dessa corrente que puxa para fora, a solução é nadar para os lados, até que deixemos de estar no canal.
Uma vez fora do canal, facilmente nadamos até terra ou apanhamos uma carreirinha que ajude o regresso à praia.

segunda-feira, outubro 07, 2013

Sobre a Internet e os Portais Governamentais

O (grande) autor não é de intrigas, mas o facto de os sítios-de-internet relacionados com o Governo ou com instituições públicas quando abertos no Firefox funcionarem em modo ai-como-eu-gosto-de-cozinhar-um-belo-risotto-isto-sim-é-ritmo-bom-para-ir-buscar-a-morte, mas quando abertos no Internet Explorer funcionarem em modo olha-que-realmente-está-uma-brisa-fresca-deixa-me-cá-pôr-uma-suéte-senão-constipo-me-já-de-certezinha-é-tão-certo-e-sabido-como-a-minha-avó-fazer-o-buço-todos-os-Sábados-antes-de-se-deitar-porque-no-Domingo-podia-não-acordar-a-tempo-de-o-fazer-e-depois-era-a-vergonha-da-paróquia, significará alguma coisa.

quarta-feira, outubro 02, 2013

Noiserv é Fixe e Muitas Coisas São Fixes Apesar de Muitas Coisas Não Serem Noiserv

O (grande) autor não se arroga a qualidade de crítico musical.
Mas arroga-se a qualidade de crítico, que, tal como os interruptores, já dizia o Herman-antes-de-pintar-o-cabelo, critica umas vezes para cima, outras vezes para baixo.
E Noiserv é algo de que podemos dizer (muito) bem, sem nos acusarem de o estarmos a fazer só porque estamos sempre a dizer mal e então precisamos de arranjar um equilíbrio nesta balança viperina com risco ao meio e cheiro a bebé.
Isto porque Noiserv deu ontem um espectáculo no Teatro S. Luiz.
Deu um espectáculo e deu espectáculo.
Não houve fogo-de-artifício nem miúdas-semi-nuas nem bling bling nem roupas berrantes nem roça-roça nem palcos cheios de colunas gigantes nem peças de roupa interior feminina atiradas à cara do artista.
Mas houve uma coisa que é rara num espectáculo, seja musical ou outro.
Que foi genuinidade talentosa associada a um talento genial.
Genuidade talentosa é uma definição esquisita, ok, mas esta genuinidade é um talento.
E, lá está, associada a um talento genial.
É de artista que começa uma música e a pára segundos depois porque percebe que o piano poderá estar desafinado e então pergunta ao público "Vocês não acham que o piano está desafinado?" e o público responde que sim e ele vai e diz "Ai, espera lá, já percebi o que aconteceu, comecei mal a parte da guitarra" e recomeça então a música e passados uns segundos com a coisa já a correr bem faz um sinal de já-está-tudo-ok ao público com o polegar para cima, enquanto toca.
É um artista que não está sentado num banco, num palco, num teatro, com o público à frente.
Está sim sentado num sofá de dois lugares com o espectador, enquanto ambos desfrutam do som e imagem, numa espécie de jantar à luz das velas a que se seguirá qualquer coisa que implicará um gin tónico antes e um cigarro depois.
Sem malícia, claro.

quinta-feira, setembro 12, 2013

Então, está tudo bom, amigo?

Todos sabemos que é melhor ter um empregado de mesa simpático, sempre sorridente e cheio de piadolas queria ou quer copo d'água ou copo com água, do que um antipático, que parece que nos vai acrescentar molho-de-gosma na comida de cada vez que lhe pedimos o sal ou que pedimos para passar o bife (de perú, que engorda menos e é mais adequado em tempo de crise) mais um bocadinho.
No entanto contudo porém, há aqueles empregados que adoram perguntar se a comida está a ir bem para a boca, enquanto a comida está DENTRO da boca.
E geralmente esses empregados são os que tratam um gajo por amigo.
Não há como ir a um estabelecimento de restauração pela primeira vez comer uma bucha e o empregado tratar-nos logo por "amigo".
É fofinho. É amistoso, é carinhoso e acolhedor.
Uns há até que dão uma palmadinha nas costas depois de concordarem com o pedido dum gajo.
Em jeito de, "sim senhoras, prego e imperial, uns tremocinhos, você sim, sabe o que está a fazer, amigo."
Quem se queixa de que não tem amigos (o que me leva a perguntar a quem é que essas pessoas se queixarão, talvez aos empregados dos bares forrados a madeira cheios de fumo e copos de shot ao balcão) pode parar com a lamechice, levantar-se do sofá manchado de chocolate preto do minipreço e gelado de nata de 1L do pingo doce e ir até ao café mais próximo que sirva imperiais e pregos esperar sentado na esplanada numa mesa da super bock pelo seu novo amigo, que reconhecerá pela caneta bic no bolso da camisa branca mal entalada nas calças de maneira a que quando se baixa para apanhar aquele maroto guardanapo que voou se lhe vê a SCUT traseira mal aparada.
É do melhor, um novo amigo a cada prego com alho.
E podemos ter a certeza que o nosso amigo nos virá perguntar, no momento certo, como está o prego.
Ao que, sempre sorridentes e cuspindo um pouco de bolo alimentar, responderemos, "Ssáhhprsdtffffffpóthimo".
Ah, amigão.

segunda-feira, agosto 12, 2013

Diclofenac

Não confundir a bula papal com a gula do papa. 

domingo, julho 28, 2013

Desculpe, este lugar está ocupado.

Está o (grande) autor neste preciso momento sentado numa cadeirinha de plástico daquelas de bar da praia ou de esplanada de café à beira de braço de rio ou de esplanada em qualquer café que se aproxime minimamente de um curso de água, nem que seja um curso de água provocado pela mistela que as várias porteiras de vários prédios contíguos atiram para a rua depois de lavarem a escadaria. 
E porque raio está sentado e a escrever em vez de estar a beber uma cervejinha fresquinha?
Perguntam bem. 
Ora precisamente porque está à espera que comece um espectáculo (um bailado, uuuuhh, que erudito) que terá lugar na rua, num largo de Lisboa. 
Como a maior parte deste tipo de iniciativas, a entrada é gratuita. 
E como a entrada é gratuita, o espectador tem de chegar pelo menos um hora antes, para conseguir um lugar sentado. 
E, por causa desse detalhe, claro que não há alminha que aqui esteja que não esteja também a guardar um lugar para um espectador ainda ausente, mas suposta e brevemente presente. 
O que nos leva até à arte de guardar-lugares-para-os-outros-que-estão-quase-quase-quase-a-chegar. 
Toda a gente sabe que para guardar um lugar para um futuro espectador devidamente, é necessário utilizar uma peça de vestuário. 
Não serve um livro, uma revista, um copo de plástico, um tupperware, uma esferográfica, um guarda-chuva (se for dos grandes, de pega em curva, serve), uns óculos de Sol, um jornal, um telemóvel, uma mala ou umas chaves. 
Tem de ser uma peça de vestuário, senão o marcador corre o risco de que o atacantus-erectus lhe grite que violou as regras da marcação de lugares e, como tal, terá de ceder os lugares que marcou, mesmo que só tenha marcado 9. 
Ora, porra, haja maneiras. 

segunda-feira, julho 15, 2013

Embriagado Escreve-se Com "B"

As horas eram aproximadamente as cinco da manhã de uma noite-quase-dia quente de Verão.
O local era a praça central de Porto Covo.
O (grande) autor e seus amigos regressavam do único pseudo-estabelecimento nocturno aberto à hora indicada, a clássica padaria, onde se refastelaram com os clássico pães com chouriço confeccionados 48 horas antes, mas com sabor a fresquinhos fresquinhos dada a entaladela que levaram no forno e a fome dos intervenientes.
Chegados à Praça Central, atraídos pelo característico som de um djambé (the D is silent) deram de caras com o habitual grupo de freaks, com as habituais rastas e pulgas e cães e pés pretos e camisas de flanela com padrões psicadélicos e tudo sentado no chão e tudo a viajar e um deles a fazer massagens cardíacas ao djambé e coiso e tal.
No entanto, qual Rua Sésamo "o que é que está mal aqui?", de lá do meio surge um senhor, visivelmente embriagado, viajado e mais coisas acabadas em ado, que resolveu aproximar-se do novo grupo cujos membros estavam calçados e que, segundo o próprio, tinha 56 anos, era de Rio Tinto (que coincidência), vinha da Amadora e já ia para Porto Covo de férias há 40 anos.
Ora, um dos calçados, dada a possibilidade de o quase-autóctone conhecer bem os meandros da coisa, resolveu perguntar ao homem onde é que se bebia uma cervejinha tardia:
- Então amigo, onde é que se bebe uma cervejinha a esta hora?
- A esta hora? 
- Sim, uma cervejinha.
- Então, em Vila Nova! (de Milfontes)
- Epá, mas isso é muito longe, nós queríamos aqui em Porto Covo.
- Hã? Nós estamos em Porto Covo??

Porra.

quarta-feira, julho 03, 2013

Marca de Carros

Em tempos de crise política, nada como escrever sobre um tema deveras importante e que realmente mexe com as nossas vidas:
A publicidade que antecede os vídeos no youtube.
O (grande) autor é da opinião de que as marcas que pagam para que o seu anúncio surja antes do início de um vídeo no youtube não fazem PUTO ideia do que andam a fazer à sua vida.
É que toda a gente conhece o ódio que o espectador sente quando quer ir ver o vídeo do Goucha aos berros a dizer para o programa continuar depois de o operador de câmara ter desmaiado em directo e se ter ouvido o crânio a bater no chão e o "uuuuuhhh" do público masculino misturado com o "aaaaahh" do público feminino misturado com o "ai ai, desmaiou, mas vamos continuar com o programa" do Goucha enquanto o chef-que-não-é-o-Ramsey prepara um folar pascal e pimbas, dá de caras com um anúncio a uma marca de carros.
Imediatamente, o espectador passa a odiar a marca de carros, porque naquele momento a marca de carros (vou só escrever marca de carros mais uma vez) o está a impedir de visualizar o vídeo de que tanto ouviu falar no café da D. Alcina, mas que não pôde ver no momento porque não queria gastar dados do telemóvel com um vídeo do Goucha e o café da D. Alcina não tem internet sem fios porque, segundo a própria, "é caro e não quero que me venham para cá os gandulos todos brincar com os microondas e pum-pum-pum naquela coisa da intrénet"
É irritante.
Ou um gajo querer ir ver aquele vídeo da rapariga que tem o AVC enquanto está a ser entrevistada mas continua a dissertar sobre uma mala que tanto deseja e ter de esperar que a merda do anúncio a um produto saponáceo empregado na lavagem dos cabelos termine, sendo obrigado a ver o Iker Casillas sentado no chão do relvado a ser massajado na cabeça, cheio de espuma.
É óbvio que dá vontade de nunca comprar aquela marca de produtos saponáceos empregados na lavagem dos cabelos.
E só mais uma vez: Marca de carros.

quinta-feira, junho 20, 2013

Bebé Lindo É Café Com Leite

O (grande) autor nunca foi grande visualizador de telenovelas, nem das brasileiras, nem das portuguesas.
Mas uma coisa que qualquer telespectador com olho de lince da Malcata, daqueles que avistam um Coelho a mil passos e conseguem perceber que o Coelho bebeu um café com leite pela manhã e comeu um folhadinho de salsicha (ou salchicha, como está na moda dizer), por causa da mancha que apresenta na gravata monocromática e daquele restinho de massa folhada no canto da boca, daqueles pedacinhos que toda a gente vê, mas ninguém tem coragem de avisar um gajo e depois passadas duas horas um gajo vai à casa-de-banho e olha-se ao espelho e vê que tem aquela merda no canto da boca e pensa porque raio é que ninguém me avisou, será que todos pensaram que estava a guardar este pedaço para comer ao lanche?, porque toda a gente sabe que político que se preze só usa gravatas monocromáticas, tal como toda a gente sabe, de perto, e todo o lince da Malcata sabe, de longe, que o café com leite deixa uma mancha em qualquer produto têxtil que não é escura nem é clara, é "café com leite", daí a expressão, como aqueles bebés lindos que todas as raparigas adoram e as fazem imediatamente começar a falar como se tivessem perdido os dentes todos e babam-se e querem levá-los para casa apesar de saberem que isso é capaz de dar pena de prisão porque o raio dos putos são assim uma mistura de tonalidades que ainda não foi definida pela Pantone, que atraem mais seres femininos do que os saldos do Corte Inglés, é que os actores das telenovelas portuguesas são sempre os mesmos desde que o Gil Eanes passou o Cabo Bojador.
Tirando os que já morreram, claro. E mesmo assim...
Porque, de resto, ver telenovelas em Portugal é o mesmo que assistir a um big bróda dos actores, um gajo consegue ver a evolução física de cada um deles, enquanto comenta, "Olha esta, ca granda gorda... há 10 anos, nos Riscos, estava muito mais magrinha!", e "Olhameste... está a ficar careca! E era tão bonito quando fazia a Vila Faia!...", ou o clássico "Então esta não era a gémea naquela série das gémeas boazudas? Agora está mais velha, toda enrugada, coitada...".
Enfim, um tema sempre interessante e actual.

sábado, junho 15, 2013

Em Alfama Não Há Moitas

Em Alfama não há moitas.
Ontem, duas da matina, viu-se o (grande) autor confrontado com uma bexiga própria de um bebé de três meses, depois daquelas duas malvadas imperiais e escusado será dizer que se encontrava em plena Alfama, rodeado de pessoas que se perguntavam em uníssono quem seria o pai da criança, a plenos pulmões, como se o teste de ADN viesse mais rapidamente consoante o aumento do volume dos berros festivos, apenas sendo interrompidos por uma voz ao microfone de uma senhora que já não tinha idade para estar a fazer aquelas figuras, que também perguntava quem era o pai da criança, que claramente não deveria usar tops tamanho M e que deve ser a única pessoa no Mundo a quem as leggings não transformam o rabão num traseirinho de uma jogadora de volley-de-praia russa.
Bom, como a necessidade aguça o engenho, ou a vontade aguça o descaramento, lá partiu o (grande) autor na busca do cantinho perdido, visto que em Alfama não há moitas, nem casas-de-banho portáteis (ou toi-tois, como costuma dizer geralmente quem se chama Constança e tem apelidos de instituições bancárias), escadas acima, escadas abaixo, sem sorte e sem portas abertas, porque os locais de Alfama estão um pouco fartos que os Santspopularenses lhes tentem entrar casa dentro para dar trabalho às canalizações, quando dá de caras com dois rapazes com uma ideia genial, que foi a de órinare atrás de uma daquelas banquinhas onde servem imperiais a preço de vodka-laranja, já desocupada, parecendo então que os rapazes estavam de pé atrás do balcão apenas a conversar, mas com as mãos decepadas. No entanto, como aquele local ficava numa passagem demasiado movimentada, o (grande) autor não pôde imitar os Zuckerbergs do chichi-ao-balcão e decidiu continuar pela senda, até que deu com o local perfeito, ao lado de uns andaimes, na penumbra, porque a luz do único candeeiro se perdia numa esquina do prédio, local excelente para a prática do chichi à sombra.
Iniciada a micção para dentro de um vaso gigante com uma outrora planta, alívio soberbo, heroína nas veias, passarinhos a cantar, o (grande) autor olha para o lado, naquela de controlar a situação e não ter de interromper aquele momento tão desejado quando repara que um outro jovem se dirige para uma daquelas banquinhas semelhante às referidas acima, o que levou o mijador a pensar que o seu suposto semelhante iria fazer uma proeza igual à dos Zuckerbergs, órinando enquanto servia uma meia de leite e um nata ao balcão, porque toda a gente sabe que depois de iniciada a micção masculina, o dono do bicho não precisa de o aguentar com as mãos até ao momento do chocalho final e mesmo assim às vezes um gajo consegue fazer de cão de água e salpicar as calças todas, sem precisar de lhe tocar.
No entanto contudo porém, pânico, o suposto mijador virou-se e, qual demónio de ganga, baixou-se e desapareceu por detrás da banquinha, enquanto baixava as calças como se tivesse sido possuído por um gang de formigas assassinas, como o MacGyver naquele episódio das formigas assassinas em que ele tem aquele fato-tipo-espacial amarelo e está no deserto rodeado de formigas assassinas e aquela parte em que ele tira o capacete do fato-tipo-espacial até aparece no genérico.
Sim, baixou-se baixando as calças e não mais apareceu.
Imagino a cara do dono da casa em frente da qual foi deixado o monumento.
Ou será que o MacGyver tinha levado um saquinho de plástico?

sábado, maio 25, 2013

Ponto sem retorno

Pronto, o (grande) autor acabou de instalar uma aplicação para poder escrever postas de pescada e publicá-las a partir do seu smartphone. 
O Mundo está perdido. 
Temei o pior, meus caros e-leitores. 

sexta-feira, maio 24, 2013

Quanto tempo dura um copy/paste?

Alguém sabe quanto tempo dura um copy/paste?
Um gajo faz copy e depois vai dar uma volta, abre um sítio-da-internet, vê uns vídeos, vai comer uma bucha, escreve umas coisas, lê outras, adormece, fuma um cigarro, larga a bucha processada no local próprio, conversa ao telefone, conversa cara-a-cara e bla, bla, bla e bla.
Só depois se lembra do "paste".
E ainda lá está o gajo, suspenso há que tempos, à espera que um gajo se lembrasse do gajo.
O paste é capaz de ser o Ser mais fiel e confiável que existe.
Depois do cão, é claro.

terça-feira, agosto 28, 2012

Truta Trauteia

Uma coisa de que o (grande) autor se apercebeu há uns tempos foi que mesmo que um gajo não ouça uma música há 15 anos, se alguma vez no tempo soube a letra dessa música de cor, um gajo vai-se lembrar da letra e vai conseguir ir acompanhando o vocalista com a sua voz esganiçada.
Experimentem.
Claro que este acontecimento sucedeu ao (grande) autor com um CD de Body Count.
Mas isso não quer dizer que vocês não possam ter esperança.

quinta-feira, agosto 23, 2012

Back in Black

Uma das grande vantagens de viver com uma rapariga é a de haver sempre acetona em casa.
Isto porque um gajo às vezes levanta-se às 6h28 por causa do barulho que os cab... dos pombos fazem com as suas unhinhas nojentas na caixa do estore aquele clac clac clac clac clac porra podem parar com o sapateado ao menos podiam aterrar e ficar quietos em vez de convidarem o Joaquín Cortés para se juntar à festa e então vai um gajo furioso e cheio de ramelas na fronha e decide que finalmente hoje é que é o dia ideal para um gajo montar ou instalar ou colar ou lá o que é que aconteceu ali aqueles picos de plástico que um gajo comprou ali na Tevel tipo espanta-pombos-mas-não-os-mates-porque-depois-remover-o-cadáver-ainda-é-pior só que um gajo só tinha em casa cola PVC mas que raio é cola PVC não faço ideia mas cumpriu a sua função só que como um gajo não se quer pôr em cima de um escadote na varanda porque a queda até à calçada portuguesa é capaz de magoar então põe-se em biquinhos dos pés todo torto a tentar que aquela fileira de picos se cole à parte de cima da caixa do estore sem ver nada do que está a fazer e claro que para aquilo assentar bem um gajo dá umas palmadas e fica com as mãos todas cheias de cola PVC mas ao menos nunca mais há-de aterrar ali um pombo com as suas unhinhas nojentas a menos que o filho duma granda p... do pombo queira brincar aos faquires e então aí é que um gajo se ri e se calhar até filma e põe o vídeo no youtube para os odiadores-de-pombos rejubilarem.
E é precisamente por isso que uma das grandes vantagens de viver com uma rapariga é a de haver sempre acetona em casa.

sábado, junho 16, 2012

Portugal Dobradinho

No outro dia viu o (grande) autor uma bandeira de Portugal numa janela.
Ah grande Scolari, que lhes meteu este bicho no exterior das janelas e no interior do coração.
A bandeira estava aberta, mas cheia de vincos, notava-se que tinha estado dobradinha durante bastante tempo, possivelmente desde 2004.
(devia surgir agora uma fotografia, é certo, mas um gajo ia a conduzir)
Pois Portugal e os Portugueses estão assim mesmo como a bandeira.
Dobradinhos, arrumados, no fundo do baú, debaixo dos panos de cozinha, à mercê das traças.
Está na hora de sacudir o pó, arejar a casa, vir cá para fora esticar os panos e deixar que os vincos desapareçam ao Sol.
Mas, claro, assim que acabarem os jogos, lá voltam as bandeiras para dentro do armário, à mercê dos vincos e das traças.
Ou não?
Força Portugal!

domingo, junho 10, 2012

Pizza Boy

Tem o (grande) autor a nítida sensação de que um dos requisitos para se poder ser motorista de transporte de pizzas, vulgo "motorista telepizza", é o de não ter qualquer tipo de amor pela Vida.
A Vida, no geral, seja a vida do próprio, de outros humanos ou as vidas de quaisquer pombos e gatos que ousem atravessar-se no caminho.

sexta-feira, maio 11, 2012

Hotmail

Pensa o (grande) autor que se deveria rezar um minuto de silêncio por todas aquelas contas hotmail que foram ficando para trás, abandonadas aos ataques spam, a engordar como um cão a quem não param de dar restos de entremeada e coirato.
Com as caixas de entrada com 45326 novos e-mails, todos vindos da Nigéria, do Brasil, ou do Bangladesh.
Quem nunca teve uma conta hotmail que atire o primeiro e-mail.
Quem nunca deixou uma conta hotmail ao abandono?
Quem nunca deixou uma conta hotmail à mercê de mensagens sucessivas sobre o levantamento e comprimento do pénis ou o emagrecimento supersónico?
Quem não trocou a sua conta hotmail pela nova conta gmail?
Pobres contas hotmail, descansem em paz, na eternidade da internétchi.

sábado, maio 05, 2012

First World Problems

Haverá algo pior do que ouvir anúncios na rádio sem conseguir alcançar o botão para mudar de estação?

sexta-feira, maio 04, 2012

Estrelicado

Na rua, ouviu o (grande) autor a seguinte conversa entre avô e neto, enquanto passeavam o bóbi:

- Ovistes filho, aquela velha ali queria que ele (o bóbi) fosse estrelicado...
- Ohvô, o que é estrelicado?
- Atão, estrelicado é para ele não f... aaahh, é para não ligar às cadelas.

sexta-feira, abril 20, 2012

This is the


sexta-feira, março 09, 2012

Além-Fronteiras

Eles partem e saem e fogem e vão.
Não é bem fugir, é mais ter de ser, a procura do pão.
Deixam-nos para trás, olhos tristes, mas olhar em frente,
Ali aterram, aqui levantam, o futuro não mente.
Saem do ninho, saem da árvore, saem da floresta,
Adeus mãe, adeus pai também, mas que solução é esta?
É a solução que há, que haverá, e que se há-de fazer?
Gostam muito de cá estar, que bom é junto ao mar, mas têm de comer.
Justo não é, simpático tão-pouco, mas não vão para novos,
Procuram novos locais, ninhos seguros, para deixar os ovos.
Restaremos poucos, estaremos loucos, que será de nós?
E a saudade mói, e a distância dói, que vai ser de vós?



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(Só no grupo de amigos/conhecidos-quase-amigos do (grande) autor, são 21, os que partiram com futuro indefinido. E outros se preparam para o mesmo.)

sábado, fevereiro 04, 2012

Os Egoístas

Os gajos ouvem os tiros, mas nunca sentem as balas.

terça-feira, outubro 04, 2011

Todas na Barriga

- Martins, isso é uma doença interna.
- Uma doença eterna?
- Não, uma doença in-ter-na.
- Ah.
Ele nunca pensou que aquilo também desse nos homens.
Sempre ouviu, desde pequeno, desde adolescente, desde homenzinho, desde crescido, que aquilo só dava nas mulheres.
Nas senhoras, dizia a Avó, mulheres são as vacas, as cabras, as ovelhas.
Que as mulheres são senhoras.
E com que então uma doença interna.
Estava bem tramado.
- Como é que se pode curar uma doença interna?
- Tens de olhar para dentro, conhecer bem o terreno.
Porra.
Olhar para dentro, conhecer bem o terreno, mas estavam a preparar um ataque terrestre, ou a tentar arranjar uma cura?
- Sim, a cura procura-se no mal.
- É no mal que está a cura?
Não fazia sentido algum.
- Martins, quando olhas para ela, que sentes?
- Sinto-me mal.
- Sentes o coração acelerado, suores frios, a boca seca?
- Sim!
- Desnorteado, sem saber o que fazer?
- Completamente desnorteado.
- E quando ela olha para ti?
- Fraquejam-me as pernas.
- E as borboletas?
- Todas na barriga!
- Ora aí está a tua doença.
- A minha doença interna?
- Sim, a tua doença eterna.

sexta-feira, julho 08, 2011

Open Space

Os open space estão na moda.
É cool viver num loft, as praças públicas estão cada vez mais abertas e cheias de nada, um gajo consegue ver uma drogaria-das-novas duma ponta à outra se for suficientemente alto para espreitar por cima dos mostradores dos tachos em inox, até os cérebros de algumas pessoas adoptaram esta moda.
Mas quem ganhou mais com esta inovação foram os empregadores.
O empregador não hesita e derruba paredes.
Derruba paredes como se derrubasse obstáculos, barreiras, entraves e outros sinónimos de dificuldades.
Mas, de surra, de fininho, como o xico, levanta alfândegas, operações stop, controlos, vigilâncias e outros sinónimos de fiscalização.
Quem melhor para vigiar os seus trabalhadores do que os seus trabalhadores?
Porquê ter de pagar mais a alguém que vigie o trabalho de outros dez, quando podem ser os dez a vigiar-se uns aos outros?
No tempo das paredes, o superior entrava nos gabinetes e certificava-se que um gajo não estava no farmville ou a falar com a Jessica da linha de valor acrescentado ou na sala das fotocópias a tirar fotocópias (a cores) do rabo.
Hoje em dia, no tempo do tudo-ao-molho, a máquina fotocopiadora fica no meio dos open space e os dez trabalhadores vigiam-se mutuamente para poderem ir dizer ao chefão que, por exemplo, em vez de estar a dar no duro, o Zé estava ao telefone com o filho a explicar-lhe como é que se põe betadine na ferida e que a Maria estava ao telefone com a mãe a perguntar-lhe em que hospital estava o avô, para ir lá ter assim que conseguisse despachar o serviço.
Dividir para reinar.
Ou, derrubar paredes, para reinar.
Somos tão modernos, tão fashion, não precisamos de paredes nem de barreiras físicas.
Pois claro.
Sendo o homem o lobo do Homem, vai ser o Rui a denunciar o hábito que o Manel tem de ler o Calvin no Público online.
E um gajo nunca quer ser o primeiro a sair, porque, ao sair, toda a gente sabe que surge do tecto falso uma espécie de holofote dos recursos humanos, que fica ligado, a apontar para a cadeira vazia, até que o chefe também saia.

segunda-feira, julho 04, 2011

\_/

Together we can - print

roubado daqui

sexta-feira, julho 01, 2011

8 e 80

Se repararem bem, notarão os ilustres leitores que os jornalistas, quando confrontados com uma entrevista a um menor de 8 anos ou a um maior de 80, falam da mesma maneira, que, não desfazendo, é mais ou menos com a mesma descrença com que um gajo fala com aquelas gravações que percebem Amadora quando um gajo grita Lisboa, dos serviços de informações via telefone.

quarta-feira, junho 29, 2011

WPP

http://www.whitepeopleproblems.com/images/content/1501.jpg

ideia roubada daqui, que por sua vez roubou daqui.

segunda-feira, junho 27, 2011

Aviso à Navegação MCMVXXXII

Não confundir amizade eterna com amizade efémera.
A primeira um gajo não sabe, mas é para sempre.
A segunda um gajo acha que sabe, mas desaparece logo da frente.

Extra:
Além do acima referido, "eterna" e "efémera" só quase-que-rimam se um gajo estiver mesmo muito constipado e e trocar os érres pelos guês.

quinta-feira, junho 23, 2011

Não perca!

Caro telespectador, não perca a emissão de "How I Met Your Mother" na TVI e de "Quem Será o Pai da Criança" num arraial perto de si.

quarta-feira, junho 15, 2011

Situações Irritantes III

Irritantes são as pessoas que não dizem o que pensam e pensam que ninguém percebe que o que elas estão a dizer não tem um cu a ver com o que elas estão a pensar.
O que faz delas irritantes e estúpidas.
E burras, ainda por cima.

quinta-feira, junho 09, 2011

Situações Irritantes II

Irritantes são as pessoas que tentam passar à frente na fila do supermercado porque só têm uma lata de leite condensado e meio quilo de pêra-rocha e se vão chegando, chegando, chegando, sempre a fingir que estão a olhar para a montra das revistas cor-de-rosa com ar de quem só as lê quando está na fila do supermercado mas depois sabe que a prima da tia do Rogério Samora foi para as Berlengas com o primo do sobrinho do Marco do Big Brother, mas ficaram numa pensão em vez de ficarem num hotel porque mesmo de 2 estrelas ainda era carote e o pequeno-almoço não devia valer nada e vai nisto e vão-se chegando, chegando, chegando, até um gajo estar praticamente a brincar aos médicos com elas.
Mas claro que quando um gajo se farta daquela espécie de assédio manda-lhes com um movimento de anca mais elástico que o melhor move do John Travolta no Febre de Sábado À Noite e os tarados vão parar ao fim da fila meio despenteados.

quarta-feira, junho 08, 2011

Situações Irritantes I

Irritantes são as pessoas que não sabem o que é o acelerador quando vão em zonas onde não dá para ultrapassar, mas que, numa recta onde é possível um gajo deixá-los a comer pó, aceleram como se estivessem a fugir de uma avalanche.

terça-feira, junho 07, 2011

Proc

Não é que um jovem não consiga estudar num sítio que esteja desarrumado, a cena é que um jovem sabe que, quanto mais e melhor arrumar, mais tarde vai começar a estudar.
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sexta-feira, junho 03, 2011

Moderado de Noroeste

A única forma de tentar garantir que a taxa de abstenção no Domingo não é muito alta, é emitir falsas previsões meteorológicas, indicando que irá chover.
E mesmo assim ainda há o problema de a malta olhar para o céu e ver que não há nuvens.
Fazei como o (grande) autor:
Ide votar bem cedo e dirigi-vos à praia, sem trânsito e com um pacotinho de dever-cumprido no bolso das moedas da tanga.

terça-feira, maio 31, 2011

Fric

Não há qualquer mal numa pessoa freak.
Mas há muito mal numa pessoa que tem a mania que é freak.
Porque, quem tem a mania que é freak fala muito alto e tenta desesperadamente chamar a atenção dos outros para o seu nível de pseudo-freakez.
Ora, pelo contrário, um freak verdadeiro é isso mesmo.
Freak.
Fica sentadinho no seu cantinho, a revirar os olhinhos e a juntar as pontinhas dos dedinhos da mão direita nas pontinhas dos dedinhos da mão esquerda enquanto observa quem passa e murmura frases imperceptíveis ao ouvido humano, mas que o freak acha que os cães entendem.
Agora, uma pessoa com a mania que é freak parece a árvore de natal de Rockefeller Center no meio de uma praia da Costa da Caparica, mais ou menos do género daquela em frente ao restaurante do Barbas.
Quem tem a mania que é freak também tem a mania que os outros são surdos, porque berra muito ao telemóvel.
E diz sempre coisas esquisitas.
O mania-que-é-freak nunca berra "Estás com pouco sinal!! Arroz! Sim, arroz é o que falta lá em casa! Podes também comprar puré, mas do congelado, não compres daquele em pó!"
O mania-que-é-freak berra sempre qualquer coisa como "Eu faço um piercing onde me apetecer! Se for no péns é no péns, se for na nuca é na nuca!"
O mania-que-é-freak também tem a mania que é daltónico e que anda assim meio de ladecos, apesar de ter usado botas ortopédicas entre os 4 e os 7 anos.
Já o verdadeiro freak comunica pouco, é reservado e geralmente assassina alguém quando fizer 28 ou 29 anos.
Mas sem avisar.
Claro, o mania-que-é-freak está sempre a ameaçar matar alguém ou suicidar-se, mas nunca concretiza.
Especialmente na parte do suicídio, o que seria um grande favor à comunidade em geral, e um grande favor à sua vizinha de baixo em particular, que está farta de ter infiltrações no tecto da casa-de-banho de cada vez que o mania-que-é-freak decide fumar sestâncias (como ela diz) enquanto toma um banho de impressão (como ela diz) e a água começa a transbordar depois de o mania-que-é-freak desmaiar porque o parvo tapou o ralo de emergência, para a alma não lhe ser levada na corrente de água quente enquanto ele quase se afoga.
Enfim, freaks.

domingo, maio 29, 2011

Yes We Kant

Um gajo aprendeu no secundário que o amigo Kant dizia "age segundo a máxima tal que possas querer que esta se torne uma lei universal".
Ora, um gajo curtia o Kant, "tolas", para os amigos.
Tolas, de Kantolas.
Assim, na sua vida, o (grande) autor tende a seguir essa linha, mesmo quando há umas tortas aliciantes pelo meio.
Linhas tortas, entenda-se, nada tem a ver com tortas de chocolate ou de limão.
Tudo isto para dizer que hoje à tarde, em plena bomba de gasolina da rotunda do relógio, o (grande) autor viu-se abordado por um americano acabado de aterrar em Lisboa e munido de um carro alugado, com uma prancha no tejadilho.
Precisava o americano de saber como se ia para a A2, porque, sem destino certo, queria ir apanhar umas ondas no Sul durante uns dias.
Ora, um gajo sabe que podia dar uma explicação mal amanhada e seguir a sua vida, tendo 99% de certeza de que o homem iria acabar algures entre Campolide e Sete Rios.
Vai daí, manda-se uma Kantada e... siga o meu carro que eu deixo-o no Eixo Norte-Sul e a partir daí é sempre em frente.

quinta-feira, maio 19, 2011

Ganges

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Frase apropriada para certos dias ou certas pessoas:

Eu nunca pagarei portagem para atravessar o rio Ganges, porque o rio Ganges está dentro de mim.
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quarta-feira, maio 18, 2011

Mediação Púdica

Porque é que o símbolo do Gabinete para a Resolução Alternativa de Litígios, vulga Mediação Pública, é um par de seios?

terça-feira, maio 17, 2011

E agora para uma coisa totalmente distinta

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Senhoras e senhores, é com grande prazer que vos é apresentado o único, o famoso...

Cacto Mickey


quarta-feira, maio 11, 2011

Banda Imaginária

Se o (grande) autor tivesse uma segunda banda imaginária (sim, segunda, porque a primeira existiu entre o 6º e o 8º ano dum gajo e de 4 amigos seus, os famosos Metamorfose Espontânea) chamar-se-ia sem dúvida her boyfriend's best friend's dog
Mas haverá melhor nome que este??

terça-feira, maio 10, 2011

Ich bin ein festivaler

Deu-se conta hoje o (grande) autor de como funciona o festival da canção (doravante denominado FEST), a nível de votações.
Sim, vários anos após, só hoje a realidade FEST atravessou a estrada.
Sim, é como não saber a regra do fora-de-jogo, sim, uma fogueira e um pelourinho, por favor.
Bom, mas a razão de ser destas linhas é a de que, segundo as regras elaboradas pelos donos do FEST, um residente em determinado território não pode votar na canção levada ao palco pela banda que representa esse território.
Faz sentido, porque senão iria à final sem espinhas a canção da banda (a palavra "banda" está a cair em desuso, não pode ser) que representasse o país com maior número de habitantes.
No entanto, assim, seguindo a mesma linha de pensamento dos donos do FEST, vai à final sem espinhas a canção da banda que representar o país com maior número de emigrantes.
Ou seja, a presença na final está no papo.



ps - para quem tipo-(grande)-autor, hoje era o público a votar, para definir que canções irão à final, onde será o júri a decidir o vencedor do FEST.

sexta-feira, maio 06, 2011

A razão pela qual o Benfica perde.

Nunca aqui se escreveu sobre futebol, em jeito de treinador de bancada.
Um dia não são dias.
Mas um gajo é sócio e paga quotas, por isso tem direito a falar.

O Benfica perde porque os jogadores não sabem que camisola têm vestida.
Os Cardozos deste plantel não sabem o que significa jogar com o nosso emblema ao peito.
Digo Cardozo porque é o exemplo mais forte de um jogador que não se esforça, não sua a camisola, não corre, não tenta, não estica o pé, não mete a cabeça, não chora quando o Benfica perde.
Não digo que tenha de ser o Messi, mas que pelo menos tente ao máximo dar o seu melhor.
Jogar pelo Benfica devia ser um sonho de pequenino de todos os jogadores do Benfica.
Como no Barcelona.
90% dos jogadores do Barcelona jogaram nas escolas do clube e o seu sonho máximo é o de representar o Barcelona.
Fazem tudo por tudo para não sair do clube, porque é aquilo que mais querem, jogar pelo Barcelona.
Consequentemente, esforçam-se ao máximo e o Barcelona arrasa equipas como o Real Madrid.
Jogadores como o Gaitán, Di Maria, Ramirez, etc... só vão para o Benfica para se lançarem no futebol europeu e sairem do Benfica para ir para outro clube, supostamente, maior.
Por isso é que o Benfica perde, porque os jogadores não dão tudo por tudo.
O Benfica devia ter 11 Ruis Costa em todos os jogos.
Porque 11 verdadeiros benfiquistas correm atrás da bola como se a vida deles dependesse disso.
Agora, acham que o Cardozo ou o Gaitán vão para casa com remorços pela merda que fizeram em campo e pelo que não correram?
Claro que não, porque o Benfica é o maior e o cheque deles vai lá estar no fim do mês.
Eu tinha vergonha, desiludir assim tantos milhões de pessoas.
Ou, se isso não for vergonha suficiente, teria vergonha de desiludir assim os meus companheiros de equipa, gajos como o Fábio Coentrão ou o Maxi Pereira ou o Javi Garcia, que carregam a equipa às costas.

Benfica aos benfiquistas, fora os oportunistas.

segunda-feira, abril 11, 2011

Este Blog

Este blog existe desde 2005.
Desde o dia 3 de Agosto de 2005, para ser mais preciso.
Um gajo não percebe porque é que as pessoas dizem isto.
"para ser mais preciso".
Basta dar a informação mais precisa e pronto, está-se a ser mais preciso, não é preciso informar que se o está a ser.
Enfim, retomando.

Este blog existe desde o dia 3 de Agosto de 2005 e desde aí já passaram quase 6 anos.
Em 6 anos muito mudou, caneco.
E pronto, era só isto.
E já é muito.

domingo, abril 10, 2011

custjust

O (grande) autor é grande adepto do custo justo.
A sério.
Já por lá vendeu um armário de casa-de-banho e uma estante.
E, como grande adepto, passa algum tempo a procurar artigos interessantes e passíveis de serem adquiridos por alguém quando em estado sóbrio.
Sim, porque ele há artigos à venda que apenas serão comprados, com toda a certeza, por pessoas em estado de completa embriaguez.

Geralmente, as imagens falam pelo objecto, mas anunciantes os há, que preferem descrever qualitativamente os seus artigos.
E não há melhor anúncio do que aquele cujo título se embeleza com adjectivos.
- Lindo vestido de cerimónia
- Tapete lindíssimo
- Saia fresquinha
- Lindíssimo lustre em cristal


Faz sentido, porque, convenhamos, quem é que quereria comprar
- Tapete de Arraiolos com os cantos comidos por cão frenético (cão com pedigree)
- Frigideira inox cheia de sarro (fácil de remover, se lavado)
- Cueca linda marca dim (facilita a evacuação, por ter conveniente buraco no rabo)
- Ténis airwalk com pouco uso (ideal para pessoa sem olfacto)

sexta-feira, abril 01, 2011

5 do 6

Prriiiiiiiiiii.
Intervalo.
Podem ir à casa-de-banho fazer uma chichoca, comer umas pipocas no bar, um cachorro-quente, um nougat, magnum chocolate, coca-colinha, conversar e esticar as pernas.
Daqui a 15 minutos recomeça o jogo.
Esperem.
Acaba de nos chegar uma informação de última hora...
Sim...
Confirma-se...
Não serão 15minutos de intervalo.
AAHHhhhh...
Serão DOIS MESES de intervalo!
Dois meses, senhoras e senhores!
Incrível.
Bom, é melhor o espectador voltar a sentar-se, conseguir uma posição o menos incómoda possível e esperar.
E depois esperar mais um bocadinho.
Pode ser que no intervalo passem uns vídeos daqueles para rir, como o do Futre, um gajo sempre se vai distraindo.
- Aquele gajo tem tanta piada pá...
- Pois é... mas oh António, isto é o intervalo de quê, afinal?
- Sei lá... Olha o gajo... ahahah, vai vir charters... Que granda maluco!
- Eheheheh
- Eheh
- Eh
- Eh
- ...
- Eh.

sexta-feira, março 25, 2011

O Banco Dos Trocos

Um gajo entra numa estação dos CTT às 9h09 da manhã.
Um gajo tinha acabado de subir 6 andares a pé (elevadores avariados) num edifício relativo à profissão dum gajo, para ir buscar uns papéis do mesmo género.
Claro que no serviço do local dizem que não têm multibanco, mas que um gajo pode ir levantar dinheiro ao multibanco lá em baixo e estúpido é um gajo por ter pensado que um serviço público poderia ter multibanco.
Ora, multibanco lá em baixo.
Que bom.
Um gajo desce os mesmos 6 andares a pé, a pensar no quão bom vai ser ter de voltar a subir os 6 andares a pé, para depois os voltar a descer.
A pé.
Um gajo levanta o dinheiro.
Pensa que é melhor trocar a nota por moedas, não vá o serviço no local não ter também troco e um gajo ficar a arder.
Um gajo às 9h09 da manhã entra numa estação dos CTT.
- Bom dia, pode trocar-me esta nota por moedas, por favor?
- Hmm...
- É que ali no serviço do local não têm multibanco e eu estou mesmo a ver que não vão ter trocos também.
- Hmm...
- Pode??
- Oh meu Senhor, isto não é um banco de trocos.

Ora bem, que se poderia ter respondido a tal afirmação?

Hipótese 1:
- Ah, não é? Olhe que pensava mesmo que era. CTT não quer dizer Cantinho com Tantos Trocos?

Hipótese 2:
- Ahhh, que estranho, nunca tinha ouvido falar em banco de trocos... já tinha ouvido falar em banco de esperma, banco de jardim, bancumabebedeira incrível, mas banco de trocos nunca tinha ouvido.

Hipótese 3:
- (som de uma arma a disparar uma bala na direcção do ombro da funcionária, só para magoar, não para matar, que um gajo é civilizado)

A muito custo, enquanto dizia frases do género "pois, devia ir ao banco trocar a nota, aqui não temos serviço de trocos", e remexia naquela caixa completamente a abarrotar de moedas de todos os valores, a simpática senhora lá ia trocando a nota de 5 e falando naquele tom de quem tem um pequeno poder na mão, já que em casa não tem com quem exercer os pequenos poderes porque o gato vestido com aquela camisola horrível que ela lhe tricotou no natal e com a qual depois o sentou à mesa com aquele ar de mas-porque-raio-estou-eu-aqui-sentado-e-estás-a-falar-comigo-como-se-eu-pudesse-preencher-esse-vazio-na-tua-vida está-se bem a marimbar para se ela grita com ele ou não porque o máximo que pode acontecer é ela "esquecer-se" de lhe dar de comer e depois ele "esquecer-se" de que a cama de casal dela, apesar de ela só usar um dos lados e ninguém usar o outro, não pode ser usado como caixa de areia e ele sabe bem que ela não quer que tal volte a acontecer porque tirar o cheiro a urina de gato dos lençóis é um granda pincel, bem maior do que ter de aquecer para ela própria todos os dias, sozinha, aquelas refeições pré-cozinhadas enquanto vê o malato e conversa com ele já que o gato nunca lhe responde e ao menos o malato responde embora nunca faça sentido porque, embora ela não queira acreditar, o malato não a consegue ouvir, apesar de ela ouvir o malato na perfeição.
 
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