em atitude burguesa, incompatível com o seu bolso camponês, o (grande) autor decidiu ontem apanhar um táxi para se deslocar de aqui para ali.
como o futebol não seria a conversa mais interessante, visto o glorioso ter deixado o guimarães ganhar, decidiu-se por puxar o assunto "as-obras-do-metro-do-saldanha-nunca-mais-acabam-não-é-ó-chefe?".
o taxista, mortinho por cascar nos governantes, apressou-se a contar uma história, como exemplo da lentidão deste país.
"c'andeu tavali na praça de taxs de sete rios, aí há uns...vintianos...vi uma vez uma cena...quédzer...em Portugal as coisas não é pa se fazer...é pa sir fazendo...
então não é que tava um buraco aberto dumas obras. uma noite, andaram lá aí uns 7 ou 8 calceteiros a fechar o buraco, porque as obras tinham acabado. no dia seguinte, eu pegava às 11h da manhã...e o buraco tava aberto outra vez!!
eu até fui lá perguntar então mas vocês esqueceram-se aí dalgum tesouro dentro ou quê??
e os gajos respondem-me que não, que as obras agora eram para o gás e que os outros que fecharam o buraco eram dos telefones...
e pronts, lá continuou o buraco aberto mais uns meses..."
chegado ao destino, o (grande) autor pagou e, em jeito de despedida, desejou boa sorte ao taxista e que "a ver se as coisas agora andam prá frente..."
o senhor respondeu prontamente:
"atão não hão dandar?? f...-se, mais pra trás é que não dá!!"
Há 1 semana
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