Chegou-se a uma idade em que os nossos amigos e amigas começam a ser alguém na vida, a ter um papel no Mundo para além de ser um colega de carteira, a rapariga com quem vamos ao cinema às duas da tarde, o guarda-redes da nossa baliza, a menina que beijamos no corredor, aquele que nos ganha ao berlinde, aquela com quem jogamos às cartas no autocarro na excursão à capela dos ossos...
Hoje em dia o (grande) autor pode orgulhar-se de ter amigos engenheiros, médicos, psicólogos, arquitectos, paisagistas, químicos, empresários, advogados, professores, jornalistas, gente com mais um sem fim de funções e gente que faz nada.
Porém, ter uma função não é o mesmo que ter uma profissão.
Há profissões que são meras funções e funções que são plenas profissões.
A diferença reside no detalhe de se fazemos aquilo que queremos ou se fazemos só por fazer aquilo que fazemos.
Por exemplo, neste momento, está este gajo a ouvir uma música de um (grande) amigo seu.
Alguém que continua a lutar por aquilo que quer fazer, apesar do percurso académico e laboral o levar para longe da luz.
Aqui está a diferença, o que separa o preto do branco, o carneiro do lobo.
E escrevendo a frase mais foleira de sempre, há que dar cor a uma vida a preto ou branco numa sociedade cinzenta.
"Numa altura em que esta arte põe de parte o secretismo
Eu sublinho a importância de apelar ao revivalismo
Para falar e responder não é preciso uma pergunta
Sabes como eu sei, eu estou mais forte do que nunca"
.........................................LSB
Há 1 semana