quarta-feira, setembro 27, 2006

eu estou doente

um agente da autoridade foi detido, por ter tido um comportamento violento na junta médica da PSP de não-sei-onde.
mas, porque razão se "passou" o shô guarda?
porque estava de baixa psiquiátrica há mais de um ano e agora a junta médica vinha dizer que, após exames, consideram que o senhor está apto para toda a actividade (!!!!!).
que horror.
um homem está louco, está fora de si, está mal psicologicamente, está de baixa, claro!
está uma pessoa muito bem em casa e agora vem um grupinho de doutores dizer a um gajo que está apto para trabalhar?
para tra-ba-lhar?!!??
o (grande) autor tentará agora reproduzir o diálogo:

- pois é, caro senhor, você está óptimo, pode começar a trabalhar outra vez já amanhã.
- tou o quê?
- está óptimo, o senhor revela melhorias vastas, os exames médicos indicam que poderá voltar ao trabalho.
- mas eu estou de baixa psiquiátrica!!
- estava, meu amigo, agora já o avaliámos e você, que sorte, pode voltar a vestir o uniforme.
- ai, acho que tou aqui a ter um acesso de raiva...
- como?
- é. tá-me mesmo a dar prá loucura...apetece-me mesmo partir aqui esta moldura com a fotogafia dos seus filhos...
- desculpe? não estou a perceber...
(CRASH!!)
- ups...oh meu amigo, diga-me lá que eu não estou louco que eu parto-lhe aqui o consultório todo.
- mas você passou nos exames, você está bem!!
- ai tou??
(CRASH, CATRAPIMBA, PUMBA, BANG)
- aaaa....
- e já agora, assine-me lá os papéis para o resto da baixa, senão, louco como estou, ainda lhe parto uma perninha ou duas.

domingo, setembro 24, 2006

porquê (grande) autor ?

porque é que o (grande) autor se auto-intitula desta forma, perguntam vocês, (grandes) leitores.
passará aquele a explicar.
numa noite de folia, numa casa denominada de "casa aberta", utilizada para convívio jovial e exposições variadas, deparou-se o (grande) autor com a seguinte situação:
estava sentado no chão, em converseta com amigos e amigas, encostado a uma ombreira de uma porta.
porta essa que dava para um quarto, onde se encontrava uma mini-exposição de fotografias.
as fotografias, algumas, tinham futuro, outras, nem tanto.
cervejola aqui, o-benfica-é-o-maior acolá, o governo-isto-e-aquilo, quando surge um rapazola que se interpõe no espaço físico do nosso debate.
diz o rapaz então ao (grande) autor, com os bons modos de um rinoceronte a quem lhe enfiaram o próprio corno no ânus:

- olha lá, sai daí que tás a tapar a entrada para a minha exposição.
- desculpa?
- sai da porta que tás a impedir a passagem para a minha exposição.
- não tou nada, dá para as pessoas passarem perfeitamente.
- olha lá, quantos anos é que tens?
- 21, porquê?
- pois...eu tenho 27. se tu fosses artista e autor, percebias o que eu quero dizer.

claro que o mestre ignorou o rinoceronte indisposto e continuou a conversa com os seus amigos, desta feita gozando com a atitude sobranceira do animal da savana, mais ao menos até ao resto das suas vidas.

sexta-feira, setembro 22, 2006

a minha mãe não me deixa emprestar

o (grande) autor, neste último ano do seu curso que decorre, faltou a algumas das aulas iniciais a uma dada disciplina.
como tal, na aula seguinte a que foi, há dois dias, tentou providenciar uma forma para obter tal matéria, fundamental para aprovar o exame.
assim, puxou dos galões, arregaçou as mangas, ajeitou as zonas baixas, fungou o nariz e decidiu-se a tocar na rapariga sentada à sua frente.
a menina acusou o toque e logo se virou para trás com ar galante.
o (grande) autor, bonito como é, logo fez uso dessa que não é a sua melhor arma, mas que não o deixa ficar mal, abrindo muito os olhos azul-cor-de-tejo e encetando o seguinte diálogo:

- olá, desculpa, vieste às duas últimas aulas?
- sim, vim. porquê?
- ah, é que eu faltei e estava a pensar se não me poderias emprestar o teu caderno para tirar fotocópias dessas aulas...
- hhmm...não sei...não costumo fazer isso.
- aaahh...mas era só tirar as fotocópias agora a seguir a esta aula, dava-te o caderno logo, eram 2 minutos.
- pois, mas eu nunca emprestei o meu caderno a ninguém e não o vou começar a fazer agora, porque assim que se abre uma excepção, depois nunca mais se volta atrás.
- (????!!!????) aahh... ok, deixa estar então, obrigado.

e foi assim que o nosso herói, por uns breves 32 segundos, voltou à primária e se voltou a encontrar com aquela rapariga que não lhe emprestou a caneta de feltro vermelha para pintar o símbolo do benfica.

quinta-feira, setembro 21, 2006

amolador


como nem só de parvoíces trata este espaço, aqui fica um pouco de cultura de bairro.
felizmente, nasceu o (grande) autor num bairro em que todos os dias se ouvia um silvo no ar.
mais tarde mudou de casa, mas manteve-se na mesma zona, ouvindo ainda o silvo.
o silvo provinha da flauta do amolador.
o amolador é aquele senhor (rimou) que anda de um lado para o outro, consertando guarda-chuvas, facas e afins alheios.
na sua bicicleta ou no seu carrinho, vai tocando a sua flauta, chamando os clientes à rua.
hoje em dia há muito poucos e (tristemente) as gerações mais recentes já não os reconhecem.
no meu bairro ainda há e ainda hoje o vi, à chuva.
tocava a sua flauta e procurava clientes, calmo, como se em 1986 estivéssemos.
ou isso, ou então estava completamente entupido em prozacs, para andar tão calmamente debaixo do chuveiro natural que se instalara.
pronto, lá tinha que vir a parvoíce...

quarta-feira, setembro 20, 2006

mais conselheiro CINEmental

o conselheiro CINEmental volta em grande força, depois de uma estada numa bela estância, chamada "águas de bacalhau".
sejam aconselhados CINEmentalmente.
sejam felizes.

senhoras vs homens

em dia passado, deslocou-se o (grande) autor até à loja de desporto decathlon.
acompanhado de um amigo, ambos com vontade de ver e tocar todo o tipo de utensílios para a prática de desportos variados, deambularam pela superfície durante hora e meia, mexendo em tudo mas comprando nada.
em análise ao tipo de clientes e seu comportamento na loja, deparou-se o (grande) autor com uma verdade incontornável e de imenso peso social:
os homens vão à decathlon como as senhoras vão à zara.

o sexo masculino também têm necessidades de vagueio em lojas, tal como as suas colegas do sexo oposto.
a diferença é que estas vão às zaras, bershkas, stefanels e demais...enquanto aqueles vão às decathlons, sportzones, casas dos pneus e afins.
(alguém se lembra da casa dos pneus?? bela casa.)

as senhoras provam biquinis, calças, camisolas, roupa interior, chapéus e malas, fazendo comentários aos próprios corpos e aos das amigas.
os homens, por seu turno, jogam à bola com o pretexto de que estão a ver se a bola "agarra bem".
assim como andam de skate para verificar o estado dos rolamentos.
jogam basebol porque nunca puderam jogar e estão sempre a ver nos filmes americanos.
atiram bolas de rugby e futebol amAricano uns aos outros a distâncias de 15 metros.
fazem swings com tacos de golfe, quase atingindo os outros clientes.
provam luvas de boxe e dão socos nos sacos em exposição.
experimentam bicicletas e trotinetes.
ou perguntam o preço das pranchas de longboard e de wakeboard.

porém, no final, homens e senhoras fazem o mesmo:
saem de mãos a abanar.
as senhoras devolvem os 23kg de roupa que experimentaram às empregadas, para que estas as dobrem e arrumem, saindo em direcção ao café mais próximo para debate pós-experimentação-de-roupas.
os homens, pousam tudo no chão ou arrumam fora do lugar, saindo em direcção à tasca mais próxima, imaginando-se a competir entre todos num desporto para cuja prática não adquiriram material.

terça-feira, setembro 19, 2006

o aspira-bosta

muitos lisboetas têm cãozinho ou cadelinha.
muitos lisboetas são uns cãezinhos e outros apanham cadelinhas, mas isso é outra conversa.
ao que o (grande) autor quer chegar é que em Lisboa há muito cão e cadela por aí a passear-se.
como geral e infelizmente os donos dos cães não apanham os restos dos seus animais, agora há um novo funcionário camarário (rimou) que por aí anda a fazer o papel de dono, sem sequer ter cão.
este tipo de funcionário faz parte de uma nova estirpe de super-herói, recente, que se passeia numa motoreta.
pois é, o salvador das solas dos nossos sapatos vai de mota, pelos passeios, com um super-aspirador atrapado ao veículo bi-rodal.
de passeio em passeio, vai aspirando as mousses e éclairs do chão, para que nós não os levemos para casa, bem embrenhados nas solas.

é caso para os miúdos dizerem:
"é um pássaro? é um avião? não!! é o aspira-bosta!!! EEEEEEHHH!!!"

assim, tomem nota desta (óptima) medida camarária e lembrem-se, se ouvirem uma mota no passeio, pensem duas vezes antes de derrubar e espancar o motociclista, pois poderá ser o aspira-bosta, aquele que, literalmente, limpa a merda que os outros fazem...

domingo, setembro 17, 2006

já lá foste?

o ser humano é estranho.
tem uma necessidade forte de divulgar ao seu semelhante todo e qualquer facto agradável que conheça.
as pessoas, quando vão jantar a um restaurante bom, não descansam enquanto não contarem a todos os que conhecem, como é óptimo o sítio onde comeram o repasto.
é um defeito do ser humano, porque aposto que as leoas não vão contar umas às outras onde é que existem os melhores antílopes para se caçar, ou as zebras mais saborosas.
ainda há uns meses, foi o (grande) autor comer que nem um alarve a um restaurante porreirinho.
há dias voltou lá o nosso mestre, tendo-se deparado com um aglomerado de populaça tal, à porta, que seguiu o seu caminho para outro local-de-encher-o-bandulho.
é assim, o pessoal não descansa enquanto não conta ao vizinho, ao porteiro, ao segurança, ao arrumador, que conhece um sítio assim e assado, muita bom e barato.
eu cá, sou apologista de que não se deve divulgar os sítios onde vamos, porque senão, passados uns tempos, já o local está povoado e com tendência a piorar.
e quem diz restaurantes, diz praias, jardins, parques e afins.
nunca percebi porque é que as revistas ditas "de qualidade" têm aquela necessidade de divulgar listas sobre as praias mais bonitas e desertas de Portugal.
inserem as listas em artigos pouco claros e com bastantes fotografias, com o objectivo de divulgar, simplesmente.
enfim, daqui a uns anos já não haverá sítios desconhecidos nem por explorar.
não digo que não seja bom receber um bom conselho sobre qualquer coisa, mas com a tendência para o passa-palavra dos tugas, rapidamente o local agradável passa de "bom e sossegado", para "bom, mas chei' da malta".

sexta-feira, setembro 15, 2006

uma achega

como diriam clara pinto correia e margarida rebelo pinto, um pouco de plágio não faz mal a ninguém.
assim sendo, lá bai disto:

sabem como é que o macgyver sai do deserto utilizando apenas uma laranja e o seu marido, o canivete suíço?

o macgyver pega no canivete e parte a laranja ao meio.
da laranja espreme o sumo.
do sumo retira a vitamina.
separa a "vita" da "mina".
com a mina provoca uma explosão.
a explosão provoca um terramoto.
separa a "terra" da "moto".
pega na moto e vai-se embora.

quarta-feira, setembro 13, 2006

análise de poema

tal como se analisam os poemas de Pessoa no secundário, pensa o (grande) autor ser de extrema urgência a análise de canções infantis cantadas por esses recreios fora.
assim:

sete e sete são catorze
com mais sete vinte e um
tenho sete namorados
mas não gosto de nenhum

ora, começando pelo primeiro verso:
sete e sete são catorze, denota uma forte capacidade das crianças para a matemática.
está arruinado o mito de que os portugueses não têm jeito para a matemática.
escusam os jovens de, a partir de agora, ir para letras "para fugir à matemática".

segundo verso:
com mais sete vinte e um, confirma a tendência patente no verso anterior.

terceiro verso:
tenho sete namorados, denota uma grande promiscuidade não revelada pela juventude.
enquanto se pensa que as criancinhas estão a jogar ao berlinde ou a saltar à corda, eis que, subliminarmente, se afirma numa canção a predisposição para o namoro.
salienta-se aqui também o sentimento de partilha entre o género masculino, que não se importa de compartilhar a namorada, tal como empresta as canetas de feltro.

quarto verso, finalizando:
mas não gosto de nenhum.
aqui é utilizada uma metáfora, fortíssima.
dado que a moçoila tem sete namorados mas não gosta de nenhum, é claro como água engarrafada que a catraia está apaixonada pelo figo, o ex-jogador com o nº 7 da selecção portuguesa de futebol.
ou então, que é lesbiana.

sexta-feira, setembro 08, 2006

uma análise brilhante

há uns dias, estava o (grande) autor nas suas lides nocturnas numa tasca da nossa Lisboa, quando, em conversa inevitável com um nativo sobre o recente caso "mateus", este mesmo espécime bolsou a mais simples e completa análise ao caso.
passo a citar:

" (...) eu não sou leigo nestes assuntos, mas o problema é que o major (valentim loureiro) fez tudo nos conformes!! aí é que está a porra!! "

tá feito...foi o mordomo!

quinta-feira, setembro 07, 2006

73 virgens

o pessoal já sabe que morrer em nome de alá dá direito a 73 virgens no além.
o além não é um bar no cais do sodré, mas sim o sítio para onde um gajo vai parar depois de morrer em nome de ála, vulgo, "paraíso".
entonces, morrer em nome de alá é sinónimo de "desflorar-73-virgens-novinhas-em-folha-lá-no-paraíso".
porra.
como diz um amigo meu, então um tipo esfola-se a trabalhar cá na terra, um gajo mata-se lá nas obras e depois de morrer em nome divino ainda tem de ir desmamar meninas?
quer dizer, o pessoal cá em baixo desgrunha-se em trabalhos pesados, come mal o mês inteiro, poupa para ir à bola aos fins-de-semana e ainda tem de, depois de batida a bota em nome do senhor, ir ensinar virgens a brincar aos médicos??
pelamordedeus...
isso das virgens não interessa a ninguém!
o que interessa hoje em dia, é morrer em nome do senhor, mas chegar ao paraíso e ter 73 pamelas anderson, que sabem o que fazem!
73 porno-stars, habituadas às lides sexuais e que não precisam de indicações!
agora um gajo sacrificar-se, mas chegar ao paraíso e ter de dar uma de professor pardal no jardim de infância da casa pia?
poupem-me à crise...

segunda-feira, setembro 04, 2006

top ten dos mais odiados

aqui fica um top ten [elaborado pelo (grande) autor ], das pessoas mais odiadas pela maioria dos portugueses, na actualidade:

10º - josé castelo-branco (porque sim)

- osama bin laden (porque fica bem ser anti-terrorista)

- abel xavier (pela mão no jogo contra a frança)

- george w. bush (porque é mesmo estúpido)

- zidane (pelos dois penaltis concretizados)

- durão barroso (por ter fugido para bruxelas, para comer couves dum tacho)

- herman josé (por nos ter dado "o tal canal" e o "hermanias" e agora nos dar a merda do "herman sic")

- o "espanhol" (porque quase todos os tugas odeiam os espanhóis)

- pauleta (por ser o maior falhado da história do ataque futebolístico nacional)

- antónio fiúza - presidente do gil vicente (vejam uma conferência de imprensa dada pelo senhor e percebam porquê)
 
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