domingo, dezembro 31, 2006

primeiros números natalícios

entre 22 e 25 de Dezembro, os portugueses enviaram cerca de 427 milhões de mensagens escritas.
ora, a (pelo menos) 0,o9€ a mensagem, dá um total de ....
38.430.000 €
(trinta e oito milhões, quatrocentos e trinta mil Euros)
pelo menos, porque nem todos pagam 0,09€ a mensagem, há quem pague 0,12€ ou 0,15€.

adiante.
e para quem vai esse dinheiro?
instituições de caridade?
associações promotoras de bem-estar social?
para a conta do (grande) autor?
para a conta do (grande) leitor?
nem para o governo???
(bem, uma parte ínfima irá, indirectamente, através dos impostos)

acertaram.
tchan tchan tchan tchaaaan!!
vão sim para os cofres das empresas de telecomunicações.

aquelas mesmas que acusamos de serem manipuladoras, controladoras e de praticarem preços excessivos.
e depois circulam aqueles mails a incentivar ao "dia-sem-telemóvel", para criar rombos nos lucros das empresas e forçá-las a baixar os preços.

deixem-me rir.
e continuar a pagar.

sábado, dezembro 30, 2006

E.R.evolta

os médicos estão em luta.
mais concretamente, 19 directores hospitalares do hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, que se demitiram, por causa de um sistema de controlo de entradas e saídas via impressão digital, que ainda nem sequer foi implementado.
"Depois da Inspecção-Geral de Saúde ter concluído que mais de 70 hospitais não estavam a controlar faltas e atrasos dos médicos, o sistema de controlo de assiduidade está a ser implementado em vários hospitais."
(fonte TSF online)

ora bem, vamos à luta!
porquê?

"José Pedro Silva, presidente da secção regional do Norte da Ordem dos Médicos, diz que o sistema só prejudica o exercício da actividade médica, acrescentando que os médicos não podem estar sujeitos a horários rígidos. (...) O responsável acrescenta, ainda, que se for implementado este sistema de controlo rígido de horários, «o mais provável e que os médicos comecem a trabalhar menos, porque perante este tipo de sistema vão passar também a sair à hora que está estipulada no horário, independentemente dos doentes que estiverem à espera»."
(fonte TSF online)

sim senhor!!
qual querer-se perceber quais são os médicos que chegam tarde qual quê!
o que interessa é que os médicos tenham a liberdade de entrar e sair como e quando quiserem, sem se sentirem pressionados.
não interessa quem falta, quem trabalha para tapar a falta de outro, quem trabalha pouco ou muito, quem pica o seu ponto ou o do colega.
interessa sim que o médico não se sinta algemado ao estetoscópio.

até porque, já pusémos homens na Lua, mas não conseguimos, através de um sistema de controlo eficaz, perceber quem é que fica até mais tarde para operar ou quem é que não veio porque foi de férias antecipadas??

já agora, se um médico falta, passa um atestado médico a si próprio?
"Olhe que não, Sr. Doutor, olhe que não..."

sexta-feira, dezembro 29, 2006

mais uma pérolazinha

o (grande) autor divulga aqui mais um cheirinho de bom português, emanado de alguém que não me consigo recordar, após uma pergunta de uma jornalista.
alguém esse que até deve agradecer este excesso de consumo de queijo por parte do (big) author.
senão atentem:

"pois minha senhora...isso, muito possivelmente...vai ser impossível."

domingo, dezembro 24, 2006

a todos os opinadores

uma páscoa feliz com muitos ovinhos e coelhos de chocolate.
no entanto, cautela com as dores de barriga.
e se tiverem problemas intestinais, tomem aquele medicamento cujo slogan publicitário reza assim:

"não-sei-quê...para parar a diarreia, antes que ela nos pare a nós."

HO, HO, HO.

quinta-feira, dezembro 21, 2006

os meus presentes

quero para o natal:

- um concerto de nirvana no coliseu de lisboa
- o magnusson de novo no Benfica
- o aeroporto para sempre na portela
- o herman com o cabelo castanho
- Lisboa sem parquímetros
- um loft em Nova Iorque

mainada.

quarta-feira, dezembro 20, 2006

uma ceia de natal (parte II)

Efectivamente, lá vinha o Tiago, de 24 anos, mas o único ainda com paciência para se mascarar e fazer os três sobrinhos mais novos felizes.

O Ricardinho, de 3 anos, que nem sequer repara no esforço inglório do tio, entretendo-se antes a rabiscar o chão de mármore da sala, com umas canetas de acetato que a sua prima mais velha, Teresa, 8 anos, lhe tinha dado especialmente para o efeito.
A Margarida, de 6 meses, dormia no sofá da sala, enquanto dois primos lhe queimavam as pontas dos cabelos com o isqueiro do pai, e a já referida Joana, que em vez de apreciar o trabalho do seu tio, preferia estar a comer os restos das bolachas que se encontravam num pires, no chão que, supostamente, pertenciam ao gato.

O gato é o "capado", nome que vem, é claro, do facto do gato ter sido capado aos 4 meses, após ter estabelecido o recorde do quarteirão na categoria de procriação, visto ter engravidado as 7 gatas da vizinha de cima, tendo , para se deslocar de casa em casa, utilizado as escadas de emergência do prédio.

Enfim, lá vinha o valente Tiago, que já dava graças a Deus por ter corrido tudo bem na entrega das prendas, quando, ao sair da varanda, sofreu uma rasteira dada pelos seus sobrinhos gémeos, um de cada lado, numa mistura de Jorge Costa e Paulinho Santos, indo embater com a cabeça no corrimão da varanda, abrindo-a de par em par, criando um pequeno ribeiro de sangue, o que despoletou uma berraria geral.

Uns pelo facto de a varanda estar a ficar suja, outros pelo simples facto do pobre rapaz ter rasgado as calças novas na queda e ainda outros pelo facto de a coca-cola ter acabado e não haver nenhum supermercado aberto onde comprar.

Os únicos que prestavam atenção ao rapaz inanimado no chão eram os dois gémeos, que apenas se aproveitavam da posição ridícula do tio para se rirem às gargalhadas e lhe darem uns quantos pontapés nas costas e nas pernas, terminando a actuação com um glorioso atirar da água que se encontrava no jarro mais próximo para cima do corpo do tio, que já estava coberto por dezenas de papéis de prendas, atirados para lá à toa, após o "ataque" aos sacos destas.

A avó, ao reparar que as suas hortenses tinham acabado de ficar sem a sua preciosa água e a sua varanda estava atulhada de papel de natal, decide:

-Vá lá meninos, tudo na rua, já é meia-noite e doze e eu quero-me ir deitar! Apanhem os papéis, lavem a louça, acordem o Tiago e digam-lhe para limpar a porcaria toda que fez na varanda, dêem de comer ao gato e ponham os meus presentes em cima da minha cama. Os presentes de que não gostarem, ponham-nos em cima da mesa que eu dou-os como prendas ao pessoal lá da repartição.

E assim foi. O Tiago passou mais uma noite de natal no hospital, todos tiveram as prendas que não queriam, exceptuando o Pedrinho, que recebeu o cócó falso que já ambicionava há tanto tempo, os tios foram levar as avós a casa, em cascos de rolha, e o “capado”, para variar, ficou esquecido na varanda, pensando se não seria melhor atirar-se lá para baixo, pondo assim fim a uma vida de agonia.

Escusado será dizer que o avô teve de pedir outro empréstimo ao banco para pagar os múltiplos estragos causados pelos seus netos por toda a casa, ao longo da noite.

Enfim, mais uma noite de Natal como tantas outras…

terça-feira, dezembro 19, 2006

uma ceia de natal (parte I)

o (grande) autor, há muito tempo que tem a mania que escreve.
assim, deixo aqui uma descrição de uma ceia de natal, escrita por esse moço no dia 16/10/99.
qualquer semelhança com a família do (grande) autor é mais do que uma coincidência.

O som vindo da sala de estar da casa era assustador.
Cerca de 24 pessoas falavam, gritavam, expunham ideias todas ao mesmo tempo…todas na esperança de que as outras as ouvissem e não prestassem atenção à conversa vinda de apenas um meio metro dos seus tímpanos.

Era noite de natal, mas mesmo assim não eram dadas quaisquer tréguas e todos queriam falar mais alto que os outros, resultando num som que chegava aos ouvidos das pessoas que habitavam nos três andares inferiores.

A avó reclamava que a sua pensão ainda não tinha chegado e que já ia com duas semanas de atraso, a tia falava na sua operação bem sucedida ao rim esquerdo, o tio contava todos os detalhes, bastante importantes para a ceia de natal, deixando os provadores do bacalhau de mau aspecto, em agonia, agravada esta pela excelente descrição de como o bisturi cortava partes do interior da tia, fazendo espirrar algum sangue para a bata do doutor…enfim, o normal.

Numa divisão mais distante da sala, um dos primos mais pequenos pegava fogo a uns quantos papéis da secretária do avô, papéis parecidos com os do banco, relativos ao empréstimo contraído para o finalizar das obras da cozinha, onde nesta, uns miúdos, supostamente primos, se despachavam a acabar com todas as sobremesas, que também não tinham um aspecto muito saudável.

Após toda esta maravilhosa ceia, todos se reuniram na sala-de-estar, esperando um suposto Pai Natal, que se vestia num dos quartos do fundo, rezando para que, ao aparecer na varanda, carregando quarenta e três quilos de prendas, nenhum dos primos mais pequenos o fizesse tropeçar num fio de nylon, previamente esticado à entrada da varanda e o fizesse cair, partindo o queixo, tendo de levar doze pontos, como sucedera no ano anterior.

Assim, enquanto todos estavam na expectativa de receberem mais um par de meias, ou uma sempre útil cassete de vídeo, ou ainda então um ainda mais surpreendente after-shave, com 79% de álcool , a tia-avó Zulmira discutia com a avó Etelvina o facto de ter gasto uns incríveis 1,55€ num pisa-papéis comprado numa loja recondita da Av. Das Forças Armadas para dar à sua sobrinha-neta mais nova, a Joaninha, de 1 ano e meio, tendo sido esta a sua prenda mais cara:
- E então não é que os sacanas dos monhés lá da loja me queriam vender a porcaria do pisa-papéis por 2,50€, só porque parecia que tinha pepitas de ouro lá dentro…e eles até diziam que eram pepitas verdadeiras, parece impossível, não é ?

Ao que a avó ripostava:
-Pois é, esta gente agora está tudo doida, veja lá que a mim me pediam 3€ por dois pares de meias ali nos ciganos do Saldanha, é claro que acabaram por baixar para os 2 euricos, que eu até achei caro, mesmo assim…
-Pois é, pois é, agora não se pode confiar em ninguém, e então já soube que a nossa querida amiga Gertrudes, no dia em que fez 79 anos, quando ia a atravessar a rua, reparou que o sinal estava vermelho, e então parou, só que parou já no meio da passadeira e levou com um rapazinho que lá vinha numa daquelas máquinas da morte, as bestas…
-Ah! As vespas!
-Sim, sim, isso, bem, como eu ia a dizer, a nossa pobre amiga ficou tipo aqueles desenhos-animados, toda espalmadinha no chão e o rapaz da mota só partiu a cabeça, a perna esquerda, o braço direito e o pé esquerdo, esse assassino! Mas diz que a Gertrudes não tinha tomado os comprimidos nessa manhã, e por isso é que achou que o melhor era parar a meio da passadeira. Estava baralhada, a pobrezita...
-Pois é, naturalmente esqueceu-se. Olhe, eu também acho é que ela já estava com os pés para a cova há muito tempo e só estava cá a estorvar…Deus me perdoe, mas é assim que eu penso.
-Pois, mas é assim…olhe, já lá vem o Tiaguinho a fingir de Pai Natal… eu nem sei como é que os miúdos ainda acreditam nele, o rapaz nem sequer trouxe a barba de Pai Natal !!!!

(continua)

domingo, dezembro 17, 2006

para os que compreendem

eu vejo-te, mas não te posso tocar.
eu ouço-te, mas não te posso falar.
eu cheiro-te, mas não me posso aproximar.
num relance, quando passas por mim, sinto-me a levitar.

o que em mim provocas
é digno de mil e um poemas
de longe, em todo o meu corpo tocas
contigo por perto esqueço todos os problemas

toda tu caminhas serena e confiante
pela certeza de saberes que todos te desejam
sê a minha princesa, serei o teu cavaleiro andante
esquece todos os outros, que com os olhos te beijam

fazes-me desfalecer de vontade
contigo a metade do meu corpo sente-se completa
tu... uma pizza quatro queijos
eu... um estúpido de dieta.

sexta-feira, dezembro 15, 2006

pérolas

o (grande) autor tem andado a tomar nota de pérolazinhas proferidas por pessoas que têm o privilégio (ou não) de aparecer na caixa mágica.

Mr.-dou-pontapés-nas-coisas-porque-fui-eu-que-as-paguei-Avelino-Ferreira-Torres:

"(...) porque quando se mexe com coisas de sensibilidade, como são os cemitérios de mortos e coisas do género…o sr. Presidente da câmara tem de se pôr à tabela, não vá ser preciso puxar-lhe o bigode!!"

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Anderson, jogador de 19 anos do FCPorcaria, que não pode jogar, depois de se ter lesionado numa entrada limpa do (grande) katsouranis:

Jornalista - O que achas do porto sem si?
Anderson - Aaahh... O porto sem si, sem eu…está a jogar bem.

quarta-feira, dezembro 13, 2006

as minhas amígdalas

antes de começar o relato do episódio, no mínimo, desinteressante para todos vós, tenho a dizer-vos que é, na sua totalidade, absolutamente verdade (rimou).
então, o (grande) autor às vezes almoça na escola, quando o tempo não permite a vinda a casa.
sempre é uma boa oportunidade para desafiar o estofo do estômago e dos intestinos.
treiná-los para uma viagem a marrocos, o costume.
o almoço foi almondegas, com arroz e salada.
a salada, de tomate, alface e cenoura ralada.
acabou o almoço e ficou o mestre com uma sensação de que tinha ficado um bago de arroz escondido por debaixo da língua, naquele sítio impossível de chegar com a língua ou com os dedos, estão a ver?
aquele sítio em que irrira à brava, um gajo fica com a sensação de arranhão constante até o detrito sair dali, percebem?
(se não souberem como é acho incrível)
bem, o bago não saía nem por nada.
assim, o-que-vos-escreve foi à casa-de-banho chafurdar no interior da sua boca, a ver se o bago desopilava.
bochechou, gargarejou, tentou tirar com os dedos e nada.
bem, lá passou o nosso herói a tarde com a sensação de arranhão constante, muito irritante (rimou outra vez).
chegado a casa, foi ver o que se passava na sua bocarra.
lanterna em punho, em frente ao espelho, vislumbrou uma coisa na amígdala direita.
parecia estar espetado, ou coisa que lhe valesse.
foi buscar uma pinça e tratou de, bem iluminado pela luz da lanterna, averiguar a situação.
de respiração sustida, lá arrancou o pedaço de comida misterioso com a pinça dos pêlos das sobrancelhas de alguém-que-não-ele.
o que era?
um pedaço de cenoura ralada que se tinha espetado (literalmente) na amígdala.
não é gozo, o (grande) autor tem umas amígdalas com buracos, quem já as viu sabe como são.
mas daí a um pedaço de cenoura ir brincar ao túnel do marquês para lá...
enfim, muito interessante, como tinha advertido.

terça-feira, dezembro 12, 2006

10 dicas para pseudo-feirantes

o (grande) autor, como do ar não sobrevive, de quando em quando desloca-se até à feira da ladra para vender tudo o que lhe aparece à frente, desde cd's, meias, tupperwares ou o beto.
(o beto vendi-o logo, como saco de boxe)
assim, aqui deixo 10 conselhos (de uma lista infindável) para que possam tornar as vossas idas à feira da ladra o mais confortáveis possível.

10º- Levar agasalhos e botas no Inverno e sandálias e calções no Verão. A feira é como o deserto. No Inverno gela-nos e no Verão destila-nos.

9º - Não entrar em caso algum em conflito com os outros feirantes. Porque conflitos com pessoas que se levantam às 4 da manhã para ganhar a vida nunca são favoráveis a jovens de 20 e poucos anos. Além do mais eles conhecem-se todos, o que torna o ambiente bastante pesado, em todo o recinto.

8º - Levar bastante água e um bom farnel. Tal como no deserto, a água é um bem escasso. A comida, composta por chocolates (para dar energia) e sandes, ajudará a tapar buracos no estômago.

7º - Levar sacos de plástico em abundância. Porque o comprador quer sempre levar o artigo num saquinho, mesmo que seja um berlinde, um selo ou uma pulseira.

6º - Levar muitos trocos. Os clientes de manhã nunca têm dinheiro certo. Pagam sempre com notas de 10 ou 20. E muitos negócios não se fazem por não haver troco. Já para não falar no cenário de feirante experiente que se adquire, ao caminhar ao som de um irritante tlim-tlim.

5º - Levar uma cadeira ou um banco. É essencial, se não quiserem passar 7 ou 8 horas a sentar-se no chão ou mesmo de pé, se estiver a chover. Lembrem-se que não vale encostarem-se aos carros do vizinho, que estes não acham piada (ver conselho 9º).

4º - Levar um plástico gigante para o caso de chover, para não ficarem com a montra encharcada. Façam uns buracos no plástico para que este não voe com a montra atrás, levados pelo vento como as bancas dos vossos vizinhos incautos.

3º - Fazer sempre um preço acima daquilo pelo qual estão dispostos a vender. Porque as pessoas regateiam sempre, mesmo que o preço seja 0,20€. Assim, se querem vender por 1€, ponham o artigo a 1,5€.

2º - Levar um artigo que chame a atenção de todos os clientes, mas que ninguém vá comprar. Por exemplo, uma boneca insuflável. Se alguém a quiser comprar, podem sempre dizer que é a vossa mulher e que não está à venda por menos de 200 camelos. Se aparecer um árabe rico aí a coisa fica preta, mas raramente aparecem.

1º - Fazer saldos de final de dia. Se até a uma hora da altura de se irem embora não tiverem feito a maquia que esperavam, façam saldos loucos. Coloquem cartazes “tudo a um Euro” e berrem como as ciganas que vão ver que se livram da merda toda rapidamente.

sexta-feira, dezembro 08, 2006

agradeço

porque escrever não tem preço
e porque o faço com apreço
pois se não escrevo ainda me esqueço
de que como (grande) autor reconheço
que a escrita é o meu gesso
nos dias partidos em que espaireço
e se não escrevo desapareço

(e que este poema é merda pura no seu começo)

segunda-feira, dezembro 04, 2006

eu tenho-a

foi ontem o (grande) autor ao concerto de YO LA TENGO.
na aula magna, tudo sentadinho, como manda a coisa, o concerto foi bem giro e teve momentos a roçar o giríssimo, tiazocamente falando.
porém, destoando de todo o ambiente calmo, estavam os seguranças de uma empresa privada, contratados para assegurar da paz no recinto.
como se sabe, o público que assiste a um concerto deste género é conhecido pela tendência instável e geralmente violenta.
de costas para o concerto e bem de frente para o público, um dos seguranças parecia aguardar que alguém, exaltado numa melodia mais desafinada, saltasse para o palco para assassinar o baixista ou tentar violar a baterista.
no final do espectáculo o público pedia bis, claro está, que 22€ não se fazem valer apenas do alinhamento previsto.
esse segurança, cabelo rapado tipo-calçada-portuguesa, falava incessantemente através do seu auricular, assegurando a presença rápida, se necessária, da brigada anti-motim da PSP.
ele falava, olhava para a multidão e voltava a falar, com o dedinho encostado à gruta-de-cera.
no final, enquanto alguns saíam, outros conversavam ainda dentro da sala, esperando o escoar da primeira vaga, permancendo de pé, ou ainda sentados nos seus lugares.
o segurança, não satisfeito com a calmaria apresentada pelo público em geral, decidiu ir pôr ordem num rapaz que, claramente, ultrapassava a linha que separa o civismo do vandalismo.
chegou-se ao pé do anarka e disse-lhe:

"Olhe, não se pode apoiar em cima do braço da cadeira! Sente-se lá como deve ser, fachavor!"

domingo, dezembro 03, 2006

uma frase

dita por um primo meu, hoje:

"Quando me olho ao espelho desejava ser uma mulher...para poder conquistar o homem que vejo."

 
origem