terça-feira, janeiro 31, 2006

neve em lisboa

cai a neve em lisboa.
ai que lindo, é bonito, muitos lisboetas nunca tinham visto neve.
e no verão, tão bom, aquele quentinho, tudo na praia, papo pró ar, 40º à sombra, uma maravilha, "maria, tráz lá mais uma sand'atum e uma bjeca!!"...

bom bom era se nevasse mesmo na noite de natal...assim era mesmo como nos filmes, o pessoal à lareira, chocolate quente, prendinhas debaixo da árvore...

então e será que há 100 anos também nevava em lisboa no inverno e faziam 40º no verão?
esporadicamente sim...mas nos dias de hoje?
secas como quem muda de cuecas, frio como nunca aqui se viu?

ou isto é tudo produto da alteração climática, aquecimento global, destruição humana do planeta?

ah, pois, mas esse tipo de problemas não ganham audiências nem fazem circular 3 milhões (sim, 3 milhões!!!) de mensagens escritas entre télélés portugueses no dia em que a branquinha caiu...

enfim, tenho é pena dos nossos filhos, e do mundo que lhes vamos deixar...

segunda-feira, janeiro 30, 2006

eu, eu mesmo e o meu exame


(as cábulas da minha colega)

hoje tive um exame que durou 3 horas e 10 minutos.
caraças...

durou mais:
- que dois jogos de futebol
- que 5 episódios do friends
- que o senhor dos anéis na versão mais curta
- que ir a carnaxide e voltar em hora de ponta
- que 99% das relações sexuais
- que a mais curta relação sexual tantra
- que as horas que dormi na noite passada
- que o tempo de antena dado aos palhaç...aaa...políticos
- que eu demorei a nascer
e...
- que o tempo total de estudo para o próprio exame...

será que vou passar?

sábado, janeiro 28, 2006

novo ditado

outro dia, aquando de umas cervejas em excesso ao jantar, mas não necessariamente por causa disso, o (grande) autor inventou um provérbio, adaptado de um famoso conto de fadas.
reza assim:

"não podemos ser cigarras, neste mundo de formigas"

sexta-feira, janeiro 27, 2006

o segundo caso da nova presidência

uma conhecida minha foi votar, deixando a filha no carro.
"lem lem lem, lem lem lem..."
lá foi cantarolando, qual capuchinho vermelho num mundo de lobos maus.
chegada ao cubículo de voto, deparou-se com um problema bicudo, irritou-se, votou e zarpou.
chegada ao carro, indignada, comentou com a filha que "era uma vergonha, não me deixaram votar em branco!!"
ao que a filha indaga o normal "porquê".
responde a senhora:
- só havia quadradinhos com candidatos, não havia nenhum para votar em branco!!

(isto aconteceu! aliás, que me caiam já os testículos, se não aconteceu!)

segunda-feira, janeiro 23, 2006

o primeiro caso da nova presidência


apanhado desprevenido pelos resultados que ditavam a sua vitória, o nosso presidente soltou um berrinho de emoção, fazendo uma estranha careta.
mais tarde, recorrendo às imagens virtuais, o (grande) autor constatou um facto, até ao momento desconhecido pelos portugueses:
o berrinho e a careta não foram provocados pela emoção, mas sim pelo facto de o senhor de óculos (em 2º plano na imagem) lhe ter dado um apalpão no rabiosque.

domingo, janeiro 22, 2006

iiiiihhhh...leições

em dia solarengo, os tugas puseram finalmente a praia de lado e foram até às escolas da zona marcar cruzes dentro de quadrados feitos em papel.
a tinta permanente alguns, com uma pena outros, todos tiveram o direito a dar a sua opinião.
o voto é secreto, por isso aqui digo que o meu voto permanecerá na urna que o albergou, tal como uma mãe acolhe seu filho nos braços.
eu, o pai da criança, tive alguma relutância em deixá-lo partir assim, de repente.
não estava preparado para o choque, devo confessá-lo.
porque o meu filho se foi juntar aos seus irmãos para, todos juntos, decidirem o futuro do nosso país à beira-mar refastelado.
ou seja, cavaco brotou dos nossos filhos.
assim sendo, cavaco é o nosso neto mais recente.
resta-nos saber se seremos os avós dedicados, que pagam guloseimas sem fim ao netinho, ignorando as vontades dos nossos filhos enclausurados em caixas, de que deixemos os dentes do seu rebento em paz.
ou será que cavaco será o neto mimado que fará birra se não o levarmos a andar no carrocel?
de qualquer das formas, sempre se disse que a família não se escolhe, calha-nos.
e cavaco é o novo corpo sentado à nossa mesa todos os dias.
veremos se come a sopa, a salada e a fruta, como um bom menino...

sexta-feira, janeiro 20, 2006

meia bolha

um tio-avô de um amigo meu, beberola inveterado, mandou a sua mulher ao médico e com ela foi.
um leão nunca acompanha a sua leoa na caçada, mas para uma ida ao consultório, achou que era melhor ir mijando em tudo o que era poste de electricidade, para marcar bem o seu território.
o doutor atendeu-os e, após verificar o bom estado da senhora, mirou o tio-avô do meu coleguinha.
vendo-o com os olhos amarelados, advertiu sorrateiramente a senhora para o facto de o seu marido, possivelmente, estar quase quase quase a contrair uma cirrosezita.
chegados ao café, a sra.dona advertiu também o seu leão.
o leão rugiu então:
- o quê? ele é que vai ter uma cirrose, mas é nos co#*ões pá... oh zé, serve lá aí meia bolha fachavor!!

passados 2 meses o sr. continuou a beber, mas só água benta, deitado...

quinta-feira, janeiro 19, 2006

ah pois é...

certo dia solarengo, foi o (grande) autor enfiar-se num dos compartimentos mais fechados de sua casa, para peregrinação diária.
a coisa corria bem, a matéria fluia com abundância, com alguns intervalos para arejar o campo.
entretido numa leitura deveras interessante como é a revista maria, curioso pelas questões suscitadas na zona reservada a cartas dos leitores, deixou-se o (grande) autor levar pelo entusiasmo e prosseguiu a peregrinação como se para compostela se dirigisse.
terminada a etapa diária, lidos os problemas sexuais alheios, decide o (grande) autor fazer-se à estrada.
pronto para limpar o terreno, sacudir as botas e enfiá-las no saco para futuras caminhadas, depara-se com o facto interessante de que não existia nas proximidades, material digno de recolher a relva cortada.
vermelho até ao tutano e já com algumas irritações cutâneas, decide o (grande) autor, em detrimento da opção de saltitar até ao armazém dos corta-relva, gritar pela funcionária caseira de sua modesta casa, em jeito de socorro.
a senhora acedeu ao pedido e, muito corajosamente, devido à proximidade do lixo radioactivo, ou por ter colocado a velhinha mola no nariz, entregou ao necessitado o produto, tendo-o recebido este como se de cerveja se tratasse, em noite de jogo do glorioso.
agradecimentos feitos, afastada a senhora, pôde o (grande) autor proceder à limpeza do local e seguir o seu caminho.
depois de lavadas as mãos, está claro.

quarta-feira, janeiro 18, 2006

global warNing

rimar não faz sentido, quem o faz está perdido e quem vos avisa é vosso amigo.
não percam tempo nessas andanças, façam outro tipo de poupanças, procurem outras armas, outras lanças.
quem rima é um ser demente, com as rimas não se anda para a frente, procurem outra solução, minha gente.
é um apelo que a todos faço, uma mensagem que a todos passo, fujam, que o tempo para o fazer é escasso.
caramba!! só agora reparei, que nas rimas me afundei, estou tramado...AQUI D' EL REI!!
ai, pobre de mim, que também eu fui agarrado, nesta teia das rimas estou enrolado, não tenho safa, estou condenado!
fujam vocês, caros leitores! fujam ao pior dos temores! continuem a saga e façam-se também (grandes) autores...

terça-feira, janeiro 17, 2006

batalha

há dias, houve uma batalha verbal num aeroporto europeu.
a voltar de uma bela cidade, vinha um casalinho amigo meu.
os dois aprochegam-se do check-in e procedem aos trâmites usuais:
- máximo 20kg de bagagem,
- não se pode fumar no avião,
- se este for a cair, gritar o máximo que se puder até perder os sentidos,
- o truca-truca terá de ser na casa-de-banho, com a tranca na porta e o sinal de "ocupado", para não assustar mentes que voam mais baixo que os 32mil pés de altitude.

até aí tudo bem.
eis-senão-quando-porém, a minha amiga enceta uma bela conversa com o o funcionário da companhia aérea, destacado para a função de "levado da breca":

- olhe, desculpe, nós não queremos estes lugares, não fomos nós que os marcámos.
- olhe, eu também não.
- aahh, pois então, queremos lugares à frente se faz favor.
- minha senhora, à frente vai o piloto. (!!!!!!)
- ah sim? então queremos lugares logo a seguir a esse senhor, o tal piloto.
- a seguir ao piloto é a 1ªclasse.
- então queremos lugares logo a seguir a essa senhora, a 1ªclasse.

o funcionário, mal-disposto por alguma mal-função anal, acedeu à derrota verbal e até admitiu ter tentado acertar alguns golpes abaixo da cintura.
a sorte do chico-esperto foi a de que a vencedora do diálogo estava de férias, bem-disposta e sem a mesma mal-função anal.
não fosse isso e, conhecendo-a como conheço, teria procedido aos trâmites usuais para apresentar queixa do funcionário-palhaço e até tinha perdido o avião só para se certificar que o batatinha assinava ali mesmo o formulário de despedimento com justa causa.

olé.

segunda-feira, janeiro 16, 2006

cineminha

há uns dias fui ao cinema.
fui à sessão da meia-noite e, berdadeberdadinha, na sala só estava eu e quem comigo ia.
não divulgo a cadeia de cinemas, pois adoro ir ao cinema com pouca gente.
a coisa foi de tal ordem que os comentários foram feitos aos berros e as palavras sonavam no ar como se de bombas se tratassem.
ao fim e ao cabo, pareceu-me estar numa sala de estar gigante, com um ecrã gigante, tudo só para nós.
chato foi não poder ir ali só à cozinha buscar uns aperitivos e uma aguinha das pedras para empurrar...

domingo, janeiro 15, 2006

futebol s.a.

era uma vez um grupo de amigos.
o grupinho costuma jogar o desporto-rei (sem ser a procriação, que ainda não é desporto) aos sábados de manhã.
ora, quem é que se lembra de ir jogar à bola aos sábados de manhã??
é que se está mesmo a ver que ninguém irá aparecer.
zé e tozé, um dia, não podiam ir.
como boas pessoas que são, assim como líderes do grupo, enviaram outros dois em sua representação, amigos estes que não conheciam o resto dos jogadores.
chegádos ao campo à hora marcada, não habituados à não-comparecência da maltosa, esperaram um bom par de quartos de hora.
contando o que se passou aos dois amigos zé e tozé, despertaram nestes uma verdadeira furibundisse.
levados da breca, decidiram zé e tozé impor multas aos jogadores que se atrasassem ou não colocassem mesmo o seu real rabo no quadrado de campo.
na semana seguinte os incautos sujeitos a multas não voltaram a aparecer.
zé e tozé decidiram então formar uma sociedade recreativa.
mas uma cena mesmo a sério, do género de estar registada e com estatutos e actas e reuniões...tendo todos os supostos jogadores assinado a coisa e feito, como tal, um compromisso para com a sociedade.
ao serem perguntados na matéria de "porque raio formaram vocês, zé e tozé, uma merda duma sociedade recreativa??!?", estes contestaram:

- assim podemos processá-los...!!

(isto é verdade, ou incendeie-se já aqui o meu velhinho computador!)

quinta-feira, janeiro 12, 2006

"à noite" ou "ah, noite..."

de noite a vida é diferente.
eu, se pudesse, vivia só de noite.
de noite não há trânsito. de noite há silêncio na rua.

de noite podemos ter medo do escuro, é verdade.
porém, a noite encombre as nossas passadas, os nossos movimentos, as nossas atitudes.
se juntarmos à noite um pouco de álcool, ficamos totalmente camuflados, já que a maior desculpa para quando se mete a pata na poça à noite é a de que "já tinha bebido uns copos".
a noite fascina-me, é algo que existe desde sempre, que nunca poderemos mudar.
e a mim fascinam-me as coisas que os seres humanos não podem alterar.
eu gosto de estar num sítio que está como veio ao mundo.
claro que provavelmente nesse sítio a água para o banho matinal é fria, mas não importa.
a noite existe, não é para nos passar ao lado por estarmos a dormir, mas sim para a vivermos. por isso, adormeço a meio da noite e acordo a meio do dia.
para agradar a gregos e troianos.




esta seria a minha resposta à pergunta "Desenvolva o seguinte tema: a noite no século XXI" do exame da disciplina de Partes do Dia e do Quotidiano I

quarta-feira, janeiro 11, 2006

brisa do mar

nas traseiras do meu prédio há gaivotas.
eu não moro assim muito perto do mar, mas elas devem achar que por aqui se está bem.
eu gosto de estar ao pé da janela, a fingir que estudo e a ouvir o som que elas fazem.
faz-me lembrar a praia, o som das ondas a rebentar, o cheiro a maresia.
como lá fora faz um frio de rachar, cá dentro os aquecimentos estão todos ligados e um gajo quase que consegue andar de tronco nu, como na praia.
bem, tenho é de ter cuidado senão um dia destes dá-me o calor e ainda mando um mergulho pela janela fora para refrescar e bato com a cabeça numa rocha...5 andares mais abaixo.
não tinha piada nenhuma, até porque dentro de casa não ando nem com a bóia à volta da cintura, nem com o pára-quedas às costas.

segunda-feira, janeiro 09, 2006

cuidado: FRÁGIL

morreu uma amiga minha.
uma amiga que não via com tanta frequência como algumas outras, mas uma grande amiga.
era da minha faculdade e era minha amiga, não conhecida nem colega.
por variadas vezes se provou ser minha amiga, como eu amigo dela.
ela ia para os E.U.A. na 4ª feira, durante o último semestre do curso, acabá-lo em grande.
era um génio.
muitas vezes brincava com ela e dizia-lhe que ia ser presidente da república mais tarde, que tinha de me manter amigo dela, que ia dar jeito.
e ríamos.
ontem sentiu-se mal e, a caminho do hospital, entrou em coma e daí passou para a outra margem.
a última vez que falei com ela foi na 6ª passada, antes de entrar para o meu exame.
ela estava no bar, também ia ter exame, mas daí a meia-hora.
a última coisa que lhe disse foi:
- então já nos vemos, para pormos a conversa em dia. boa sorte!
e virei costas.
voltei atrás meio segundo depois para lhe dizer "ainda bem que não agradeceste, porque agradecer a um desejo de boa sorte dá azar!!"
e rimos.
quando saí do exame, 3 horas de fritanço cerebral, a cabeça prestes a explodir, só via a minha cama à frente, não a procurei para pormos a conversa em dia.
e olha...agora nunca mais a vamos pôr...

beijinhos, marta!

domingo, janeiro 08, 2006

já agora

já leram o jornal hoje?

e ontem?
e amanhã?

sábado, janeiro 07, 2006

ciência e tecnologia

no aeroporto há uns pássaros especializados em afastar outros pássaros.
assim a modos que como os polícias das manifestações dos pássaros.
"tá a circular amigo, não há nada para ver aqui".
e porquê?
porque no chão, junto às pistas dos aeroportos, as minhocas e bichos semelhantes brotam da terra como a merda brota da boca do fernando rocha.
os aviões, ao aterrarem e levantarem voo, causam tal vibração no terreno, que as minhocas parecem estar sob o efeito de vodka-red bull e "amandam-se" cá pra fora como o liedson se "amanda" para o chão nas grandes áreas adversárias.
assim, há pássaros-bófia que afastam as gaivotas, pombos e todo o tipo de ave menor que se alimenta dos drogados invertebrados, para evitar que aqueles, numa descida de olhos postos na minhoca da pista 4 e já a salivar, não sejam sugados para um dos reactores de um 747, provocando um desastre aéreo como jamais visto, desde camarote.
(por exemplo: camarote presidencial)
resta saber se estes bófias alados aproveitam para ficar com os possíveis repastos alheios, aproveitando-se da condição de VIP no espaço do aeroporto.
eu cá aproveitava-me, mas não tenho asas.
nem como minhocas (ainda).

quarta-feira, janeiro 04, 2006

caramba

epá (ou calipo ou supermaxi), o (grande) autor não morreu!
facto é que se encontra em mais uma grande batalha desta guerra que é a dos exames em janeiro.

com a cabeça ainda a latejar de uma passagem de ano calminha, o (grande) autor debate-se agora com outra dor de cabeça que responde pelo nome de "exame de dia 6 - o 1º de seis".

parece um filme de bollywood, mas não, é a mais pura das realidades.
o protagonista é bonito, sim, ou não fosse interpretado pelo (grande) autor.

porém, a beldade da película não será uma scarlett johannson ou uma naomi watts, mas sim uma bela nota de 10 ou mais na pauta.
aguardemos então pelas sequelas, que serão 5.

muita sorte para o (grande) actor/autor que, se munido de verdadeiros talentos representativos como o grande stallone, safar-se-á com distinção...
 
origem