reacções verbais

quando se encontrarem em diversas situações, tenho aqui umas sugestões para utilizarem via verbal:

em caso de espanto:
"oh diabo...que vem a ser isto?"

em caso de desconfiança:
"hmmm, isto deve tar aqui um berbicachozinho..." ou
"hmmm, isto cheira-me a tramóia..."

em caso de alegria:
"caramba, quão feliz estou!!"

em caso de incredibilidade:
"chiça, não estava nada à espera disto"

em caso de desgosto:
"não m'acredito, é que não m'acredito mesmo"

em caso de quererem saber se sobra algo do almoço:
"ainda sobeja?"

em caso de quererem saber quanto está o jogo do benfica:
"em quanto está o marcador?"

em caso de se aproximarem indivíduos suspeitos:
"cautela, que me parece que se estão a aprochegar meliantes"

em caso de quererem uma cerveja sem álcool:
"mas que mariconada é esta?? dê-me mas é aí uma min' fachavor!!"

em caso de irritabilidade:
"ARRE, MACACOS ME MORDAM...é que fico trantornado!!"

e, para terminar, em caso de fome:
"então e se formos ali comer uma bucha?"

coisas que nos fazem rir

lista das coisas que nos fazem rir, sem ordem de intensidade de gargalhada:
- as letras das músicas de Ena Pá 2000
- ver o ricardo jogar à baliza
- um amigo a declamar rimas, já com um grão na asa
- ver o "Ace Ventura em África" pela 19ª vez
- ouvir as histórias do bairro, contadas pelas porteiras
- o cabelo do herman
- as letras das músicas de Irmãos Catita
- beber cerveja num avião, a 40 mil pés de altitude
- ver o louçã e o marques mendes, lado a lado, numa fotografia
- ler o "diário da pampilónia"
............

bons tempos

no tempo dos piões, dos berlindes e dos roda-bota-fora, existiam muitas crianças felizes. lembram-se de quando chegávamos à escola, berlindes no saco, pião no bolso e bola debaixo do braço, artilharia preparada para os intervalos entre ciências da natureza e inglês?
os intervalos tinham 10 minutos, tempo mais que suficiente para um 4-2 entre a nossa turma e o 7ºA. "Ganhámos!!" e em seguida íamos a transpirar para a aula, com a professora a perguntar pelos tpc's e nós ainda a discutirmos o último golo, marcado ao som do segundo toque.
Antes do almoço, lá ia um "ganhas", jogo de berlindes, pautado pelo mesmo princípio aplicado em tantos jogos, quem perde paga. neste caso, entregavam-se os berlindes.
os berlindes abafadores, verdadeiros "hulks" dos recreios escolares, arrasavam os adversários esféricos mais pequenos e coloridos, deixando crianças depenadas e outras de barriga cheia.
a seguir ao almoço, lá vinha o pião. lançado com força tal que, num gesto mal medido poderia abrir duas ou três cabeças que estivessem a assistir, o pião girava sem parar, no chão de cimento.
depois lá vinham os rufias da escola e era ver os campeões a guardar os seus instrumentos de vitória no bolso, indo para ao pé da contínua fernanda, evitando o contacto com os meliantes.
chegádos a casa, saídos do metro, fazíamos o "prognóstico de final de dia", deliciados com as conquistas e desiludidos com as derrotas, ansiosos pelo dia seguinte, ainda melhor:
- amanhã no metro de roma às 7h45m pra virmos pra escola!
- ok, 7h45m lá embaixo.
- jogamos com os do 8ºC no intervalo grande, não te esqueças da bola!
- ok, vou trazer a camisola do joão pinto e tudo!

aiai....(suspiro)

mas porquê??

mas porque é que as pessoas adoram ir para a praia andar na areia como se estivessem a pisar baratas, levantando tantos os pés que, com o vento que faz na costa da caparica, nos enchem a toalha e diversos orifícios corporais de areia??

frases

eu já tinha ouvido muitos comentários em relação ao peso, tamanho e estado de muitas pessoas. já tinha ouvido muitos comentários em relação à minha própria pessoa. também já ouvi falar muito na relação sumo de cevada/pança.
frases do género "tás tão gordo que não veste umas calças, vestes uma tenda", "tás tão gordo que um dia destes rebolas rua abaixo" ou "pareces um porco lusidío" são frases banais, nesta fase do campeonato.
mas ontem...ontem ouvi um comentário saído da boca de um amigo meu, relativamente a outro amigo meu, que arrasou com tudo:
"chaval, ele tá tão gordo que parece que tá a armazenar mantimentos para se preparar para uma guerra mundial!!"

AHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAH.....

general progenitor

chegou o momento de debater a verdadeira razão pela qual fazemos ou não fazemos as coisas.
começo pelas crianças. as crianças, quando não podem fazer alguma coisa é "porque a minha mãe não deixa". e é ponto assente. e "cala-te senão vais dormir sem sobremesa" nuns casos e "cala-te senão levas um estaladão nessa cara que até andas de lado" noutros.
com os adolescentes, a coisa muda de figura. se não podem fazer o que querem é porque "não é fixe, não curto isso." não que não queiram na verdade, mas como não podem, dizem que não gostam. e porque não podem também? "porque a minha mãe não deixa". mas sem a parte da sobremesa, talvez um "cala-te senão levo-te à escola amanhã e deixo-te mesmo à porta na hora de entrada."
com os adultos já o caso é outro. geralmente têm medo de fazer a coisa em questão e por isso "não me posso arriscar, tenho filhos para criar". pois, e também porque "a mãe dos meus filhos mata-me se fizer essa porcaria".
no caso de não terem filhos, a razão é a de que "a minha namorada mata-me se eu fizer isso". e já se sabe que as namoradas são os parceiros mais próximos das mães. as namoradas são a infantaria das tropas lideradas pelo general progenitor.
se forem solteiros, "ainda me mato a fazer essa merda pá...", mas na realidade, é a mãe que os mata se o fizerem, quando eles lhes contarem a façanha, no telefonema diário da noite.
quanto às pessoas de maior idade, não o fazem porque "o meu médico não deixa". o médico transforma-se na mãe de qualquer pessoa com mais de 60 anos de idade.
concluindo, são as mães a razão pela qual podemos fazer ou não o que quer que seja. mas, se pensarmos bem, também é por causa das mães que por aqui andamos. a questão coloca-se em saber até que ponto as mães devem continuar a intervir na vida de cada filho.
deveriam ficar sentadas na bancada, no banco de suplentes a ditar tácticas, ou andar pelo meio-campo a trocar a bola?

confirma-se

a vida é como um clip.
começa num lado, acaba no outro e pelo meio dá umas voltas.
quem inventou o clip está riquíssimo, porque toda a gente usa clips no mundo.
já que a vida está em todo o mundo e universo e infinito e mais além, imagino que o gajo que inventou a vida, esteja bem...na vida.

dinheiro não traz felicidade?

vamos cantar e bailar
vamos rebolar a rir
vamos berrar até desmaiar
vamos fazer e dormir
gosto de pouco pensar
gosto muito de viver
não gosto de me preocupar
gosto de fazer o que me apetecer
quero ser jovem para sempre
e ser velho quando tiver de ser
quero ter-te sempre presente
e que me acompanhes até morrer
bora lá fazer viagens
gastar todo o nosso dinheiro
se for preciso comemos folhagens
e bebemos de um ribeiro
mas não vamos nunca parar
descansamos só se tiver mesmo de ser
continuaremos sempre a gozar
e aproveitamos tudo até desaparecer
puff...lá se foi o sonho da noite
vamos lá para o trabalho diário
amealhar até que me acoite
quero o euromilhões no meu dicionário!

final da taça de portugal

no ano corrente, fui assistir à final da taça de portugal entre o glorioso (vulgo benfica) e vitória de setúbal. é certo que o setúbal ganhou, sendo eu do benfica, mas essa tarde valeu bem mais pelos acontecimentos do que pelo jogo em si.
até porque, como disse um adepto de mais idade no final do jogo:
"poj, ganhóm o campionato e dpôj vêm jgar a fnal da tassssa ainda tods embriagáds!!"
enfim, com este post vou demonstrar os conhecimentos de marketing e gestão de exteriores que certas pessoas adquirem por força da vida.
como bom benfiquista, decidi deslocar-me ao recinto à volta do estádio, umas 5 horas antes da partida, para participar na já famosa "patuscada da final da taça".
fui com uns amigos e juntá-mo-nos, por circunstâncias de sangue e convívio, a um núcleo da claque dos rapazes sem nome.
no meio da farra, entre cervejas e bifanas, entremeadas e vinhaça, passámos por vários episódios giros, mas não dignos de blog.
o que vou contar, sucedeu já a apenas 27min do início do jogo, passadas portanto algumas horas de "convívio".
o espaço estava delimitado por fitas das que se usam nas obras, mas num dos cantos, estava um dos muitos grelhadores usados para a farra. grelhador esse que ocupava o espaço de um lugar para um carro.
quando estávamos a ir para o estádio, o dono de um jipe bmw X5, decidiu que lá queria parar o bólide. ele e o resto da família, bem composta por uma mãe, duas filhas e um filho, do tipo dos que estão habituados a que, quando jantam fora da mansão, o porteiro do restaurante estacione o carro.
ora, um dos rapazes sem nome decidiu que iria ali arrumar o carro aos senhores.
- queres parar aqui o carro? 2€ !
- ok, 2€.
- mas tás a ouvir? 2€!!
- ok, 2€, afasta lá o grelhador.
o rapaz lá afastou o grelhador e, antes de o carro entrar no lugar, gritou de novo "2€", ao que o condutor, camisola burberrys aos ombros, acedeu.
quando o senhor da família se dirigia ao arrumador improvisado:
- toma lá os 2€.
- não, não!! 4€!!
- o quê? mas tinhas dito 2€!
- não, eu disse 2€ antes de tirar o grelhador e depois disse mais 2€! 2€ mais 2€...4€!!
claro que o senhor, perante tal raciocínio e com o jogo a começar, não teve outra opção senão concordar com o gestor de espaços do local.
"e esta, hein?"

debaixo da cama

ora bem.
99% das crianças adoram convidar amigos para irem dormir a suas casas.
100% das crianças convidadas dormem no quarto dos seus anfitriões.
os mesmos 100% são do mesmo sexo que o seu anfitrião, ou seja, não há meninos a convidar meninas para "dormir lá em casa", nem vice-versa, nem versa-vissa.
(god damned!!)
agora, 90% dos 99% de anfitriões, têm medo do papão.
e 92% dos papões dos quais as crianças têm medo, vivem debaixo das suas camas.
se tivermos em conta que 88% dos convidados dormem nas camas deslizantes que existem por debaixo da cama dos seus anfitriões, chegamos à conclusão de que...
os anfitriões são uns amigos da onça porque mandam os amigos dormir com o bafo dos papões a refrescar-lhes a cara.
e vocês já cheiraram um bafo de papão? ufff...
assim, só 12% dos convidados conseguem escapar a essa noite terrífica.
umas vezes porque dormem no sofá do quarto, se existir, outras porque dormem num outro colchão longe da cama e seu papão e, por fim, não invariadas vezes, porque dormem dentro da própria cama do anfitrião!
tendo em conta a já referida não existência de convites inter-sexuais, tem de se colocar a hipótese de a cama albergar alguma promiscuidade juvenil jogada no mesmo meio-campo.
porque, é sabido, com a ameaça do papão ali tão perto, as crianças têm tendência para se agarrarem e, assim, sentirem-se mais "seguros"...
(ou não, não sei, mas na dúvida marca-se sempre o pénalti ou o fora-de-jogo)
como tal, apelo aos pais destes 99% de crianças que adoram convidar amigos para dormir em suas casas, que promovam mais os convites inter-sexuais, de forma a que os papões sejam vencidos pela união entre os dois sexos e para que, a acontecer alguma promiscuidade juvenil, que seja entre o joãozinho e a mariazinha, os melhores alunos da aula e não entre o óscar e o ruben ou a vanda e a jessica...

top ten

temos agora, não sei porquê nem interessa....
O TOP TEN DAS EXPRESSÕES POPULARES PORTUGUESAS:

10º - ó chefe, é mais uma...
9º - pois claro oh amigo, eu não disse?
8º - este ano é que é, tou-la dizer...
7º - isto ninguém me contou, vi eu!!
6º - diz que sim...
5º - isto é uma coisa que não se explica...
4º - isto tá aqui um 31...
3º - oh diabo...
2º - e agora descalçar esta bota??
1º - não, bruxo...


em complemento, temos as SUPER-EXPRESSÕES, feitas a partir de combinações das expressões já referidas:

3º - e agora, descalçar esta bota? isto é que está aqui um 31...
2º - pois claro amigo, não le disse? este ano é que é...
1º - não, bruxo...chefe, mais uma!

depois disto, e de ter instruído mais umas pessoas, já posso dormir descansado.

força nas canetas

retrocedamos.
corria o ano de 1989.
a acção, essa, decorria na escola nº24 do bairro de s.miguel.
eu andava na sala 2, com a professora maria de lurdes marques da parte da manhã.
à tarde estava na turma da cantina, com a monitora rosarinho.
esta monitora já morreu, muito nova. gostava muito dela.
nessa cantina, mítica, tínhamos as actividades de tempos livres.
uma dessas era preencher os desenhos com a cores indicadas nas legendas.
quem tinha as canetas de feltro "molin" de 12 unidades estava bem na vida.
quem tinha as de 24 era da classe média-alta.
quem tinha as de 48, que se dobravam em quatro partes de 12, era milionário.
ao contrário, quem tinha as "carioca", era pobre.
curiosamente, quem não emprestava as canetas porque "a minha mãe não deixa" eram os milionários.
quem emprestava, mas era do benfica ou do sporting (não há crianças do porto), advertia que "podes usar todas menos o vermelho/verde porque está muito gasto e preciso dele para pintar a bandeira do benfica/sporting".
quem estava bem na vida, emprestava todas menos as que já tinham o bico quase a partir, de mandar tantas canetadas na mesa.
os pobres simplesmente não precisavam de emprestar porque "as tuas não são molin, não prestam!"
mas quando a coisa apertava e os "molineros" precisavam dos "cariocas" já a porca torcia o rabo.
e aí a justiça impunha-se, ficando muitos símbolos, casinhas com chaminés e aviões a jacto por pintar.
porque se há certezas nesta vida, esta é uma delas:
"se tu não emprestas as tuas canetas, eles não te vão emprestar as deles."

grande fim-de-semana

este fim-de-semana fui com uns amigos a uma terreola de nome porto ferreiro, passar uns dias.
o objectivo? ir às festas em honra de stª maria em pinheiro de lafões, terra vizinha.
ambas se situam ao pé de viseu, oliveira de frades e afins.
num grupo de 15 pessoas, demos algo nas vistas no meio do jet7 da terra.
não que as subidas ao palco, os barris bebidos e as canções cantadas com os artistas tenham sido o principal atractivo, mas é que quando se juntam 12 raparigas de lisboa num espaço de 200 metros quadrados povoado por cerca de 100 locais, até o velhote de 74 anos arregala os olhos.
não, bruxo...
entre bifanas, imperiais e bilhetes de bingo escritos nas costas, passámos os melhores 4 dias destes últimos 6.
"noves fora nada, passa por cima" como diz um amigo meu.
história verídica:
havia um sorteio de rifas que dariam prémios, como um ferro de engomar ou uma varinha mágica.
as rifas tiravam-se de um saco do continente, posteriormente ao seu "embaralho".
o saco rasgou-se, as rifas caíram todas no chão.
o encarregado do sorteio gritou ao microfone, em direcção incerta:
"precishamos, ó dum shaco nobo, ó de fta-cóla.alguém pode trazere aqui ó bar? aaahhhh...aqui ó palco?"
bem, o mesmo autor desta pérola disse em seguida, quando foi sorteado o famigerado ferro de engomar:
"e ganhô um fero d´engomar que shó tem um problêma.shabem qual é? nãum trabalha shozinho!!!"
viva as festinhas da aldeia com finos a 0,80€ e bifanas a 1€!!
abaixo as discotecas com bebidas a 6€ e porteiros a músculo.
" laaaafõõõeees....
éééé uum jaaaardiiiim...
e não há no muuundoooo...
uuum lugar assshimmm!!"

diz-se

diz-se que passamos cerca de 8 anos da nossa vida a dormir.
eu só tenho 23 e já devo ter passado aí uns 6.
é uma coisa, como diz um amigo meu, "que não se explica". a vontade de dormir chega a toda a hora, é como uma nuvem que paira sempre por cima de mim, pronta a largar uma chuvada de bocejos. mas esta nuvem é uma tempestade completa, porque aliada à nuvem vêm o vento e os relâmpagos, em forma de cansaço e necessidade de estar na horizontal, respectivamente.
agora, quando tenho de estudar é que o caso fica mesmo bicudo. aí não há hipóteses, poderia dormir 24h/dia, sem qualquer pesadelo ou insónia.
por um lado irrita-me, porque é tempo em que não se está acordado e a viver sempre a abrir, mas por outro...hhhmmm...babar-me na almofada, rebolar na cama, sonhos soft-porno, acordar cheio de vontade de ir à casa-de-banho, ir e voltar para a cama e ainda estar quentinha...
eu faço um esforço, mas o meu corpo é que não colabora.
e em erasmus, tenho de contar-vos, consegui bater o record de dormir 16h em duas noites diferentes, mas na mesma semana...
terei algum problema grave? se sim, o primeiro passo para a cura é admiti-lo, não é?
com todo este texto, já admiti!
agora deixem-me lá ir fazer uma sestinha, que isto dos teclados cansa um bocado...

caixas de supermercado

não sei se já vos aconteceu.
estão cansados do trabalho, ou do que quiserem, estão na fila do supermercado com as coisas do costume.
o leite magro, o nestum mel, a frutinha, os preservativos sabor amêndoa amarga, o gel de banho fragância algas douradas, o pão de centeio, etcetc...
atrás de vocês, a rapariga que vive sozinha, bom decote, saia à maneira, ar inteligente, possível mãe dos vossos filhos.
(se o caro leitor for uma leitora leia o último parágrafo de uma forma mais masculina)
à vossa frente, a velhinha que demora dois anos para pagar um saco de cebolas e um pacote de bolachas.
saca a carteira, não tem moedas suficientes para pagar, mas quer ver-se livre "dos trocos, que dão tanta maçada".
pergunta à menina da caixa se pode pagar "para a próxima, que deve ser já amanhã".
a menina diz que não pode ser, que aquilo não é a mercearia da esquina.
a senhora argumenta que "já cá venho há tantos anos, não me podem fazer uma coisa destas".
a menina pergunta se a senhora não tem mais dinheiro, a senhora diz que tem, mas que se quer livrar dos trocos que "pesam na mala".
a menina diz que não pode ser.
a senhora pede para falar com o gerente.
enfim, chega à altura em que vocês já se estão a oferecer para pagar a quantia que lhe falta.
às tantas a situação resolve-se e vocês nem percebem como, porque estavam a olhar para o decote da possível futura mãe dos vossos rebentos.
chega finalmente a vossa vez, querem pagar e ir rapidamente para casa jantar e ver o "um contra todos", quando ouvem a terrível pergunta da menina da caixa para a outra menina da caixa:
"olha lá, tens aí um rolinho? é que o meu acabou..."
oh diabo, agora é que tá tudo fo#*do...
o rolinho é o rolo de papel em que se imprimem os talões da caixa, que, obviamente, a menina vai demorar outros dois anos a conseguir pôr na caixa, fazer com que aquela merda role através da ranhura, etcetc...
e quando a menina conseguiu finalmente montar aquilo e começou a processar as vossas compras, já vocês pontapearam a caixa de tal forma, soltando um chorrilho de asneiras tão grande e diversificado, que a futura mãe dos vossos chavalos já pediu o divórcio, ficando-vos com a casa, o carro e o copo de cerveja preferido.
é que a mim já me aconteceu.
fiquei muito triste por ver a minha vida passar assim em frente de uma caixa de supermercado, ao som do "bip-bip" dos códigos de barras...

eu, na semana passada

eu, na semana passada, vi uma coisa que já tinha visto.
estava no bairro alto muito descontraídamente, talvez já relaxado pelo álcool e pelas ganzas, se bem que a trip me deixou a ver as coisas a preto e branco, quando comecei a ouvir um lagarto (o animal, mesmo) de cachecol do sporting ao pescoço e a dizer muito baixinho "vamos ser campeões para o ano".
como se já não bastasse a visão a duas cores, tinha de vir também o lagarto estragar-me a realidade que parecia tão verosímil...caraças!!
enfim, vamos a outra coisa que vi, digna de registo.
um rapazola de aproximadamente 15 anos, deitado no chão, de lado, quase em posição fetal, a vomitar.
perdoem-me os mais impressionáveis, mas isto é preciso ser dito.
o sujeito jorrava um líquido avermelhado (ah ganda glorioso), rua abaixo, perante o olhar passivo dos "amigos".
eu, habituado nestas lides, não por experiência própria, claro, mas por ver muito disto, seja ao vivo seja na televisão (cá está outra referência à caixinha mágica), passei ao lado e, quando a corrente de vómito se me apresentava à frente, dei um saltinho, qual britney spears a concluir uma canção em playback no rock in rio, e passei da margem esquerda para a direita do leito, continuando o meu caminho.
mais atrás vinham uns indivíduos que, embasbacados com o espectáculo proporcionado pelo jovem, não viram o caudal encarnado e pisaram-no, soltando algumas expressões não tão recomendáveis.
agora planteia-se a questão:
que fazer a estes jovens inconscientes?
ao que respondemos de duas formas:
- ou não os deixamos sair de casa até ganharem juízo...
- ou pelo menos que vomitem na casa-de-banho do bar!

AXEsefossecácomigo...

volto ao tema "anúncios de televisão".
será que ando a ver muita televisão?
será que depois de um ano a ver, e muito pouca, televisão nuestra hermana, estou a tentar pôr a conversa em dia com a caixa mágica tuga?
será que devia estar a estudar e em vez disso vejo toda a merda que passa na dita?
talvez sim ,talvez não, isso é cá comigo.
enfim, num desses momentos intímos com a minha miúda quadrada e colorida, vi um anúncio que não tem piada nenhuma.
e desses há aos montes, porque menciono este em particular?
porque é um anúncio tão machista tão machista que punha o zézé camarinha e o mico da câmara pereira abraçados e a corar.
é o anúncio da axe, desodorizante para homens.
aquele que diz ao cliente "mostra-lhes o caminho".
o cliente é o homem, o caminho é o que ele quiser e o "lhes" são as raparigas.
agora estou eu a mostrar um caminho, mas este um pouco tabu para os rapazes, porque a maioria do pessoal que tem a testosterona no nível máximo (como deve ser, à hooooomeeeeem), não consegue ser homem suficiente e ao mesmo tempo distinguir as coisas giras das bojardas.
toda a gente se ri com os mails "piropos dos trolhas", não é?
pois este anúncio não é mais que um piropo e bem pior que o "ó querida, fazia-te um vestido de saliva", tão baladado nos últimos tempos.
acho mesmo um insulto, e nem sequer sou rapariga.
aquele em que o rapaz borrifa duas latas de axe desde o pulso até ao pirilau para, quando está no carro com a menina e põe o braço à volta dos ombros dela, ela seguir o caminho, a partir do pulso até à amostra de dedo mindinho, é mesmo degradante.
e nem sei como é que a comunidade feminina, sempre tão atenta aos seus direitos e revoltada com a descriminação que ainda hoje, infelizmente, existe por aí, ainda não fez nada!
claro, ao trolha pode-se sempre mandar um estalo ou um pénis com os dedos, mas a uma marca internacional só se pode dizer que o anúncio "tá muita giro".
eu nunca tinha comprado nada da axe, mas também não é agora que vou começar...

peidorap

caros leitores, este título não é engano.
quem me dera que fosse, na verdade.
esta palavra, se é que se pode definir como tal, vi-a ontem, no ecrã da minha televisão.não é minha, mas eu digo que é, porque tenho sempre o comando.
bem, estava eu muito bem a ver os anúncios de um canal que nem me atrevo a mencionar (não se preocupem que os porno e pornochachada estão codificados, por isso não era um desses) quando me deparo com um anúncio a mais um toque de telemóvel.
achando já possíveis todas as coisas neste mundo, depois de ter visto na semana passada um jovem contar anedotas no programa do herman e ter usado a palavra "c#na" 6 vezes, pelo menos, não estranhei que os apresentadores do anúncio fossem dois símios (bonecos animados, está claro) um mais pequeno que o outro, lado a lado, felizes e contentes da vida.
nisto, um deles solta uma flatulência, vulgo "pum/traque/peido" (apesar de existirem pessoas que distinguem os 3 tipos mencionados, não interessa tal distinção para a questão que se presenteia).
"ora, descuidou-se" penso eu inocente e estupidamente.
ora o outro símio, desta feita o mais "piqueno", solta também um gás.
aí já franzi as sobrancelhas.
nisto, o símio maior, dispara (notem o termo empregue), uma série de puns que, depois de 1,3 segundos se percebe que saem com um ritmo ao melhor estilo kadoc-6-da-manhã-bora-lá-para-cima-das-colunas-para-ver-melhor-elas.
a sério, não estou a brincar.
o macaquinho começou a soltar puns ritmados!
depois de aproximadamente 7 segundos desta melodia mal-cheirosa, ouve-se uma voz feminina que indaga, entusiasmadíssima, e muito bem, "queres o peidorap no teu telemóvel?? liga para o 3939!!"
(nem me importo de fazer publicidade, para que vocês possam comprovar por vocês mesmos!)
conclusão:
se estes anúncios existem (já nem falo daquele do mesmo género mas que em vez do "peidorap", se recebe um insulto para enviar aos amigos), é porque as pessoas realmente enviam sms e gastam 0,50€ ou 1€ nesta merda.
oh pá, o dinheiro é das pessoas e os telemóveis também, mas por favor...
eu já nem sei que dizer, por isso é melhor parar de escrever.
"ai portugal portugal, de que é que estás à espera...??"
nota: eu não gosto muito de jorge palma, mas aqui aplica-se bem.

há mar e mar...

já dizia alexandre o'neill que "há mar e mar...há ir e voltar".
eu cá acho que a frase não está correcta.
devia ser "há mar e mar...há ir e aliviar".
porque, na minha opinião, 80% das pessoas que frequentam as nossas maravilhosas praias, só vai à água quando a vontade aperta.
se repararem bem, há muita gente que está na toalha o dia todo, às vezes até de t-shirt posta e que, de repente, vai até à água e entra até à zona da coxa.
entre a coxa e a cintura, nunca se afundam mais do que isso, de forma a que qualquer pingo mais matreiro não se veja enquanto escorre pela pernoca.
e porquê?
porque estão aflitos e o wc do restaurante da praia (se existir) é longe e não asseado.
enquanto olham em volta, movimentos disfarçados, chapinham um bocadinho na água e aí sim...dão liberdade à bexiga.
já satisfeitos e aliviados, podem voltar à toalha e largar um comentário do género "eh pá, tá muita fria...vim logo para cima", como se ninguém soubesse o verdadeiro propósito daquela deslocação.
não tem mal nenhum, mas, já que vão à água, deviam pelo menos molhar a cabeça, ou entao pôr o chapéu que o sol hoje em dia anda forte e perigoso...

o adeus ao reino da pampilónia

para quem estava familiarizado com o grande e lindo reino da pampilónia, a triste notícia é a de que o reino terminou. ou seja, o espaço físico lá continua, mas como o seu rei, que é simultaneamente o (grande) autor deste blog e do diário da pampilónia, se veio embora para terras lusitanas, não faz sentido que os súbditos espanhóis e internacionais continuem a prestar vassalagem.
assim, deleguei funções num bacano que por lá andava com um cabelo meio esquisito, mas que falava castellano e parti, de lágrima no canto do olho e ranho a escorrer pela face.
o jovem estranho gritou-me algo como "o rei morreu, viva a cerveja", tendo-lhe eu ainda tentado explicar que não tinha morrido, mas sim abdicado, qual charles, do trono, não pela camilla, mas por portugal.
ele não percebeu nada e continuou aos berros desta vez gritando "dêem-me um trono que eu estou aflito!!o rei sou eu e quero fazer cócó!!"
enfim, gente...
e é assim, meus amigos, que nasce o opiniões sobre isso, um novo blog (como não existe nenhum no mundo nem nada), onde vou expressar a minha opinião sobre variados temas que correm (ou se arrastam) na sociedade portuguesa e mundial.
claro que a tónica (não é publicidade à schwepps.olha merda, agora foi.) do blog será baseada no mesmo bom humor com que se escrevia o DIÁRIO.
o DIÁRIO, esse, continua no activo até eu acabar de pôr fotos de todos os erasmus, mas depois será mesmo fechado, selado e mantido no espaço cibernáutico para sempre.
espero que gostem, ou não, passem palavra e deixem comentários e opiniões vossas também.
sempre erasmus, mas agora em portugal, o vosso (grande) autor,
jOTA zamBroTTa