quarta-feira, novembro 30, 2005

preocupação

oh pá, acabei de me aperceber de que, ao não re-enviar os 32 e-mails que me mandaram hoje, que terminavam com ameaças de atropelamento, fungos nas orelhas, pénis de negros no rabo, calvice, desamor, inimizades....talvez morra derivado a isto, hoje ou um dia destes que se avizinham.
quanto tempo aguentarei com algo de 30cm no recto, sem receber amor, sem amigos, sem cabelo, com as orelhas a cair e debaixo de um autocarro?
e quanto tempo aguentarei sem utilizar a expressão "derivado a" numa frase?
derivado a (merda!!) ter sempre um olho no burro e outro no cigano, aqui fica um abraço terno a todos vós.

terça-feira, novembro 29, 2005

finanças

é óbvio que, numa ida a uma repartição de finanças, ou serviço público do género, já se tem de ir preparado.
falo de um pequeno lanche, uma merendinha, uma garrafinha de água, um leque, uma revistinha, ou até mesmo um amigo.
mas, chegádos ao acampamento, vocês têm de ter a noção no que se estão a meter e prestar atenção a todos os sinais possíveis.
tira-se a senha.
olha-se para o número. é o 97.
olha-se para o painel dos números. vai no 32.
parece simples, mas não o é.
porque vocês têm de reparar bem em que balcão irão aterrar.
se o balcão onde atendem a senha da mesma cor da vossa for simplesmente um balcão, onde as pessoas são atendidas de pé, menos mal.
mas agora se o balcão onde irão ser atendidos tiver uma cadeirinha em frente, para o utente se sentar enquanto espera pelo serviço...
ui, aí então, meus amigos, meteram-se num belo sarilho.
não há volta a dar, irão demorar muito, mas muito mais tempo do que aquelas 3 horas que ambicionavam.
porque todos os serviços públicos se regem pelos idosos.
as instalações são pensadas para os idosos.
e todos sabemos que o estado acredita na capacidade de espera dos idosos.
agora, se até o próprio estado acha que o serviço irá demorar tanto tempo que os idosos talvez precisem duma cadeirinha enquanto são atendidos...
então podem ir para ao pé do segurança fazer conversa sobre a última jornada, porque o caso está mesmo mal parado.
e em segunda fila!!

segunda-feira, novembro 28, 2005

circos há muitos

o circo sempre me deprimiu.
mas posso dizer-vos que há 3 tipos de circos:

1- o circo megalómano, internacional, que tem tendas gigantes, são montados em estádios de futebol, têm mais funcionários que a EMEL, os animais vêm de todas as partes do mundo e mordem, picam, voam, falam e fazem bifes com ovo a cavalo.

2- o circo normal, aquele de praça de touros, com funcionários que fumam enquanto pegam nos litros de gasolina para molhar os anéis, futuramente de fogo, por onde vão saltar os tigres.

3- e o circo mínimo, o de aldeia.
em que há só 3 animais, um elefante, um papagaio e um macaco.
em que o homem das pipocas é visto a seguir ao intervalo a 25 metros do chão, no trapézio, agarrando à senhora que vende os bilhetes.
o apresentador é o mesmo que segura a trela do elefante, enquanto o varredor da pista mete a cabeça debaixo da pata do jumbo.
a meio do espectáculo, a senhora barbuda, que faz as farturas, descuida-se e deixa escapar o macaco, absolutamente necessário para o número final, acabando por pôr meia plateia (6 pessoas) à procura do símio, enquanto o papagaio grita asneiras-de-balcão-de-taberna.
encontrado o bicho, está tudo a postos para o gran finale, em que o macaquito escolhe uma pessoa do público para lhe colocar uma maçã em cima da cabeça e seguidamente disparar uma flecha, qual guilherme tell, fazendo um novo piercing ao voluntário.

o circo megalómano tem cada vez mais sucesso e rouba público ao circo normal, que da praça de touros passa ao parque de estacionamento de sete rios, mas mantém a sua actividade.
porém, o circo mínimo fecha as portas, pois não há verba para pagar o tratamento do espectador, nem para levar o macaco ao oftalmologista...

sábado, novembro 26, 2005

bravo!

(esta história é verídica)
imaginem um actor português já de provecta idade.
esse actor vai à broadway, em nova iorque, ver um espectáculo.
senta-se numa plateia de um teatro situado na rua-mãe-pai-avô-avó-piriquito de todos os artistas.
o sonho máximo de qualquer actor mundial e de marte é o de representar naqueles palcos.
no intervalo das peças, é tradição que os espectadores subam ao palco, para dar uma espreitadela.
o nosso amigo actor subiu, mas, enquanto se maravilhava com o local, teve um ataque cardíaco, em pleno palco!!
cai no chão, entram os paramédicos e tudo pára, na expectativa dúbia.
o público, enquanto os paramédicos o tentavam manter por cá, começou a bater palmas e a gritar, incentivando o nosso actor, aplaudindo de pé.
o nosso actor ficou-se, passou para o outro lado da cortina.
mas agora vejam lá bem...
que morte perfeita, a de um actor que nunca conseguiu chegar aos palcos da broadway, mas que morre num deles, perante um público que o aplaude de pé...

sexta-feira, novembro 25, 2005

três concertos e um funeral

ontem fui ao primeiro desejo dos xutos.
quer dizer, o desejo deles era que a casa estivesse cheia.
mas não estava, o que também não é nada mau, pois permite a livre circulação de pessoas na plateia, assim como a de capitais, no mercado mundial.
estiveram iguais a si próprios.
o zé pedro, com as suas performances de ave com o cio, pavoneando-se em frente das meninas da primeira fila, em poses para as máquinas, dedos pelo corpo, língua lascivamente de fora.
o kalú em grande. os calções habituais, a barba por fazer, a cruz a pender do brinco da orelha esquerda, os "1,2,3,4" do início das músicas.
o tim está, penso eu, neste momento, a soro. o senhor enganou-se nas letras, nas melodias e ria-se para os técnicos de som, aquando de um ou outro feedbackzitos.
o zé pedro já não bebe, o tim bebe a parte dele.
o joão cabeleira é mágico. os cigarros brotam da boca dele. eu acho que nunca alguém o viu a acender um cigarro. é um mito. porque sempre que se olha para ele, lá está, concentrado no solo, cigarro na boca, olhos semi-cerrados.
apesar de esta crítica, fiquem cientes que adoro xutos.
hoje à noite lá estarei para o 2º desejo e amanhã para o 3º.
mas, pelo andar da carruagem, tenho é medo que estes 3 concertos sejam uma carta de despedida para o público, porque pelo estado deles ontem, não sei se aguentam 3 dias disto...
não desfazendo, claro.

quinta-feira, novembro 24, 2005

jantar dos blogs

caros colegas bloguistas, membros ou não da melhor associação do mundo, a AJBNTMNFETO (vulga e curta, a dos bloguistas).
por diversas pessoas se terem cortado (umas literal, outras metaforicamente) ao jantar de dia 26 e também por causa disto, o jantar terá de ser adiado.
eu proponho a data de dias 7 ou 10 de dezembro, visto que no próximo fim-de-semana nem eu nem a cuca cá estaremos (bem como muitos de vocês, suponho, seus violentadores de pontes e feriados!!), e jantar sem presidente é o mesmo que jantar sem braço direito, não dá para se comer só com o garfo não é??
enfim, peço desculpas pelo atraso da comunicação, mas quanto mais as coisas custam, melhor sabem, não é?

ps- o restaurante já está escolhido, é do bom, do melhor...e em conta!!
depois colocarei aqui um mapita todo do futuro...

terça-feira, novembro 22, 2005

cobardia

esta é parte da letra de "violencia machista", de ska-p, uma música que fala sobre a violência doméstica

"Al día siguiente la audiencia subió en todos los reality shows
Víctima de una terrible agresión su larga agonía acabó
Mientras la ley no te quiera escuchar y siga dormido ese juez
Mientras el mundo no quiera cambiar, autodefensa mujer! (autodefensa mujer!) "

tradução

"no dia seguinte as audiências subiram, em todos os reality shows
vítima de uma terrível agressão, a sua longa agonia acabou
enquanto a lei não te quiser ouvir, enquanto esse juiz continuar a dormir
enquanto o mundo não quiser mudar, auto-defesa mulher! (auto-defesa mulher!)"

segunda-feira, novembro 21, 2005

granadinhas

eu vou às aulas.
como eu, outras pessoas também vão.
até aí normal, certo?
mas não, porque vocês não têm na vossa turma, uma pessoa como a que existe na minha turma.
nas aulas teóricas, consegue fazer perguntas até sobre a merda que o professor tem agarrada à sola dos sapatos:
- oh professor, mas isso é lama ou merda de cão?

a sério, se o professor faz uma cara mais estranha:
- oh professor, desculpe, mas está com gases? é que eu também estou e percebo-o muito bem, se quiser, tenho aqui uns comprimidos que me deu a minha tia, que é farmacêutica...

é bastante irritante, alguém que quer por força fazer-se notar...
- assim, 2+3=5, percebem, não é difícil, pois não?
- ó professor, desculpe, mas tenho aqui uma dúvida:
eu li no livro do professor, que comprei mesmo antes das aulas começarem, aliás, comecei a lê-lo nas férias do verão, que o professor pensa que, e muito bem, na minha modesta opinião, 2+3=5. agora eu pergunto, se me permite esta intervenção...
- exponha lá a sua dúvida por favor...
- pois, é assim, no seu livro, que, se me permite, está brilhantemente impresso, o professor diz então que 2+3=5. eu penso que, bem sei que sou uma modesta aluna, mas tendo assistido a TODAS as suas aulas...
- diga lá o que é, PORRA!!!
- ai, desculpe, então, o professor diz que 2+3=5. eu só queria perguntar se 3+2=5 também...
- caros alunos, que não esta besta, alguém tem uma granada, se faz favor?

sexta-feira, novembro 18, 2005

eu sei

eu sei que eu sou eu.
eu sei que tu és tu.
eu sei que nós somos nós.
eu sei que eles são eles.
eu sei que se eu for tu, tu és eu.
eu sei que se tu fores eu, eu sou tu.
eu sei que nós não somos eles e eles nunca serão nós.
eu sei que se eu for como eles, nunca serei como tu.
eu sei que se tu fores como eles, tu nunca serás como eu.
será que nós vamos ser como nós, ou seremos nós como eles?
eu sei que não se deve pôr a carroça à frente dos bois, mas às vezes sou um grande burro.
será um burro como um boi??

quinta-feira, novembro 17, 2005

aulinhas

incomodado por um som deveras perturbador, o meu sono de beleza decide vir dar uma volta à terra, para se aperceber e passar a mensagem ao meu corpo, de que estava ligeiramente atrasado para a escolinha.
banho, vestir e cereais, passaram assim a ser uma só acção.
imbuído pelo meu sentido apurado de condutor e ainda por cima tuga, saio de casa na mecha, já a ver a aula das 8h30m a começar às 09h só para mim.
morando em zona crítica para condução regular e respeitadora de regras, opto pela chamada selvajaria automobilística.
vai de ultrapassar em contra-mão, passar um vermelhito já assente há 3 segundos e de entrar na passadeira com 12 peões a atravessar.
gincana da estrada, piso seco, pneus slick, consigo alcançar a rotunda mais próxima do meu pousio.
mais um vermelhito, desta feita já encarnado e siga a ultrapassar pela direita.
o som de um apito não me incomoda, apenas me leva a pensar que há gente mesmo fanática da bola, ao ponto de irem apitar para a rua.
ou isso, ou a fáfá de belém anda a dar espectáculos nos semáforos.
chego ao parque da minha universidade, já o suor misturado com o cabelo ainda molhado do banho me escorria pela face, passo o cartão na ranhura, entro com bravura.
estaciono o carro fazendo a manobra quase em duas rodas, para passar por cima de um jovem que se tinha baixado para apanhar a caneta, no lugar ao lado do meu.
francamente, há malucos para tudo.
no bar peço o café, na corrida o bebo, galgando as escadas qual gazela a correr pela savana.
entro na sala esbaforido, cabelo de caracóis passado a escorrido, para olhar em volta e estar vazia.
olho para o horário, a sala era a correcta.
olho para o horário, a disciplina também.
passa um colega por mim e diz-me:
- ó (grande) autor, não sabias que a professora não vinha? pois, eu também não, podíamos ter ficado a dormir...

quarta-feira, novembro 16, 2005

inquéritos

como jovem estudante que sou, não tenho muito dinheiro na minha conta bancária.
para colmatar estas pequenas falhas da vida, decidi ir contribuir para a sociedade, fazendo inquéritos para um centro de sondagens, para depois vocês gramarem com as estatísticas na têbê.
ora, ontem foi mais um dia de intensa actividade telefónica e inquiridora, sendo que o momento alto das 3 horas em que estive a estupidificar com um telefone na mão e a ler perguntas num computador sucedeu da seguinte forma:

o (grande) autor pergunta:
- boa noite, estou a ligar do centro de sondagens, blablabla, posso fazer-lhe 39 perguntas e levá-lo à loucura? olh' qué grátis, amigo...

de lá me respondem em tom jovial, a roçar mesmo os 5 aninhos de idade:
- é a filha!!!

qual génio dos questionário, começo a coçar a cabeça e contesto:
- a filha? filha de quem?

esperando eu uma asneira, dizem-me:
- a filha do nelo!!

vai daí, lançado para falar com o nelo e fazê-lo cortar os pulsos antes de eu terminar o meu rol de tiros à queima-roupa, indago:
- então e o nelo, está? posso falar com ele?

eis que me espetam a faca nas costas:
- não, o nelo foi montar a barraca!!

i rest my case, no further questions...

terça-feira, novembro 15, 2005

me, myself and my tuga

ser tuga é:

- estacionar o carro em espinha em lugares paralelos, subindo o passeio, para não ter de pagar parquímetro

- lançar-se para cima das passadeiras, para atravessar, mesmo que lá venha um camião TIR a 110km/h

- mudar de faixa quando a sua está lenta e praguejar aos altos berros porque a que para onde mudou passou a ser a mais lenta

- "dar o golpe" no início de qualquer tipo de fila, seja de carros, cinema ou sopa dos pobres

- pôr o braço de fora do carro com a mão aberta, achar que esse movimento obriga os outros a cederem-lhe a passagem e mudar de faixa sem ver se vem lá o camião TIR a 110km/h

- bater com a chave de casa na porta do elevador, quando este está ocupado há mais de 20 segundos, para quem o estiver a utilizar ouvir e despachar-se, que um gajo não tem a vida toda

- acelerar a fundo quando o sinal cai para amarelo e passá-lo, independentemente de estar ainda a 150m dos semáforos e das velhotas que já vão a meio da passadeira

- ir passear o cão, vê-lo a fazer a necessidade sólida e pontapear a mesma para debaixo de um carro, indo em seguida procurar um pauzinho para tirar a merda da borda da sola

- lançar pragas aos emigrantes de leste, mas aplaudir quando estes violentam as máquinas dos parquímetros da CHULEL

- fingir estar a dormir assim que vê uma júnior de 104 anos a entrar numa carruagem de metro em que não há lugares vagos, para não ter de ceder o seu

segunda-feira, novembro 14, 2005

E.R.

há um amigo dos meus pais, o alberto, que é médico e que já salvou a vida à minha mãe por duas vezes, através dos seus diagnósticos incríveis.
leiam bem agora esta história, que é verídica e relata mais um diagnóstico, passo a expressão, do car@*ho...
estava o alberto numa noite de banco no hospital, quando entra nas urgências um punk de 20 e poucos anos, acompanhado pela mãe.
vinha com sintomas característicos de overdose.
os primeiros médicos que o assistiram, vistos os sintomas evidentes de overdose, perguntaram à mãe do rapaz que tipo de drogas tomava ele.
a mãe dizia que o rapaz não se drogava, jurava-o a pés juntos.
os médicos não acreditaram e não fizeram mais exames, dizendo à mãe do punk que ele morreria dentro de poucos minutos se ela não dissesse que drogas tomava o filho, pois não sabiam que medicamento administrar.
a mãe insistia, desesperada, que o filho não se drogava.
chega o alberto às urgências e vai falar com a mãe, explicando-lhe pela última vez que se ela não os ajudar, o filho morre.
ela mais uma vez nega a toxicodependência do miúdo.
então aí o alberto, assumindo que uma mãe que está a ver o seu filho morrer conta tudo o que for preciso para o salvar, vai à procura de outras causas que não o excesso de droga, para ele estar naquele estado.
chega-se ao pé do rapaz e repara que este tem calçadas uma botas doc.martens, típica indumentária punk.
pergunta então ao rapaz onde tinha comprado as botas e de cor eram originalmente.
o rapaz responde a custo que as comprou na feira da ladra e que eram pretas.
visto que as botas naquele momento eram roxas, o alberto perguntou como tinha o rapaz pintado as botas.
o rapaz responde que as pintou com um spray de grafitti.
o alberto decide então tirar-lhe as botas e constata que o rapaz não tinha meias.
ou seja, com o calor e suor, a tinta e seus químicos letais estavam a diluir e a entrar pela pele do rapaz, intoxicando-o...
o alberto tirou-lhe as botas, deu-lhe um antídoto para esse tipo de químicos e passadas duas horas o rapaz estava em casa, óptimo, a jantar com a mãe.

passando o plágio, "e esta hein?!?"

domingo, novembro 13, 2005

telejornal

perguntava o esperto do pivôt do telejornal da noite da sic, a um psicólogo, a seguinte questão, relativamente ao caso "joana":

- dr. não-sei-quê, o doutor nunca teve contacto com os arguidos, mas acha que, pelas imagens que viu na TV, que realmente foram poucas, os arguidos têm perfil de assassinos?

eu cá, se me apelidasse não-sei-quê, respondia:

- ó sr. esperto, é claro que acho! aliás, ainda no outro dia vi uma imagem da mãe da joana e disse para comigo, "dr. não-sei-quê, não haja dúvidas!! ela é culpada!!".
e acrescento ainda que, também por essa imagem, acho que ela já estava a congeminar aquele crime há uns tempos!
para ser mais preciso, faz dois anos desta quarta a 8 dias que ela andava a pensar naquilo!!

o único programa que eu via religiosamente era o telejornal.
aliás, adoro jantar a ver o telejornal das 20h.
pois agora acho que vou passar a jantar mais tarde e ver o "friends" às 20h30 na rtp2...

sábado, novembro 12, 2005

fisioterapia

aqui o (grande) autor, é também um (grande) snowboarder.
e como todos os grandes desportistas se lesionam de quando em quando, o gajo também se lesionou.
no ano do fim do mundo, o ano 2000, nos alpes franceses (que fino), o (grande) autor caiu a fazer snowboard.
neste episódio, foi dar directamente com o cóccix numa grande placa de gelo que, para sorte dos sintomas hipotérmicos, não era fino, mas que, para azar do cóccix, era bem duro.
resultado, passados 5 anos de massacre ósseo sem dor, a coisa começou a incomodar o sistema nervoso de quem vos escreve.
para curar esta merda fui parar a uma clínica, para fazer ultrassons, lasers e pomadinhas.
ora, chego à marquesa que me foi destinada, mandam-me despir.
dispo-me todo. nuinho da silva.
depois de provocar uma reacção de espanto, dado o tamanho do meu pénis (deixo à vossa imaginação se por defeito ou por excesso), a enfermeira explicou-me que era para me despir só da cintura para cima.
"dass...", pensei, enquanto pegava nos boxers da loja dos 300.
lá fiquei preparado na marquesa, barriga para baixo, tronco nú e calças ligeiramente rebaixadas (assim tipo tuNNing-fiat-punto-amarelo) de forma a que o rêgo aparecesse em todo o seu esplendor.
depois da pomadinha, do laser e coisital, chegou a hora da corrente eléctrica durante 15min.
tinha de ficar quieto, rêgo à mostra, com as descargas de corrente vindas dos aplicadores, a circular com via verde durante os 15min.
ora, não tendo levado a reader's digest para ler, sem café no bucho e depois de uma noite agitada, é óbvio que adormeci na marquesa.
para ser acordado pela enfermeira, 10min depois de terminado o tratamento, com o rabo gelado e a marquesa a escorrer baba.
enfim, lá vesti a t-shirt, camisola e casaco, retirando-me ao som de desculpas à enfermeira pela babalização do local.
terça-feira há mais. a ver é se tomo umas injecções de adrenalina antes...

sexta-feira, novembro 11, 2005

bla bla bla

ontem, em deslocação ao bairro alto, aproveitei para disfrutar de mais umas horas em convívio com os amigos.
de bar em bar, cerveja em cerveja, lá fomos jogando o jogo do desvia-com-licença-olha-a-minha-cerveja-que-se-cair-pagas-me-outra.
e disto tenho uma conclusão a tirar. o bairro alto tem cada vez mais "meninos".
e o que são os "meninos"?
são uma das espécies que invadiu locais míticos de lisboa, como o bairro em questão, já tendo passado por zonas como santos, docas, cascais, guincho e afins.
usam a melhor roupa, têm o cenário mais fixe, são mesmo os maiores e têm mais amigos que o papa, pois falam a tanta gente como o líder que publicita o tide, com a sua roupa branca.
mas agora, nomeadamente no bairro alto, e nomeadamente os "meninos", adoptaram uma nova estratégia de propagação, que lhes permite, tanto agrupar-se, como ocupar a maior superfície possível, que é a de se empilharem uns nos outros.
é verdade amigos, agora saltam para as cavalitas uns dos outros e, qual pirâmide egípcia, passeiam-se pelas estreitas ruas.
"oh bernardo, traga-me aí mais uma pra eu não ter de descer pra baixo daqui dos ombros do salvador"
eu, perplexo, assistia impávido e sereno a este fenómeno.
curioso, diria.
resignado com a superioridade evidente da espécie, eu e o meu grupinho dirigi-mo-nos a ruas mais "para cima", evitando os comboios verticais, mas tendo a oportunidade de conviver com mais elementos de 2ª geração das ex-colónias.
não confundir com os telemóveis, que esses já são de 3ª geração.
hoje fui às aulas, mas só à das 10h, porque se fosse à das 8h30 corria o risco de morrer.
e muito provavelmente atropelado por mim próprio...

quarta-feira, novembro 09, 2005

malucos da chalaça

eu achei muita graça.
a quem contei respondeu-me que já tinha barbas.
eu resolvo aqui arranjar-lhe uma lâmina, dar-lhe uma achega e ver se a coisa pega:

um senhor que bebe muito álcool chega à tasca e remata:
- oh zé, um pénalti fachavor!

o zé prontamente lhe serve o pontapé da marca de grande penalidade.

o senhor que bebe muito álcool vira o castigo máximo em 2,3seg e diz:
- oh zé, o guarda-redes mexeu-se... serve aí outro!

terça-feira, novembro 08, 2005

baratas

um dia, enquanto estava um ano em espanha, um amigo meu espanhol ensinou-me (com demontração) algo de muito útil, que vos passo agora, útil e altruisticamente, a transmitir.
quando se depararem com uma baratinha em vossa casa, em vez de a esmigalharem com a pantufa, ouvindo aquele som asqueroso e ficando com a sola cheia de entranhas agradáveis à vista, façam da seguinte forma:
- com uma mão, peguem num isqueiro
- com a outra, peguem numa lata de laca ou desodorizante de spray, algo que seja inflamável (não recomendo gasolina, mas vocês é que sabem)
- apontem a lata na direcção do bichinho, aproximadamente a 45cm do mesmo
- em frente da lata, a cerca de 18cm, coloquem o isqueiro, previamente aceso
- aí, desfiram um valente jacto de fogo contra a pobre alma, durante uns bons 6 segundos até ouvirem o inconfundível crepitar (reconhecê-lo-ão, descansem)
- peguem no torresmo com um pouco de papel higiénico e mandem-no para o lixo
(ou ponham-no no meio das febras e entremeada grelhadas e sirvam-no ao vosso amigo que se esqueceu dos óculos)

assim, não sujam nada e o ser morre instantaneamente, sem perceber o que o atingiu, sofrendo menos.

ps- eu sou contra a morte de qualquer animal através de meios humanos, mas o que tem de ser tem de ser e o que tem de ser tem muita força...ou queima, neste caso.

ps2- este procedimento não é aconselhável em superfícies como carpetes, tapetes, alcatifas e afins, por isso, tentem dirigir o bicho para uma zona que não vos leve a queimar metade da casa.

segunda-feira, novembro 07, 2005

3, 2, 1....FIGHT !!

aconteceu-me, há uns minutos, um dos momentos mais dementes da minha vida.
como não poderia deixar de ser, compartilhei-o com o barbudo.
estávamos os dois a falar pelo messenger (essa maravilha da informática) quando nos deparamos com um tema que nos dividia opinativamente.
eu ameacei ficar sentido com ele e ele, não fosse ele quem é (é ele, está claro.ele.), começa a insultar-me.
eu não me fico atrás e retribuo na mesma moeda, como ser humano que sou.
começamos então a chegar a um estado que roçaria o confronto físico, não estivéssemos nós apartados por uma distância cibernáutica.
sugere ele então, como pacifista que é, uma luta à moda antiga, mano a mano, via teclado.
começa então, ao velho estilo street fighter:

ele: agora estou a empurrar-te e chamo-te ******
eu: empurro-te de volta e mando-te um soco, enquanto te chamo ***** ** ****
ele: limpo o sangue da boca, olho-te à steven seagal e mando-te ao chão, com uma placagem.
eu: agarro-te enquanto caio e cais em cima de mim. enquanto cais mando-te uma joelhada na barriga.
ele: vomito-te em cima, tal foi a força da joelhada e devido ao facto de ter almoçado feijoada.
eu: começo a gritar que é um nojo, para interrompermos a luta que assim não há condições.
ele: eu concordo, ajudo-te a levantar e dou-te uns kleenex para limpares isso, e digo-te que compreendo o teu asco, visto que me lembrei agora que reguei o repasto com tintol.
eu: compreendo e peço-te desculpa por te ter feito perder o almoço.
ele: digo-te que não há problema porque assim é da maneira que faço dieta.

terá sido assim tão demente como estou a pensar??

sábado, novembro 05, 2005

go swim

eu tenho um amigo.
na verdade, tenho mais do que um....acho eu.
bem, tenho pelo menos um.
e esse, meu homónimo, mas de alcunha "big", pratica natação no técnico.
[nota do (grande) autor: não sei porque lhe chamam big, até porque nunca o vi no balneário.
e mesmo que visse, eu cá sou muito homem e não sou gajo de prestar atenção a essas coisas!!!]
continuando, o big foi à natação na última quarta e, depois de muitas braçadas em costas e crawl, foi ter com o nosso grupo de amigos (olha, afinal parece que tenho mais que um!! que fixe!!) a uma tasca ao pé do técnico, a fim de ver o glorioso jogar contra um clube da terra aqui ao lado.
ora, o big queria despachar-se a sair do complexo desportivo, para ver o glorioso perder, até porque o sacana é lagarto (nunca gostei muito dele).
mas, para tal, teria que entregar a chave do cacifo ao segurança das piscinas.
visto que o big não o via no seu posto de trabalho, deu uma volta, procurando-o, para lhe devolver a chaveta.
não o encontrou, deixou a chave em cima do balcão e ala que se faz tarde.
porém, quem encontra o big sentado na tasca na mesa ao lado da nossa a vibrar com o simão e companhia??
acertaram...o zeloso segurança!!

sexta-feira, novembro 04, 2005

shopping

às vezes, a inspiração não chega.
não aterra na plataforma cerebral.
não sabemos o que deixar aqui para a posteridade.
temos todos os ingredientes, o teclado, os dedos, o ecrã, a cabeça, mas a grande carne assada no forno não sai.
se calhar, devíamos poder comprar no supermercado um pacotinho de 250g de imaginação para posts:
- olhe, desculpe, pode ver-me aqui o preço deste guisadinho de post de terça-feira sff?
- este são 3,49€...
- porra, tá caro!! então e esta sopinha de post de quarta-feira?
- esta tá em promoção. são 2,99€ e ainda leva um caldinho de post de sábado como oferta.
- ah, então levo a sopinha e o caldinho se fizer o favor. deixe estar que não preciso de saco, obrigado.

quinta-feira, novembro 03, 2005

M, de metro

ele entrou no metro, visivelmente cansado, mais um dia de aulas do 8º ano o tinha fustigado.
era o típico rapaz que não paga bilhete para ficar com o dinheiro que a mãe lhe dá para o passe e gastá-lo em gomas e cigarros de chocolate.
sentou-se num banquinho entre uma senhora já idosa de cabelo pintado de roxo e uma jovem empresária que mascava ruidosamente uma pastilha.
"trident?", indagou para si mesmo.
"naaa, pelo tamanho dos balões deve ser gorila", concluiu.
com o embalar da carruagem, entre o campo grande e o saldanha, adormeceu.
chegado a picoas, acordou sobressaltado, afastando o sonho que o incomodava, de que a sua mãe iria ver a carta com as faltas antes que ele a fizesse sumir, misteriosamente.
de repente, com as portas a fecharem, vê uma rapariga a entrar, no meio da multidão que se acotovelava.
não lhe via o corpo, apenas a cara, que irradiava uma luz diferente, parecida com a do sol.
ela começa a dirigir-se às pessoas que a rodeavam, amavelmente.
fala com elas, trocam papéis.
"é uma angariadora de fundos para uma instituição de solidariedade social", pensou.
fascinavam-lhe as pessoas altruístas e uma altruísta com uma carinha daquelas, era qualquer coisa de maravilhoso.
algo que o faria correr sobre espinhos sem sentir a dor pés dentro...
enquanto flutuava psicologicamente, reparou que o ser iluminado se lhe dirigia.
reparou que, junto ao coração, a rapariga trazia uma inscrição na camisola.
"é camisola de marca! ainda por cima é de boas famílias, veste-se tão bem..."
quando a sua fada se lhe aprochega, susurra-lhe ao ouvido num tom de voz tão suave como o mel doce das abelhas:
- boa tarde, o seu bilhete, por favor...

orgulho

há uns dias, no bar da minha faculdade, local onde me pavoneio perante a comunidade feminina, fui de encontro a um amigo meu, também colega do curso de exibicionismo.
[este primeiro parágrafo é para a namorada do (grande) autor ignorar]
este disse-me então, em amena cavaqueira, que o diário da pampilónia , o meu blog/diário de erasmus, foi uma das principais razões que o levaram a decidir ir fazer erasmus no próximo semestre...
obviamente que fui a correr para a casa-de-banho, de tanto orgulho, a chorar baba e ranho, sendo alvo de galhofa perante a audiência do sexo oposto, que já baixava os cartazes com a minha média de pontuação de 8,9 em 10.
mas isto para dizer que o meu ego decidiu tirar umas férias e ir voar alto pelos céus, levado pelas palavras do meu coleguinha.
agora pode ser é que vá de encontro a uma hélice de avião e a coisa corra mal...

quarta-feira, novembro 02, 2005

jantar bloguista

o (grande) autor, como presidente da AJBNTMNFETO (a associação dos jovens bloguistas que não têm mais nada que fazer na vida do que escrever textos para os outros lerem na internet), vem por este meio ultra-inovador informar que se irá realizar uma jantarada num restaurante a determinar, em princípio no dia 26 de novembro.
quem estiver interessado, bloguista ou não, poderá inscrever-se no mail ali ao lado ------------------>>>>>>>>>>>>

ficam também informados de que, no jantar, só entrarão pessoas com crachás nas lapelas a identificar o blog a que pertencem ou qual o bloguista que conhecem e que se chibou do jantar.

exemplo (imaginem um crachá aqui em baixo)

[ jota zambrotta (opiniões sobre isso) ]

ou (imaginem outro crachá)

[ zé barnabé - convidado de jota zambrotta (opiniões sobre isso) ]

o MPR , braço direito do presidente, colocou no seu blog uma votação para a data do jantar.
eu não sei pôr votações, nem o caraças, por isso não dou uma lista dos restaurantes para votarem, mas asseguro que o restaurante não será caro e o jantar não ultrapassará os 10/11€ por pessoa, com bebidas incluídas, está claro.

enfim, insurjam-se os associados
e venham os convidados
pois um belo jantar terá lugar
veremos quem quer participar...
 
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